Está
chegando a hora da presidente afastada Dilma Rousseff (PT-RS) dar seu derradeiro
tchau à nação. Seu governo ficará marcado como o pior de toda a história do
Brasil. Foram cinco anos e alguns meses em que excederam incompetência,
bandalheiras, dissimulações e mentiras, que inclusive lhe valeram a reeleição. Cabe
agora ao vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), a missão de minimizar
os estragos realizados, principalmente na área da economia, tais como os
elevados indicadores de desemprego e o descontrole do endividamento interno e
externo.
Mesmo deixando
o país arrasado, muito pior do que quando assumiu o governo em janeiro de 2010,
a afastada não demonstrou até aqui um mínimo gesto de humildade ou aceno de
grandeza. Sua arrogância tem sido tão grande que a dificulta reconhecer até
mesmo o menor erro. E pior, chega às raias do delírio, ao ponto de comparar-se
ao presidente Getúlio Vargas ao fazer-se vítima como se tivesse sendo
injustiçada. Entretanto, não faltam motivos legais para o impeachment e todo
processo continua transcorrendo em plena normalidade e pelas vias legais.
Por isto,
todos os recursos apresentados
pela defesa e pelos partidários da afastada no Congresso Nacional foram sendo
paulatinamente negados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isto prova que
“golpe parlamentar” ou “por vingança”, da forma dita e amplamente difundida por
essa corrente ideológica, tem como único objetivo alimentar o radicalismo de
seus militantes e iludir os simpatizantes. É como choro de perdedor que não tem
mais a quem apelar. Então, parte para a ignorância sem preocupação com o país, pois
mais vale o poder pelo poder, independente de suas circunstâncias.
No centro
dessa apelação até mesmo o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski -
notório petista indicado pelo ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) para a Suprema
Corte – se viu obrigado a negar na última terça-feira o último recurso que
pretendia melar a votação do impeachment no Senado-Federal. Mas a afastada não
se dá por rogada, embora o mérito do processo tenha sido conclusivo com a
admissibilidade na Câmara dos Deputados e no Senado Federal por ampla maioria.
Mas, enfim,
o processo vai chegando a seu desfecho por razões estritamente legais, ou seja:
a afastada burlou a Lei de Responsabilidade Fiscal ao praticar as “pedaladas
fiscais” e emitir decretos burlando o Orçamento Geral da União sem autorização
legal do Congresso Nacional. Em resumo, a afastada julgava-se acima de tudo e
de todos, inclusive das leis que regem o país.
Segundo o procurador geral da República
junto ao Tribunal de Contas de União (TCU), o advogado Júlio Marcelo de
Oliveira, quando ele fez a representação inicial junto ao TCU “não tinha idéia
da magnitude do problema”. Entretanto, o tempo, aliado ao trabalho sério dos
técnicos do TCU, mostrou o tamanho do rombo que maquiavam as contas públicas.
Foi esse trabalho, aliás, que “possibilitaram constatar as fraudes”, conforme
palavras da advogada Janaína Pascoal.
Além das
fraudes que tão bem caracterizaram o modo petista de governar durante os trezes
anos em que esse grupo julgou-se dono da nação, ficarão como lembrança a
arrogância sem limites e a falta de apreço com a democracia. Não fica dúvida,
portanto, que a presidente afastada dará seu tchau final da porta dos fundos do
Alvorada, de onde já deveria ter saído há muito tempo. Contudo, por teimosia,
decidiu-se por continuar gastando o dinheiro dos brasileiros.
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