quarta-feira, 30 de novembro de 2016

SENADORES QUE VOTARAM CONTRA A LAVA JATO NO SENADO FEDERAL

Relação dos senadores traidores do povo, que votaram pela urgência do Projeto de Lei que desfigurou as 10 medidas para o combate à corrupção na Câmara dos Deputados, na madrugada  de 30/11/2016.

Pastor Valadares (PDT-RO)
Roberto requião (PMDB-PR)
Valdir Raupp (PMDB-RO) 
Zezé Perrella (PTB-MG)
Benedito de Lira (PP-AL)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Fernando Coelho (PSB-PE)
Fernando Collor (PTC-AL)
Helio José (PMDB-DF)
Humberto Costa (PT-PE)
Ivo Cassol (PP-RO)
João Alberto(PMDB-MA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Vicentinho Alves (PR-TO)

A votação foi dirigida, com o cinismo de sempre, pelo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), coronel das Alagoas.

Kátia Abreu (PMDB-TO) se absteve, ficando em cima do muro, como sempre.

A maioria é investigada na Lava Jato.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Muda a velha política ou continuaremos no buraco?

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A permanência do ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer (PMDB-SP), depois de tentar intervir nas decisões do então ministro de Cultura, Marcelo Calera, pela liberação da construção de um edifício em área de preservação histórica, em Salvador, demonstra como os interesses nacionais são jogados em plano secundário. A obra encontra-se embargada pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), depois de iniciada sem a licença apropriada.
É inadmissível, portanto, que o presidente Michel Temer não tenha demitido pontualmente seu colega de partido, e amigo, após Calera denunciar Geddel. O ministro da Cultura inclusive foi levado a pedir demissão devido à pressão de Geddel. Está explícito, portanto, que o Secretário de Governo quebrou o decoro do cargo ao infringir preceitos éticos. Não se pode privilegiar interesse privado em detrimento do público. E a questão da conservação do patrimônio histórico em Salvador é uma matéria absolutamente relevante, de interesse nacional.

Tão grave quanto a inação do presidente é o manifesto de apoio dos líderes dos partidos da base aliada do atual governo ao ministro infrator, como também as manifestações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Para Maia “Geddel tem o apoio do parlamento, tem a confiança, tem exercido papel fundamental para o governo na articulação política”. Tal argumento não apaga a quebra de ética do ministro, mas explicita a falta de decoro do próprio Parlamento.

É este tipo de comportamento dos políticos que levou o Brasil à atual crise. O Estado não é para atender aos interesses privados de minorias, senão para suprir os anseios maiores da população. Entretanto, a maioria dos políticos parece que não está nem um pouco preocupada com isto. Seu modus operandi é um verdadeiro escárnio para com os contribuintes e as pessoas que ainda sonham em ver o Brasil com valores mais nobres: um país mais igualitário e melhor para todos.

Ontem, grande parte desses políticos fazia parte da base política que sustentou os governos corruptos, incompetentes e perdulários de Lula da Silva (PT-SP) e de Dilma Rousseff (PT-RS). Hoje, diante da crise gerada por aqueles governos, tais políticos continuam a virar as costas para a população, como se o Brasil fosse propriedade privada dos que momentaneamente estão no governo. Repetem-se, assim, os mesmo erros, indiferentes à vontade da população, que se encontra aflita por mudanças.

Recentemente a pressão popular varreu do Palácio do Planalto a ex-presidente Dilma Rousseff e toda sua tropa de choque, incluindo o quase ministro Lula da Silva. Como sobra restou o exemplo. A velha política se tornou intolerável, uma vez que o povo não suporta mais pagar a conta da corrupção, da ineficiência e das demais mazelas que impregnam o Estado brasileiro pelo atraso.

Arte: Carlinhos Müller - Editoria de arte da Folha de São Paulo

Arte: 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Voz da mentira contra a realidade dos fatos

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Uma das características mais marcantes dos governos lulopetista, utilizada nos 13 anos e cinco meses de poder em Brasília, foi plantar informações maquiando a realidade para iludir a opinião pública. Entre muitos exemplos que poderiam ser citados, vale lembrar as afirmativas de que o Brasil era o país que mais crescia no mundo; que o Brasil, no governo petista, tornara-se um país desenvolvido; que os problemas econômicos denunciados pela oposição eram previsões pessimistas e agourentas.

Em 2014, no curso do período eleitoral, a presidente-candidata Dilma Rousseff (PT-RS) chegou a vender aos eleitores um país imaginário, quando todos os setores mais bem informados já prenunciavam iminentes problemas na economia, principalmente pela aceleração do endividamento do país e aumento das despesas correntes. Passadas as eleições, os problemas vieram à tona, inclusive mostrando-se muito mais graves que as previsões mais pessimistas, com excepcionais exceções.

Prova contundente do fracasso da ex-presidente Dilma Rousseff é a média de 0,9% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no seu governo. Esta média é a terceira pior desde que Marechal Deodoro da Fonseca destituiu, por um golpe, o Governo Imperial de D. Pedro II. Tal média só é superada pelos governos de Collor de Mello, quando o PIB decresceu em 1,3%, e o do Marechal Floriano Peixoto, quando minguou 7,5%. Não houvesse o impeachment, a média do crescimento econômico da ex-presidente também acabaria negativa, por inúmeras razões.

A ex-presidente, tal qual seu antecessor Lula da Silva (PT-SP), entretanto, sempre preferiu focar, e criticar reiteradamente, o governo do ex-presidente Fernando de Henrique Cardoso - FHC (PSDB-SP), a admitir qualquer problema em sua gestão. Não raramente dizia que “FHC quebrou o Brasil três vezes”, adjetivando pejorativamente aquele governo, sem qualquer análise crítica consistente, que levasse em conta, pelo menos, a situação econômica do país e do mundo naquela ocasião.

Mas, como a mentira não dura para sempre, a ex-presidente acabou caindo por sua própria incompetência, deixando como herança a seu sucessor, Michel Temer (PMDB-SP), um país verdadeiramente quebrado, com mais de 12 milhões de trabalhadores desempregados e a economia totalmente esfacelada.  

Por ironia, hoje quando comparamos a média de crescimento do PIB no governo de FHC – média de crescimento de 2,3% ao ano – com o da ex-presidente Dilma Rousseff, verifica-se que o primeiro superou o segundo em mais de 150%. E não se compara aqui a situação deixada por um e pela outra para o seu sucessor.

Se o presidente Michel Temer conseguir arrumar a economia nos dois anos que restam para o final do atual mandato, seu governo indubitavelmente sairá exitoso, tamanha a crise herdada de sua antecessora. Pode-se até olhar com imensa desconfiança quando o presidente afirma que apóia a Operação Lava- Jato, mas não se pode dizer que ele distorce os fatos, principalmente quando fala de economia. 

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Vantagens e privilégios somados à arrogância mesquinha.


Pelo que foi revelado até aqui pela Operação Lava Jato, que abrange quase que exclusivamente o período de governos lulopetista, pode-se estimar os estragos que a corrupção há anos vem impelindo ao Estado brasileiro. Não é só a corrupção, entretanto, a causa dos desacertos que inibem o desempenho e a modernização do país. A burocracia do Estado – herança da colonização portuguesa – e o corporativismo incrustado em nossas instituições públicas estão entre os problemas de maior relevância, quando se pensa em um país melhor para todos.

Em razão da burocracia, hoje o Brasil se situa entre os piores lugares do mundo para se fazer negócios. Neste enfoque, entre 189 países estudados ocupamos a 174ª colocação, conforme relatório do Banco Mundial. Gastamos, em média, 83 dias entre a formalização e a implantação legal de uma empresa, bem como necessitamos de 2.600 horas por ano para pagar impostos. E, em pleno século XXI, estamos obrigados às autenticações, ao reconhecimento de firmas e a realizar conferências sobre conferências, como no mais arcaico dos mundos.

O custo da burocracia no Brasil é enorme. Perde-se em tempo e em desperdícios de recursos materiais e humanos, o que afeta diretamente a produtividade dos serviços públicos e das empresas, razão pela qual também contribui com a elevação do que denominamos custo Brasil. Mas, por outro lado, ela convém aos lobby’s cartoriais e aos que buscam ofuscar a transparência que deveria nortear a condução das atividades públicas, pois são custeadas pelos esforços de todos os brasileiros, através do pagamento dos tributos.

Quanto ao corporativismo a situação não é diferente, uma vez que também não faltam maus exemplos, tanto da esfera do Executivo como do Legislativo e do Judiciário.

Recentemente, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowiski, em discurso na abertura do Encontro Nacional de Juízes Estaduais - ENAJE, realizado na cidade de Porto Seguro – BA, ao defender aumento para os magistrados disse que “não há vergonha nenhuma nisso, porque os juízes, no fundo, são trabalhadores como outros quaisquer, e têm seus vencimentos corroídos pela inflação". 

Cabe indagar: - Quando os trabalhadores brasileiros gozaram de cargo vitalício? Quando foram aposentados compulsoriamente por malfeitos e continuaram a receber os salários? Quando entraram em recesso duas vezes por ano? Quando se aposentaram mantendo os mesmos salários? Quando tiveram auxílio moradia? A realidade é que o serviço público, em todos os âmbitos, está repleto de benefícios e mordomias.

Em matéria recente veiculada no site do jornal “O Globo”, apurou-se que no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que ora se encontra verdadeiramente falido, de 861 magistrados, somente seis recebem salários abaixo do teto constitucional de R$ 33.763,00. O salário máximo daquele tribunal é de R$ 28.000,00 ao mês, mas há desembargador que chega a receber R$ 71.352,29 pela incorporação de vantagens.

Lamentável é que mesmo assim ninguém pensa perder nenhum proveito. Contudo, o dinheiro público é escasso e, por princípio, deve ser criteriosamente utilizado em benefício de todos. Consecutivamente, só com pressão popular alcançaremos um país mais eficiente e mais justo. O Brasil é de todos os brasileiros e não apenas de uma minoria.