É inegável
que a corrupção sempre existiu em nossa vida política. Nos governos petistas,
entretanto, ela extrapolou todos os limites, tornando-se sistêmica. O retorno à
cadeia do todo poderoso José Dirceu, ex-presidente do PT e ministro da Casa Civil,
como mentor do esquema de corrupção na Petrobras, é a principal evidência. Só
que o dinheiro não se restringia ao PT e aos partidos aliados, conforme no
MENSALÃO. Mas, também, enriquecia ilicitamente os operadores, incluindo José
Dirceu.
Para aqueles
que têm acompanhado a vida política e econômica do Brasil nos últimos anos, sem
se deixar influenciar pela propaganda governista, toda essa crise já era
esperada, inclusive em seus aspectos morais e éticos. Não será novidade,
portanto, se o ex-presidente Lula da Silva tiver que prestar contas à Justiça.
Há rastros concretos de que a corrupção na Petrobras alimentou o Instituto
Lula; que as caras “palestras”, realizadas no Brasil e no exterior, foram pagas
com o dinheiro sujo, extraído das empreiteiras da Petrobras.
Há ainda de
serem explicadas as obras do tríplex de Lula da Silva na famosa Praia das
Astúrias, no Guarujá, e da suntuosa mansão no sítio secreto em Atibaia. Ambas
foram realizadas pela construtora OAS, de Léo Pinheiro, amigo íntimo do
ex-presidente, condenado na última quarta-feira a 16 anos e quatro meses de
reclusão, em sistema fechado, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e
organização criminosa na Lava Jato.
Também não
faltam razões para a investigação da origem da riqueza acumulada por Fábio Luiz
Lula da Silva, conhecido como Lulinha, e por Taiguara Rodrigues dos Santos,
respectivamente, filho e sobrinho do ex-presidente. A afirmativa de que Lulinha
é o “Ronaldinho dos empresários” não explica nada.
No poder, o
ex-presidente fez o que pode para destruir os adversários. Logo ao assumir
transferiu a seu antecessor toda a culpa pela “herança maldita” - crise econômica nascida de sua própria
eleição, que desestabilizou o mercado. Assim, jamais reconheceu os esforços do
governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) para entregá-lo um país melhor
arrumado. Nem o processo de transição democrática, do modo como nunca antes o
país havia assistido.
Além de
extinguir o programa “Comunidade Solidária”, que favorecia a ocupação dos mais
pobres, inclusive inserindo-os no mercado de trabalho, Lula da Silva se apropriou
das políticas de inclusão social e do aumento real do salário mínimo, bem como
de toda política de estabilização da moeda, iniciada no governo de Itamar
Franco, como se tudo isso iniciasse em seu governo. E para consolidar a cizânia
entre os brasileiros, com objetivo claro de perpetuar no poder, instigou o
“nós” contra “eles”.
Populista, o
ex-presidente não teve pudor para inaugurar uma mesma obra várias vezes, fosse
ela não iniciada ou inacabada. Nem para dizer que construíra mais universidades,
quando na verdade desmembrava as já existentes; para dizer que a saúde no
Brasil encontrava-se “perfeita”; que sob a sua gestão o Brasil transformara-se
em “um país desenvolvido”; que “o MENSALÃO não existiu”.
O
ex-presidente Lula da Silva também deixou-nos o legado do PETROLÃO e da
corrupção generalizada. Por fim, vendeu a todos nós brasileiros uma
“gerentona”, que não passava de uma “estagiária” incompetente, nos termos
precisamente empregados pelo jornal “O Estado de São Paulo”. Então, resta-nos
ver a Justiça finalmente alcançar a criatura. Motivos não faltam para isso!
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