Pelas últimas pesquisas de
intenção de voto, pode-se inferir que o candidato à presidência da República
pela extrema-direita, deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), é o que apresenta
maiores chances de chegar ao segundo turno das eleições. Entretanto, a disputa
da segunda vaga se dá de maneira muito acirrada entre os candidatos Ciro Gomes
(PDT-CE), Marina Silva (REDE-AC), Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Fernando Haddad
(PT-SP), este último finalmente liberado após decisão do presídio em Curitiba.
Sendo assim, a segunda vaga
deverá ser definida entre a esquerda e a centro-direita. Pela esquerda, Ciro
Gomes leva ligeira vantagem sobre Haddad em razão de ser o único candidato com
vínculo político na região nordeste, mas terá que lutar para neutralizar a capacidade
de transferência de votos do ex-presidente Lula da Silva para o candidato
petista. O ponto desfavorável é que Haddad conta com o apoio de diversos
caciques políticos da região, inclusive muitos dos que apoiaram o impeachment
da ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG).
Já na centro-direita o
candidato Geraldo Alckmin leva grande vantagem sobre Marina Silva, que parece desidratar
pelo ínfimo tempo de televisão, perdendo votos para os demais candidatos,
principalmente os oriundos das hastes petistas. Geraldo Alckmin, por sua vez,
tem o tempo de televisão a seu favor, além do benefício do voto útil, uma vez
que muitos eleitores na reta final de campanha buscarão neutralizar a
possibilidade de ascensão ao segundo turno de um candidato da esquerda,
principalmente se Haddad continuar crescendo.
Em razão do voto útil Gerado
Alckmin também poderá beneficiar-se da transferência de votos dos demais
candidatos de centro e de direita: João Amoêdo (Novo-SP), Álvaro Dias
(Podemos-PR), Henrique Meireles (MDB-GO), que ora se encontram no terceiro
escalão das pesquisas, com escassa viabilidade de ascensão aos primeiros
lugares. Sabe-se, entretanto, que em política nada é impossível. Mas, na
realidade, a probabilidade de crescimento desses candidatos é muito pequena.
O pior cenário para o Brasil
seria a ida de Fernando Haddad para o segundo turno, quando ele passa a ter
possibilidades reais de vitória sobre Jair Bolsonaro, em razão do empate técnico
entre ambos os candidatos na simulação das pesquisas. Seria uma nova eleição
nos moldes da de 1989, quando se confrontaram Lula da Silva e Fernando Collor
de Mello.
Não se deve esquecer de que
Haddad fez uma péssima administração quando governou o município de São Paulo.
Daí que quando tentou a reeleição foi derrotado no primeiro turno por João Dória
(PSDB-SP), tendo a proeza de obter menos votos que a soma dos votos nulos e em
branco. Nem da desastrosa e irresponsável passagem da ex-presidente Dilma
Rousseff (PT-MG) pelo governo central, uma vez que por muitos anos os
brasileiros ainda pagarão a conta do desequilíbrio fiscal e das atrapalhadas de
seu governo.
A hora, portanto, é de mudança
com racionalidade, para que o Brasil possa voltar de novo aos trilhos.
Prudência nunca fez mal a ninguém!
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