A presidente
Dilma Rousseff anunciou esta semana que nos próximos 90 dias deverão estar
concluídos todos os processos para construção dos primeiros 50 terminais
portuários pela iniciativa privada. Esta é mais uma medida da chamada “agenda
positiva”, que tem por finalidade reverter a queda de popularidade da
presidente e amainar os ânimos das manifestações que tomaram conta das ruas e
das estradas do Brasil.
O
investimento anunciado é vultoso - na ordem de R$ 11 bilhões. O prazo previsto
para a construção desses terminais será de três anos, contemplando todas as
regiões do país.
Espera-se
que finalmente a melhoria dos portos saia do papel e aconteça no prazo
previsto. Nos últimos 10 anos nossos portos ficaram mais caros e menos
produtivos, pela falta de investimentos. Neste aspecto, a nova legislação
portuária aprovada recentemente é um avanço. Além de contemplar investimentos
privados, permitirá a livre contratação da mão de obra, anteriormente
monopolizada pelos sindicatos.
Os portos
brasileiros estão entre os mais caros do mundo, o que contribui para a elevação
do chamado custo Brasil. Eles encarecem nossos produtos, tornando-os menos
competitivos no mercado externo. Esta é uma das razões na queda das exportações
de nossos manufaturados e da desindustrialização do país.
Infelizmente
o governo petista acordou tarde para a necessidade de capital privado nos
setores essenciais de nossa infraestrutura. Agora acontece em um momento
adverso, quando o capital internacional, em alta disponibilidade até então,
começa a se evadir dos países emergentes.
Outras
dificuldades são com relação à insegurança dos investidores. Fatores como baixo
índice de crescimento e instabilidade política, sempre afetam os ânimos. As
próprias manifestações, que também se voltam contra a cobrança de pedágio nas
estradas, formam uma teia adversa.
Agora, se a
presidente quiser realmente recuperar os níveis de popularidade anteriores à
atual crise, não serão bastante os anúncios de sua “agenda positiva. O governo
tem que arregaçar as mangas e melhorar sua capacidade de realização. As ruas já
se mostraram arredias à política do discurso e clamam por resultados concretos!
Esta é uma
questão que marqueteiro nenhum irá resolver. Só o trabalho. E muito trabalho...
Achar que
tudo será resolvido em quatro meses, como garantiu o marqueteiro do palácio do
Planalto, João Santana, é subestimar a inteligência do povo. Muita gente está
abrindo o olho agora. Começa a enxergar que o Brasil de hoje não é aquele que
está sendo anunciado, como se vivêssemos no mundo das mil e uma maravilhas.
Já não dá
mais para jogar os problemas para debaixo dos tapetes. Temos problemas
gravíssimos em todas as áreas. Na educação, na saúde, na segurança pública, na
infraestrutura, etc... Talvez a nossa única falta de problema está na
construção e na qualidade dos estádios para a Copa do Mundo.
São 10 anos
de governo do PT. Não dá mais para transferir a culpa dos nossos problemas.
Então, que a presidente execute sua agenda positiva, pois como brasileiros
estamos torcendo para o seu sucesso!
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