quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Driblando a crise com incompetência e cinismo.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011/2014), considerando o período desde o fim da República Velha, em 1930, só não foi pior do que no mandato de Fernando Collor de Mello (1990/1992), quando o PIB brasileiro encolheu -1,29%. Para este segundo mandato, as principais empresas de consultoria do Brasil e exterior prevêem um largo período de recessão econômica, que poderá se estender até 2017, não tomadas as medidas adequadas.
Para este ano, a mediana na queda do PIB brasileiro acompanha a previsão do Boletim Focus, que atualmente está no patamar de -2,0%. Contudo, há previsões bem mais pessimistas, tais como a do Banco Fibra, de -3,1%; do Credit Suisse, de -2,4%; da Empiricus Research, de -2,5%. Concretizando-se qualquer uma dessas previsões, somente cinco países terão resultados piores que o Brasil: Guiné Equatorial e Serra Leoa, na África; Vanuatu, na Oceania; Venezuela, na América; Ucrânia, na Europa.
Poucos países deixarão de crescer, tal como o Brasil nos próximos dois anos. Segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), a média de crescimento mundial para 2015 é estimada em 3,3%. Portanto, a situação atual do nosso país é bem pior do que a das principais economias do mundo, como também dos países que estão no mesmo grau de desenvolvimento, como a do grupo dos BRICS e da maioria dos nossos vizinhos sul-americanos.
Outros indicadores que permitem avaliar a dimensão da fragilidade fiscal e da gravidade da crise econômica brasileira são dados pela inflação, taxas de juros (SELIC) e desemprego altos; endividamento público elevado, com dificuldade de aumento da receita e de contenção dos gastos correntes; baixo nível de confiança no país. Mesmo diante desses fatos nosso governo vem encontrando dificuldades para aprovar na integridade as medidas propostas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Moody’s é a comprovação da nossa realidade. Segundo a Moody’s: “Um desempenho econômico mais fraco que o esperado, uma tendência de crescimento de gastos públicos e uma falta de consenso político sobre as reformas fiscais impedirá que as autoridades alcancem um superávit primário alto o suficiente para segurar e reverter a tendência de alta da dívida este e no próximo ano”, o que justifica o rebaixamento da nota de crédito brasileira.
Análise similar também levou a agência Standard & Poor’s a mudar sua avaliação de risco de estável para negativa. Outra agência, a Fitch, também já estuda mudanças em sua classificação. É preocupante, portanto, que o Brasil volte para a posição de nível especulativo, o que indicaria maior dificuldade para obtenção de recursos no exterior e aumento nas taxas de juros nos novos empréstimos contraídos pelas empresas e governo.
Somam-se aos problemas de ordem econômica as crises política, moral e ética, como comprovam a Operação Lava Jato e o alto índice de desaprovação à Presidente Dilma Rousseff e ao seu partido, o PT.
Mesmo assim, ao contrário do que vem dizendo a presidente Dilma Rousseff e a linha de frente de seu partido, nada disso decorre da crise externa ou golpismo, muito menos da invenção dos “pessimistas de plantão”. Se há culpado é o próprio governo petista, pela incompetência para dirigir o país e seu projeto de perpetuação no poder e de hegemonia. Entretanto, a presidente e o PT preferem tergiversar e negar a verdade ao invés de assumirem a culpa, o que seria muito mais nobre.  

domingo, 23 de agosto de 2015

Libertando de um grande estorvo.

Por mais que a presidente Dilma Rousseff (PT-RS) se esforce para recuperar a popularidade, sob a tutela de seus marqueteiros e do ex-presidente Lula da Silva, isto será quase impossível. Depois das eleições o povo sentiu-se enganado, traído, tal como mostram de maneira inequívoca as pesquisas e a opinião pública. Os aumentos da taxa de juros e do desemprego, a queda no poder de compra dos salários e a corrupção estampada diariamente nos jornais, entre tantos outros fatos negativos, mostraram os seus efeitos.
Até agora, entretanto, não se viu o governo ou o seu fiel escudeiro, o PT, admitir qualquer culpa. O erro é problemas dos outros, que invariavelmente sempre são os “golpistas”. No entanto, não foram os “golpistas” que aparelham o Estado como se não fosse público, mas privado; que se aliaram ao que temos de mais retrógrado e fisiológico, tanto à direita como à esquerda; que saquearam como nunca os cofres públicos, aproveitando-se do populismo, da dissimulação e da mentira.
Mas, como ninguém engana para sempre, a população foi se informando. É impossível esconder tantas mazelas e não sentir as consequências da crise. Contribuições relevantes vêm dando as instituições de Estado, como o Ministério Público, a Policia Federal e a Justiça, além da imprensa independente, que fortalecem a nossa democracia. A maioria dos brasileiros não querem aqui uma nova Cuba, uma nova Venezuela, tal como deseja uma minoria raivosa. Por isto, os desvestidos de ódio foram para rua.
Hoje a maioria já não aceita os falsos guerreiros, porque eles não são do povo brasileiro. E se o governo Dilma Rousseff e o PT se encontram isolados, com a maior rejeição de nossa vida republicana, falta-lhes legitimidade para continuar conduzindo o destino do país. Impeachment é a palavra certa! Basta de prepotência, de mentiras e da incompetência que levou o Brasil ao atoleiro!
Em recente artigo publicado na imprensa nacional, o advogado Almir Pazzianotto, ex-ministro do Trabalho e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), nos dá a seguinte lição:
Da trágica experiência com a longeva administração petista, os brasileiros, desejosos de redimir, devem retirar lições. A primeira é de que não conseguiremos nos aproximar do mundo desenvolvido em quatro, oito ou dez anos. Serão necessárias várias décadas, se nos revestirmos de coragem e começarmos já. A segunda lição é de que o povo deve identificar e repelir políticos demagogos, homens e mulheres levianos, viciados em mentir e em fazer promessas rapidamente abandonadas.
O ex-ministro também diz, como muita propriedade, que não faltaram advertências. A crise em que estamos envolvidos foi antecipada por vozes previdentes ao longo de mais de dez anos. Porém, se os bons avisos ficaram perdidos, não faltaram ouvidos para os conchavos e malfeitos. Aliás, essa é a maior obra dos governos petistas que ficarão para a história, tanto do mandato do ex-presidente Lula da Silva, como do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Então, que tudo isso sirva-nos realmente de lição. Será necessário muito tempo para o Brasil recuperar os estragos deixados pelo PT e seus aliados. Todavia, não podemos arrefecer da luta, uma vez falta à minoria dignidade para abdicar da teta e do atraso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sem rancor e ódio, com verde e amarelo nas ruas.

O governo e a cúpula petista nunca tiveram qualquer comedimento quando a questão é desconstruir os fatos, se não são do agrado deles. Com absoluta clareza, observa-se que não há constrangimento quando eles apresentam as suas versões - quase sempre recheadas de mentiras - na tentativa de transformá-las em verdade, pela repetição ou embaralhar a opinião pública na pior das hipóteses. Se necessário, não haverá problema em transformar seus críticos em inimigos, por mais irrefutável que seja determinado acontecimento.
Por isto, até aqui ninguém viu o governo ou o PT assumir, pelo menos uma vez, alguma responsabilidade pela atual crise econômica e política, ou pela corrupção que tomou conta do Brasil nos últimos anos, conforme tem exposto a Operação Lava Jato. Para o MENSALÃO, a versão foi de que “O MENSALÃO não existiu”; para o PETROLÃO e o ELETROLÃO, “que o PT só recebe doações legais de campanha”; para a incompetência que nos levou a atual crise econômica, “que tudo é consequência da crise externa”. E por aí vão...
Nesta semana, o ex-presidente Lula da Silva durante discurso para seus partidários na abertura da 5ª Marcha das Margaridas, em Brasília, disse que a crise atual do Brasil “não nasceu em Quixeramobim, não nasceu em Maceió, não nasceu em Brasília. A crise nasceu no coração dos Estados Unidos”. Só que o ex-presidente se “esqueceu” de dizer, que enquanto os outros países se organizavam para estancar a crise, os governos petistas incentivavam a gastança.
Já a presidente Dilma Rousseff, atordoada para criar o que chamam de “Agenda Positiva” e jogar para o abismo as mazelas de seu governo, disse “lastimar” a alta na conta de energia elétrica. Contudo, mais uma vez subjugando a inteligência dos brasileiros, anunciou uma redução de 15% a 20% nos valores cobrados pela taxa da “bandeira vermelha”. Só que a presidente também se “esqueceu” de dizer, que tal redução não ultrapassaria a 1,5% do total das contas dos consumidores de energia.
Para o governo petista e o PT tudo é válido quando está em jogo a manutenção do poder. O país pode ficar em segundo plano, as leis podem ser rasgadas, as instituições democráticas ultrajadas e os princípios republicanos jogados em qualquer lata de lixo. Há razões de sobra, então, para continuarmos de olhos abertos.
Agora, no julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por exemplo, o governo já ganhou tempo, depois de uma articulação com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Tudo indica que o julgamento do TCU poderá ser prorrogado de acordo com a conveniência do governo, a fim de evitar a reprovação das contas. O mesmo procedimento acontece com relação à aprovação das contas de campanha da presidente junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Sabe lá os meios utilizados nos bastidores para isso! Com certeza não há altruísmo!
O governo, o PT e a trupe dos aliados fisiologista, unidos para saquear o Brasil, tudo farão para impedir o impeachment.  A “Agenda Brasil” e o conjunto de medidas que vão sendo anunciadas fazem parte de uma articulação para manter o mandato da Presidente Dilma. O que é isso, senão um factóide ou mais um ato golpista? Há tempo a presidente perdeu a credibilidade para continuar dirigindo o país.
Pelo conjunto da obra, a maioria da nação já não acredita no governo petista. A saída da presidente Dilma Rousseff tornou-se indispensável para reorganizar o Brasil, tamanho o descrédito. Golpe, portanto, é qualquer atitude em sentido contrário a aceitação da soberania popular. E o povo ganha as ruas não com bandeiras vermelhas da minoria, mas com a nossa verde e amarela.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Quem semeia vento, colhe tempestades...

Todo o trabalho relativo à Operação Lava Jato, conduzido no âmbito federal pela Polícia, Ministério Público e Justiça, tem se revelado exemplar. Não ocorrendo obstruções, conforme em operações anteriores, certamente voltaremos a acreditar no Brasil. Poderemos, inclusive, recuperar um pouco mais de nossa autoestima, ao ver que os criminosos ricos e poderosos, inclusive os políticos, também vão para a cadeia.
É inegável que a corrupção sempre existiu em nossa vida política. Nos governos petistas, entretanto, ela extrapolou todos os limites, tornando-se sistêmica. O retorno à cadeia do todo poderoso José Dirceu, ex-presidente do PT e ministro da Casa Civil, como mentor do esquema de corrupção na Petrobras, é a principal evidência. Só que o dinheiro não se restringia ao PT e aos partidos aliados, conforme no MENSALÃO. Mas, também, enriquecia ilicitamente os operadores, incluindo José Dirceu.
Para aqueles que têm acompanhado a vida política e econômica do Brasil nos últimos anos, sem se deixar influenciar pela propaganda governista, toda essa crise já era esperada, inclusive em seus aspectos morais e éticos. Não será novidade, portanto, se o ex-presidente Lula da Silva tiver que prestar contas à Justiça. Há rastros concretos de que a corrupção na Petrobras alimentou o Instituto Lula; que as caras “palestras”, realizadas no Brasil e no exterior, foram pagas com o dinheiro sujo, extraído das empreiteiras da Petrobras.
Há ainda de serem explicadas as obras do tríplex de Lula da Silva na famosa Praia das Astúrias, no Guarujá, e da suntuosa mansão no sítio secreto em Atibaia. Ambas foram realizadas pela construtora OAS, de Léo Pinheiro, amigo íntimo do ex-presidente, condenado na última quarta-feira a 16 anos e quatro meses de reclusão, em sistema fechado, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa na Lava Jato.
Também não faltam razões para a investigação da origem da riqueza acumulada por Fábio Luiz Lula da Silva, conhecido como Lulinha, e por Taiguara Rodrigues dos Santos, respectivamente, filho e sobrinho do ex-presidente. A afirmativa de que Lulinha é o “Ronaldinho dos empresários” não explica nada.
No poder, o ex-presidente fez o que pode para destruir os adversários. Logo ao assumir transferiu a seu antecessor toda a culpa pela “herança maldita” -  crise econômica nascida de sua própria eleição, que desestabilizou o mercado. Assim, jamais reconheceu os esforços do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) para entregá-lo um país melhor arrumado. Nem o processo de transição democrática, do modo como nunca antes o país havia assistido.
Além de extinguir o programa “Comunidade Solidária”, que favorecia a ocupação dos mais pobres, inclusive inserindo-os no mercado de trabalho, Lula da Silva se apropriou das políticas de inclusão social e do aumento real do salário mínimo, bem como de toda política de estabilização da moeda, iniciada no governo de Itamar Franco, como se tudo isso iniciasse em seu governo. E para consolidar a cizânia entre os brasileiros, com objetivo claro de perpetuar no poder, instigou o “nós” contra “eles”.
Populista, o ex-presidente não teve pudor para inaugurar uma mesma obra várias vezes, fosse ela não iniciada ou inacabada. Nem para dizer que construíra mais universidades, quando na verdade desmembrava as já existentes; para dizer que a saúde no Brasil encontrava-se “perfeita”; que sob a sua gestão o Brasil transformara-se em “um país desenvolvido”; que “o MENSALÃO não existiu”.
O ex-presidente Lula da Silva também deixou-nos o legado do PETROLÃO e da corrupção generalizada. Por fim, vendeu a todos nós brasileiros uma “gerentona”, que não passava de uma “estagiária” incompetente, nos termos precisamente empregados pelo jornal “O Estado de São Paulo”. Então, resta-nos ver a Justiça finalmente alcançar a criatura. Motivos não faltam para isso!