quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Vestindo Pele de Cordeiro


Pelas últimas pesquisas de intenção de votos, pode-se inferir que o candidato da direita, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), conquistará uma vitória maiúscula sobre Fernando Haddad (PT-SP), possivelmente com mais de 20 milhões de votos de frente. A expressividade da vitória, entretanto, não deve ser atribuída a possíveis méritos de Bolsonaro, mas sim a aversão ao Partido dos Trabalhadores, ao PT, conquistada nos seus 13 anos de governo e em suas atuações como oposição. Daí o elevadíssimo nível de rejeição que o candidato petista agregou nesse segundo turno das eleições, bem próximo a 50%.
A rejeição resulta do despotismo com que o PT sempre pautou suas ações, como se o partido e seus filiados estivessem acima do bem e do mal. Daí que em todos os governos depois da redemocratização do Brasil tenha atuado na oposição pelo impeachment. Primeiro do governo de Collor de Mello (PTC-AL) e de seu sucessor, o falecido Itamar Franco. Depois, do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) – Fora FHC! Nesse período foi contra o Plano Real, que estabilizou a economia e melhorou a renda do trabalhador impelindo a diminuição da pobreza, e a Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF.
Já no governo, não obstante herdar do antecessor um país muito mais arrumado, disse ter assumido uma “herança maldita”, simplesmente para desqualificar Fernando Henrique Cardoso e equipe. Mesmo assim, manteve o compromisso de preservar a política econômica do PSDB e cumprir o equilíbrio fiscal. Por isto, a “Carta aos Brasileiros”, assinada pelo então candidato Lula da Silva (PT-SP), em 2002, para amenizar a ebulição do mercado, que fez disparar o dólar e o risco Brasil desestabilizando a economia, pelo efeito “Lula”.
No entanto, em março de 2006, iniciou o que chamaram de “uma nova matriz econômica”, ao nomearem o petista Guido Mantega (PT-SP) para o Ministério da Fazendo. Foi quando deram a largada à gastança! Tal política seria intensificada no governo de Dilma Rousseff (PT-MG), arruinando as contas públicas e gerando mais de 13 milhões de desempregados. Contudo, mesmo sabendo do tsunami no horizonte, a ex-presidente criava um Brasil às mil maravilhas para vencer as eleições de 2014 - Uma pilhagem eleitoral para vencer as eleições.
Entretanto, o PT nunca teve grandeza para reconhecer qualquer erro. E olha que não foram poucos: MENSALÃO, PETROLÃO e escândalos seguidos de escândalos. A culpa, contudo, sempre foi atribuída aos seus desafetos, ora aos opositores, ora à própria Justiça, sem o mínimo constrangimento em enxovalhar as instituições do Estado e em denegrir o Brasil junto às cortes internacionais e ao mundo. Mais valor sempre teve o partido e suas lideranças, o resto é segundo ou terceiro plano!
Também não tem qualquer constrangimento em defender sistemas autoritários, tais como o da Venezuela, de Nicolás Maduro, e a Nicarágua, de Daniel Ortega, que já tiraram a vida de centenas de opositores. Outras centenas de presos políticos são mantidas nos cárceres antidemocratas dessas ditaduras. Mas, dissimuladamente, o PT diz que aqueles países vivem em “democracia”.  
Agora, no desespero, o PT tenta se vestir com pele de cordeiro no pit stop da campanha política. Assim, esconde cinicamente os ex-presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff; diz-se favorável a imprensa livre, quando na realidade mantém em seu programa o “controle social da mídia” (censura); exalta a “soberania popular” e o mesmo projeto econômico fracassado em governos anteriores, o que levará o País à “venezuelização”. Além de tudo, tem ainda o cinismo de trocar o vermelho pelo verde e amarelo, julgando a todos como se fôssemos idiotas.

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