segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Enganando para continuar reinando

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Um dos grandes problemas da política é que os políticos sempre estão prontos para agradar o eleitor, independente se amanhã eles irão cumprir, ou não, suas promessas de campanha. O que mais importa é o voto, de modo que pouco vale se deixam de falar a verdade. Por isto, é uma minoria que olha de frente para a necessidade da reforma da previdência em época de eleições. No entanto, é evidente que o Brasil não aguenta mais tantos privilégios, principalmente para determinadas categorias de servidores públicos, que têm aposentadorias polpudas como em nenhuma outra parte do mundo.  
É indiscutível, entretanto, que a reforma do sistema é imperativa ao equilíbrio das contas públicas, que, por sua vez, é indispensável à criação de um melhor ambiente de negócios, de modo a estimular investimentos e a gerar empregos. Portanto, sem equilíbrio fiscal fica muito difícil diminuir a pobreza. Comprometem-se, também, os investimentos em setores essenciais, tais como em educação, saúde e segurança pública, além de ofuscar o futuro das próximas gerações.
Evidencia-se, portanto, que os estragos que a má condução do País, pela forma equivocada (ou mal intencionada?) de fazer política são enormes. Perde-se em tempo, em recursos de toda ordem e em oportunidades...
Melhor exemplo não há do que o das últimas eleições, quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG) foi reconduzida ao cargo. Ainda no período pré-eleitoral a então candidata-presidente, em um raro momento de sinceridade, disse em público que “nós (o PT) podemos fazer o diabo quando é hora de eleição”. E assim foi feito...
Durante todo o período da campanha a ex-presidente Dilma Rousseff pintou um Brasil às mil maravilhas, sem problemas. Os candidatos da oposição eram ditos como “agourentos”. Só depois de vencer o pleito é que ela admitiu a gravidade da crise. A recessão se agravara gerando mais de 11 milhões de desempregados. Quem não se lembra do aumento nas contas de energia elétrica, que ela havia baixado no período da pré-campanha para cativar eleitores?
Depois veio à tona o desequilíbrio fiscal, mas a ex-presidente e o seu partido, o PT, jamais admitiram qualquer erro na condução do País durante o seu mandato (Jan. 2011/Ago. 2016). E agora toda crise é colocada no colo do atual governo, como se fosse Michel Temer (MDB-SP) que afundou o Brasil na maior crise da era Republicana. Temer tem todos os seus defeitos, mas não esse atributo!
Desta forma, o PT parece ter se especializado em estelionato eleitoral, como se valesse tudo para acessar ao poder. Daí que até há poucos dias o candidato oficial do partido à presidência da República era o ex-presidente Lula da Silva, preso em Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Todos sabiam da impossibilidade legal do ex-presidente se candidatar, pela ficha suja. No entanto, por um longo período o PT insistiu em manter o ex-presidente na mídia para induzir a transferência de votos. Um flagrante afronta à Justiça!
Agora é o candidato Fernando Haddad (PT-SP) a dizer que teve menos votos que os votos nulos e em branco nas últimas eleições para prefeito em São Paulo, quando tentou a reeleição, porque “o povo foi induzido ao erro” pela mídia. A afirmativa seria até cômica, se não fosse antidemocrática por achar que o povo só acerta quando vota nos candidatos petistas, como se todos fossem analfabetos funcionais.
Lamentável é que isto ainda estimula o círculo vicioso do “me engana que eu gosto”, que destrói os melhores valores Republicanos e da Democracia.

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