Segundo matérias publicadas na grande
imprensa, dirigentes petistas teriam repreendido o ex-ministro José Dirceu
(PT-SP), ex-presidente daquela agremiação partidária, o PT, pelas declarações
dadas ao jornal espanhol El País. Dirceu
foi muito claro ao dizer que “dentro do Brasil é uma questão de tempo para a
gente tomar o poder, que é diferente de ganhar eleição”. Também exaltou a
retirada do poder de investigação do Ministério Público (MP) e enlevou que o
Supremo Tribunal Federal (STF) seja transformado em uma “Corte Constitucional”,
sem grandes poderes.
Recordamos que José Dirceu só está solto por
decisão da Segunda Turma do STF, depois de liminar de iniciativa do ministro
José Dias Toffoli. Dirceu é ex-chefe de Toffoli, quando advogado-geral da União
durante o governo do ex-presidente Lula da Silva (PT-SP). Atualmente é
condenado em dois processos, em segunda instância, pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região: O primeiro, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
recebimento de vantagens, a 23 anos e três meses de prisão; O segundo, por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a 11 anos e três meses de prisão.
No entanto, não bastam apenas as repreensões
do PT, com o único intuito de minimizar o que disse Dirceu junto à opinião
pública. Aliás, todos sabem que as declarações do ex-ministro estão no DNA do
partido. Projetos como o do “controle social da mídia” e de convocação de uma
nova assembléia nacional constituinte vão de encontro ao que diz o ex-ministro,
pois objetivam calar a oposição democrática e criar instrumentos legais para a
perpetuação no poder, em moldes similares ao que está sendo feito na Venezuela
e na Nicarágua. Por isto, o apoio explícito petista àquelas ditaduras.
A atual presidente do PT, senadora Gleisi
Roffmann (PT-PR), durante o 23º Encontro do Foro de São Paulo - fórum que
reuniu partidos de esquerda da América Latina e do Caribe – proferiu em nome de
seu partido que “tem a expectativa de que a Assembleia Constituinte (da
Venezuela) possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da Revolução
Bolivariana”. Disse, ainda, expressar “forte apoio” e celebrar o que chamou de
“constante compromisso do governo” de Nicolas Maduro com a revolução de esquerda
naquele país vizinho.
Assim, o PT enaltece a ditadura de Nicolas Maduro, enquanto finge não conhecer nenhum de seus erros, seja no MENSALÃO, no
PETROLÃO ou em qualquer outro escândalo ocorrido em seus governos, que não
foram poucos. Nem a incompetência do Governo de Dilma Rousseff (PT-MG), que
legou ao País uma dívida pública trilionária e mais de 13 milhões de
desempregados, como conseqüência da maior crise da nossa história republicana.
O mínimo que o partido deveria fazer é
reconhecer, com humildade, seus erros e pedir desculpas ao povo brasileiro,
para reconquistar pelo menos um pouco da dignidade perdida.
A bem da verdade, o único que até agora teve
essa grandeza foi Antônio Palocci (PT-SP), ex-ministro da Fazenda (Jan.
2003/Mar. 2006), no governo de Lula da Silva, e ministro Chefe da Casa Civil
(Jan 2011/Jun. 2011), no governo de Dilma Rousseff, em sua delação premiada à
Polícia Federal (PF). Por isto, Palocci que era junto com José Dirceu um dos
maiores expoentes do partido, agora é simplesmente demonizado como se só
falasse mentiras. Daí que o PT tenha virado uma seita que idolatra no silêncio o
malfeito. Vergonhoso, mas nada...
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