O governo e
a cúpula petista nunca tiveram qualquer comedimento quando a questão é
desconstruir os fatos, se não são do agrado deles. Com absoluta clareza,
observa-se que não há constrangimento quando eles apresentam as suas versões - quase
sempre recheadas de mentiras - na tentativa de transformá-las em verdade, pela
repetição ou embaralhar a opinião pública na pior das hipóteses. Se necessário,
não haverá problema em transformar seus críticos em inimigos, por mais
irrefutável que seja determinado acontecimento.
Por isto,
até aqui ninguém viu o governo ou o PT assumir, pelo menos uma vez, alguma
responsabilidade pela atual crise econômica e política, ou pela corrupção que
tomou conta do Brasil nos últimos anos, conforme tem exposto a Operação Lava
Jato. Para o MENSALÃO, a versão foi de que “O MENSALÃO não existiu”; para o
PETROLÃO e o ELETROLÃO, “que o PT só recebe doações legais de campanha”; para a
incompetência que nos levou a atual crise econômica, “que tudo é consequência
da crise externa”. E por aí vão...
Nesta semana,
o ex-presidente Lula da Silva durante discurso para seus partidários na
abertura da 5ª Marcha das Margaridas, em Brasília, disse que a crise atual do
Brasil “não nasceu em Quixeramobim, não nasceu em Maceió, não nasceu em
Brasília. A crise nasceu no coração dos Estados Unidos”. Só que o ex-presidente
se “esqueceu” de dizer, que enquanto os outros países se organizavam para
estancar a crise, os governos petistas incentivavam a gastança.
Já a
presidente Dilma Rousseff, atordoada para criar o que chamam de “Agenda
Positiva” e jogar para o abismo as mazelas de seu governo, disse “lastimar” a
alta na conta de energia elétrica. Contudo, mais uma vez subjugando a
inteligência dos brasileiros, anunciou uma redução de 15% a 20% nos valores
cobrados pela taxa da “bandeira vermelha”. Só que a presidente também se
“esqueceu” de dizer, que tal redução não ultrapassaria a 1,5% do total das
contas dos consumidores de energia.
Para o
governo petista e o PT tudo é válido quando está em jogo a manutenção do poder.
O país pode ficar em segundo plano, as leis podem ser rasgadas, as instituições
democráticas ultrajadas e os princípios republicanos jogados em qualquer lata
de lixo. Há razões de sobra, então, para continuarmos de olhos abertos.
Agora, no
julgamento das contas da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da
União (TCU), por exemplo, o governo já ganhou tempo, depois de uma articulação
com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Tudo indica que o julgamento do
TCU poderá ser prorrogado de acordo com a conveniência do governo, a fim de
evitar a reprovação das contas. O mesmo procedimento acontece com relação à
aprovação das contas de campanha da presidente junto ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). Sabe lá os meios utilizados nos bastidores para isso! Com
certeza não há altruísmo!
O governo, o
PT e a trupe dos aliados fisiologista, unidos para saquear o Brasil, tudo farão
para impedir o impeachment. A “Agenda
Brasil” e o conjunto de medidas que vão sendo anunciadas fazem parte de uma
articulação para manter o mandato da Presidente Dilma. O que é isso, senão um factóide
ou mais um ato golpista? Há tempo a presidente perdeu a credibilidade para
continuar dirigindo o país.
Pelo conjunto da obra, a maioria da nação já não
acredita no governo petista. A saída da presidente Dilma Rousseff tornou-se
indispensável para reorganizar o Brasil, tamanho o descrédito. Golpe, portanto,
é qualquer atitude em sentido contrário a aceitação da soberania popular. E o
povo ganha as ruas não com bandeiras vermelhas da minoria, mas com a nossa
verde e amarela.
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