A morte da estudante de medicina brasileira Raynéia
Gabrielle Lima, na Nicarágua, não passou de mais um ato de
selvageria cometido pelas milícias da esquerda radical, criadas pelo ditador
nicaraguense Daniel Ortega para sustentação paramilitar de seu governo. Até
aqui já foram contabilizados mais de 300 assassinatos, que atingiram,
sobretudo, manifestantes contrários a Ortega. Mas a sede de sangue é tanta que
não poupam indefesos como Raynéia, que apenas voltava de mais um dia de plantão
no hospital em que trabalhava.
Tais atos de selvagerias são justificados pela esquerda desvairada
como resistência ao “imperialismo”. Não há aí, entretanto, qualquer gesto de
heroísmo, uma vez que nada justifica o assassinado a sangue frio de qualquer
cidadão em nome de qualquer ideologia, seja de esquerda ou direita. Na
realidade, isto tem o nome de intolerância política, por refutar o direito de
expressão, que é um dos princípios mais nobres da democracia. Outro ponto é que
ninguém tem o salvo conduto para agir indiscriminadamente, mesmo dizendo que
assim o faz em “defesa do povo”.
Fatos bem similares aconteceram recentemente na Venezuela, onde em
nome do “socialismo bolivariano” o ditador Nicolás Maduro esmagou a oposição
democrática. Muitos jovens foram mortos em manifestações, quer pelas forças
oficiais ou milícias. Hoje a Venezuela tem a imprensa amordaçada e a oposição perseguida.
São centenas os presos políticos. E o Estado encontra-se totalmente aparelhado
em seus três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, enquanto a sociedade
civil é vigiada permanentemente pelas forças pró-Maduro.
Mesmo assim, a esquerda brasileira – representada, principalmente,
pelo Partido dos Trabalhadores (PT), pelo Partido Socialista dos Trabalhadores
Unificados (PSTU), pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e pelo Partido
Socialista e Liberdade (PSol) - não se cansa de enaltecer aqueles regimes, como
se eles fossem “exemplos de luta”. Mas, que país pode ser exemplo de luta se
mantém um regime com excesso de intolerância e sem nenhuma democracia?
Vale lembrar que recentemente a Venezuela realizou mais uma
eleição cheia de casuísmos e fraudes, sem a participação da oposição
democrática e observação estrangeira, como é comum nas democracias. A questão
principal é que Nicolás Maduro e seu grupo não admitem alternativa que não seja
a de perpetuar no governo. Não por acaso, a Venezuela vivencia a pior crise
social e econômica da história, não obstante sua grande produção
petrolífera.
Em razão da falta de transparência em suas eleições, as principais
democracias ocidentais manifestaram os mais veementes repúdios ao ditador Nicolás
Maduro e ao seu sistema de governo, enquanto a esquerda radical brasileira
cobria-lhes de elogios. É inegável, portanto, que a Venezuela é uma ditadura de
esquerda movida por muitas mazelas e corrupção, que privilegia apenas a cúpula
do governo.
Por fim, não faltam lições de que por todos os lugares onde a
passa a esquerda desvairada vai deixando os seus vestígios. Há melhor exemplo do que o desastre deixado
por Dilma Rousseff (PT-MG)?
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