Um dia
depois de recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações
Unidas (ONU), em Genebra, na Suíça, contra o que chamou de “abuso de poder” do
juiz Sérgio Moro e dos procuradores da Operação Lava-Jato, o ex-presidente Lula
da Silva (PT-SP) tornou-se réu por tentativa de obstruir a Justiça. Junto com
ele também foram indiciados o amigo pecuarista José Carlos Bumlai, o ex-senador
eleito pelo PT do Mato Grosso do Sul Delcídio do Amaral, o banqueiro André
Esteves e mais três “cumpanheiros”.
A ação foi
deferida pelo juiz Ricardo Leite, da Justiça Federal de Brasília. Além da
tentativa de obstrução da Justiça há também claras evidências de formação de
quadrilha para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró,
um dos réus mais atolados no escândalo do PETROLÃO. Este é o primeiro
indiciamento do ex-presidente. Entretanto, outros processos envolvendo o seu
nome e de familiares de primeiro grau tramitam em Curitiba, sob a
responsabilidade do juiz Sérgio Moro.
A
roubalheira institucionalizada durante os treze anos de governo petista agora
tira o sono do ex-presidente. O recurso à ONU, impetrado por um dos mais
renomados e caros advogados do mundo, o australiano Geoffrey Robertson, alega
que o líder petista e seus familiares estão sendo perseguidos pela Justiça do
Brasil, inquisitorialmente. Alega, ainda, abuso de poder do juiz Sérgio Moro,
por autorizar a divulgação de escutas telefônica em conversa com a então
presidente Dilma Rousseff (PT-RS), como também cerceamento de defesa.
O recurso à
corte de Genebra tem como finalidade iminente intimidar a Justiça, uma vez que
o processo recentemente instaurado sequer transitou em julgado. Outro ponto é
que se condenado, ele ainda poderá recorrer a uma segunda instância, e depois
até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF). É evidente que o PT quer vitimizar
o ex-presidente! O modus operandi é o mesmo da versão de “golpe”, explorado
massivamente no processo em curso no Senado Federal, relativo ao impeachment da
presidente ora afastada.
Tanta desfaçatez
e cinismo chegam ao ponto do ridículo, tal como procedeu um grupo de 64
petistas e simpatizantes - entre professores, advogados, procuradores e outros
profissionais da justiça - em manifesto entregue ao presidente do STF, Ricardo
Lewandowski, com intento de defender o recurso ao Comitê de Direitos Humanos da
ONU impetrado pelo ex-presidente. Uma orquestração casada e puramente política,
com o propósito exclusivo de dividir o país e confundir a opinião pública.
Segundo o
manifesto o ex-presidente é vítima do ódio da imprensa golpista e da elite,
porque “ele é filho da miséria; porque ele é nordestino; porque ele não tem
curso superior; porque ele foi sindicalista; porque foi torneiro mecânico;
porque é fundador do PT; porque ele bebe cachaça; porque fez um governo
preferencialmente para as classes mais baixas e vulneráveis”. Claro, não
mencionaram o MENSALÃO, o PETROLÃO e nenhum outro escândalo da corrupção
institucionalizada nos governos petistas, que são fatos!
Também
suprimiram que as elites e as oligarquias, “como nunca antes na história deste
país”, ganharam tanto dinheiro como na era do PT. Fica patente, portanto, que
para o populismo a palavra “povo” é apenas um elemento conveniente do discurso,
tal como é proveitoso julgar-se perseguido sempre que flagrado em atos de
corrupção e malfeitos. Por isto, esta minoria abomina a JUSTIÇA maiúscula, hoje
muito bem simbolizada pelo juiz Sérgio Moro.
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