sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Vaso ruim também quebra

Está chegando a hora da presidente afastada Dilma Rousseff (PT-RS) dar seu derradeiro tchau à nação. Seu governo ficará marcado como o pior de toda a história do Brasil. Foram cinco anos e alguns meses em que excederam incompetência, bandalheiras, dissimulações e mentiras, que inclusive lhe valeram a reeleição. Cabe agora ao vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), a missão de minimizar os estragos realizados, principalmente na área da economia, tais como os elevados indicadores de desemprego e o descontrole do endividamento interno e externo.
Mesmo deixando o país arrasado, muito pior do que quando assumiu o governo em janeiro de 2010, a afastada não demonstrou até aqui um mínimo gesto de humildade ou aceno de grandeza. Sua arrogância tem sido tão grande que a dificulta reconhecer até mesmo o menor erro. E pior, chega às raias do delírio, ao ponto de comparar-se ao presidente Getúlio Vargas ao fazer-se vítima como se tivesse sendo injustiçada. Entretanto, não faltam motivos legais para o impeachment e todo processo continua transcorrendo em plena normalidade e pelas vias legais.
Por isto, todos os recursos apresentados pela defesa e pelos partidários da afastada no Congresso Nacional foram sendo paulatinamente negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isto prova que “golpe parlamentar” ou “por vingança”, da forma dita e amplamente difundida por essa corrente ideológica, tem como único objetivo alimentar o radicalismo de seus militantes e iludir os simpatizantes. É como choro de perdedor que não tem mais a quem apelar. Então, parte para a ignorância sem preocupação com o país, pois mais vale o poder pelo poder, independente de suas circunstâncias.
No centro dessa apelação até mesmo o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski - notório petista indicado pelo ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) para a Suprema Corte – se viu obrigado a negar na última terça-feira o último recurso que pretendia melar a votação do impeachment no Senado-Federal. Mas a afastada não se dá por rogada, embora o mérito do processo tenha sido conclusivo com a admissibilidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal por ampla maioria.
Mas, enfim, o processo vai chegando a seu desfecho por razões estritamente legais, ou seja: a afastada burlou a Lei de Responsabilidade Fiscal ao praticar as “pedaladas fiscais” e emitir decretos burlando o Orçamento Geral da União sem autorização legal do Congresso Nacional. Em resumo, a afastada julgava-se acima de tudo e de todos, inclusive das leis que regem o país.
Segundo o procurador geral da República junto ao Tribunal de Contas de União (TCU), o advogado Júlio Marcelo de Oliveira, quando ele fez a representação inicial junto ao TCU “não tinha idéia da magnitude do problema”. Entretanto, o tempo, aliado ao trabalho sério dos técnicos do TCU, mostrou o tamanho do rombo que maquiavam as contas públicas. Foi esse trabalho, aliás, que “possibilitaram constatar as fraudes”, conforme palavras da advogada Janaína Pascoal.
Além das fraudes que tão bem caracterizaram o modo petista de governar durante os trezes anos em que esse grupo julgou-se dono da nação, ficarão como lembrança a arrogância sem limites e a falta de apreço com a democracia. Não fica dúvida, portanto, que a presidente afastada dará seu tchau final da porta dos fundos do Alvorada, de onde já deveria ter saído há muito tempo. Contudo, por teimosia, decidiu-se por continuar gastando o dinheiro dos brasileiros. 


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Virando a competência ao avesso

A roubalheira sistematizada durante os treze anos de governos petistas não tem paralelo em nossa história. O conjunto de provas acumuladas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Lava-Jato e seus desdobramentos, é apenas uma amostra do que foi apurado no caso da Petrobras.  Há indícios contundentes, no entanto, de que a organização criminosa montada no seio do poder atuava massivamente em toda a máquina de Estado, incluindo os fundos de pensão, as autarquias e as demais estatais.
É evidente que a corrupção sempre esteve presente na vida republicana nacional. O que difere os governos petistas dos anteriores é o aparelhamento do Estado, instituído com objetivo claro de manter um projeto de permanência do PT no poder, de cunho essencialmente populista e alicerçado na propaganda. Neste propósito, o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) e a “ex-presidenta” Dilma Rousseff (PT-RS) conseguiram unir a elite sindical brasileira e os chamados movimentos populares às oligarquias regionais e aos políticos mais retrógrados do país.
Assim, o Estado passou a ser loteado como um verdadeiro balcão de negócios e saqueado, o que inclusive estimulou o surgimento indiscriminado de novos partidos políticos, sem qualquer princípio programático e o mínimo comprometimento com o futuro do país. Então, para saciar a sede de roubalheira do próprio partido e de seus aliados, os governos petistas não tiveram qualquer constrangimento em criar cargos e ministérios para alocar seus apaniguados.
A meritocracia foi sendo colocada de escanteio por um fisiologismo sem limites, movido pelo toma lá dá cá e pela mentira, enquanto o país sucumbia pela incompetência e era vilipendiado pela bandalheira.
Nem mesmo os empréstimos consignados aos funcionários públicos da ativa e aposentados escaparam da ganância dos “cumpanheiros”. Mesmo assim, ninguém sabia de nada! E o ex-presidente Lula da Silva e a “presidenta” Dilma Rousseff, sua quase fiel criatura, dizem-se ainda os “honestos” do mundo, como se os fins justificassem os meios. Felizmente nem todo brasileiro foi vítima dessa lavagem cerebral; nem desse Conto do Vigário!
Esse sistema foi montado de forma tão sistematizada e organizada que passou a ser exportado para outras partes do mundo, sobretudo para países da América Latina e da África.  Para abrir o caminho utilizava-se do lobista, o chefe, com a fantasia de “palestrante”; para a máquina de propaganda e marketing de governo uma empresa com “competentes” especialistas na arte da pilantragem, com objetivo claro de mentir e alienar a população; para obtenção de recursos de forma fácil a ação de empreiteiras inescrupulosas em obras superfaturadas.
Hoje, basta querer ver, pois está mais claro que nunca, que o curto período de sucesso de nossa economia teve como alavanca o crescimento do mundo, por jogar lá para cima os preços de nossas commodities. Vale lembrar que naquela época também contávamos com um país muito mais organizado. Daí, o que precisamos é de um governo mais competente, com capacidade de enfrentar de frente a corrupção e a bandalheira. O que o Brasil menos precisa neste momento é de um “salvador da pátria”.  

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Humilhando o Brasil diante do mundo

Um dia depois de recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, contra o que chamou de “abuso de poder” do juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Operação Lava-Jato, o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) tornou-se réu por tentativa de obstruir a Justiça. Junto com ele também foram indiciados o amigo pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador eleito pelo PT do Mato Grosso do Sul Delcídio do Amaral, o banqueiro André Esteves e mais três “cumpanheiros”.
A ação foi deferida pelo juiz Ricardo Leite, da Justiça Federal de Brasília. Além da tentativa de obstrução da Justiça há também claras evidências de formação de quadrilha para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, um dos réus mais atolados no escândalo do PETROLÃO. Este é o primeiro indiciamento do ex-presidente. Entretanto, outros processos envolvendo o seu nome e de familiares de primeiro grau tramitam em Curitiba, sob a responsabilidade do juiz Sérgio Moro.
A roubalheira institucionalizada durante os treze anos de governo petista agora tira o sono do ex-presidente. O recurso à ONU, impetrado por um dos mais renomados e caros advogados do mundo, o australiano Geoffrey Robertson, alega que o líder petista e seus familiares estão sendo perseguidos pela Justiça do Brasil, inquisitorialmente. Alega, ainda, abuso de poder do juiz Sérgio Moro, por autorizar a divulgação de escutas telefônica em conversa com a então presidente Dilma Rousseff (PT-RS), como também cerceamento de defesa.
O recurso à corte de Genebra tem como finalidade iminente intimidar a Justiça, uma vez que o processo recentemente instaurado sequer transitou em julgado. Outro ponto é que se condenado, ele ainda poderá recorrer a uma segunda instância, e depois até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF). É evidente que o PT quer vitimizar o ex-presidente! O modus operandi é o mesmo da versão de “golpe”, explorado massivamente no processo em curso no Senado Federal, relativo ao impeachment da presidente ora afastada.
Tanta desfaçatez e cinismo chegam ao ponto do ridículo, tal como procedeu um grupo de 64 petistas e simpatizantes - entre professores, advogados, procuradores e outros profissionais da justiça - em manifesto entregue ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, com intento de defender o recurso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU impetrado pelo ex-presidente. Uma orquestração casada e puramente política, com o propósito exclusivo de dividir o país e confundir a opinião pública.
Segundo o manifesto o ex-presidente é vítima do ódio da imprensa golpista e da elite, porque “ele é filho da miséria; porque ele é nordestino; porque ele não tem curso superior; porque ele foi sindicalista; porque foi torneiro mecânico; porque é fundador do PT; porque ele bebe cachaça; porque fez um governo preferencialmente para as classes mais baixas e vulneráveis”. Claro, não mencionaram o MENSALÃO, o PETROLÃO e nenhum outro escândalo da corrupção institucionalizada nos governos petistas, que são fatos!
Também suprimiram que as elites e as oligarquias, “como nunca antes na história deste país”, ganharam tanto dinheiro como na era do PT. Fica patente, portanto, que para o populismo a palavra “povo” é apenas um elemento conveniente do discurso, tal como é proveitoso julgar-se perseguido sempre que flagrado em atos de corrupção e malfeitos. Por isto, esta minoria abomina a JUSTIÇA maiúscula, hoje muito bem simbolizada pelo juiz Sérgio Moro.