Um dos grandes problemas da política é que os
políticos sempre estão prontos para agradar o eleitor, independente se amanhã
eles irão cumprir, ou não, suas promessas de campanha. O que mais importa é o
voto, de modo que pouco vale se deixam de falar a verdade. Por isto, é uma
minoria que olha de frente para a necessidade da reforma da previdência em
época de eleições. No entanto, é evidente que o Brasil não aguenta mais tantos
privilégios, principalmente para determinadas categorias de servidores públicos,
que têm aposentadorias polpudas como em nenhuma outra parte do mundo.
É indiscutível, entretanto, que a reforma do
sistema é imperativa ao equilíbrio das contas públicas, que, por sua vez, é
indispensável à criação de um melhor ambiente de negócios, de modo a estimular
investimentos e a gerar empregos. Portanto, sem equilíbrio fiscal fica muito
difícil diminuir a pobreza. Comprometem-se, também, os investimentos em setores
essenciais, tais como em educação, saúde e segurança pública, além de ofuscar o
futuro das próximas gerações.
Evidencia-se, portanto, que os estragos que a
má condução do País, pela forma equivocada (ou mal intencionada?) de fazer
política são enormes. Perde-se em tempo, em recursos de toda ordem e em
oportunidades...
Melhor exemplo não há do que o das últimas
eleições, quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG) foi reconduzida ao
cargo. Ainda no período pré-eleitoral a então candidata-presidente, em um raro
momento de sinceridade, disse em público que “nós (o PT) podemos fazer o diabo
quando é hora de eleição”. E assim foi feito...
Durante todo o período da campanha a
ex-presidente Dilma Rousseff pintou um Brasil às mil maravilhas, sem problemas.
Os candidatos da oposição eram ditos como “agourentos”. Só depois de vencer o
pleito é que ela admitiu a gravidade da crise. A recessão se agravara gerando mais
de 11 milhões de desempregados. Quem não se lembra do aumento nas contas de energia
elétrica, que ela havia baixado no período da pré-campanha para cativar
eleitores?
Depois veio à tona o desequilíbrio fiscal,
mas a ex-presidente e o seu partido, o PT, jamais admitiram qualquer erro na
condução do País durante o seu mandato (Jan. 2011/Ago. 2016). E agora toda
crise é colocada no colo do atual governo, como se fosse Michel Temer (MDB-SP)
que afundou o Brasil na maior crise da era Republicana. Temer tem todos os seus
defeitos, mas não esse atributo!
Desta forma, o PT parece ter se especializado
em estelionato eleitoral, como se valesse tudo para acessar ao poder. Daí que
até há poucos dias o candidato oficial do partido à presidência da República
era o ex-presidente Lula da Silva, preso em Curitiba por corrupção passiva e
lavagem de dinheiro. Todos sabiam da impossibilidade legal do ex-presidente se
candidatar, pela ficha suja. No entanto, por um longo período o PT insistiu em
manter o ex-presidente na mídia para induzir a transferência de votos. Um
flagrante afronta à Justiça!
Agora é o candidato Fernando Haddad (PT-SP) a
dizer que teve menos votos que os votos nulos e em branco nas últimas eleições
para prefeito em São Paulo, quando tentou a reeleição, porque “o povo foi
induzido ao erro” pela mídia. A afirmativa seria até cômica, se não fosse
antidemocrática por achar que o povo só acerta quando vota nos candidatos
petistas, como se todos fossem analfabetos funcionais.
Lamentável é que isto ainda estimula o
círculo vicioso do “me engana que eu gosto”, que destrói os melhores valores Republicanos
e da Democracia.
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