Antes de
tornar-se público o fracasso da política econômica petista e a roubalheira
abrigada no seio do Planalto e das estatais, tal como tem demonstrado a
Operação Lava-Jato, o projeto político prioritário do PT era o de garantir a qualquer
custo a manutenção do poder. Instalada a crise econômica, moral e política, o
projeto tornou-se imediatista, ou seja: obstruir o mais que possível a Operação-Lava
Jato, para que tudo acabe mais uma vez em pizza, e evitar a qualquer preço o
impeachment da presidente.
O fatiamento
da Operação Lava-Jato pelo Supremo Tribunal Federal (STF) é parte desse
processo. Muito bem resumiu o jurista Hélio Bicudo, no programa “Roda Viva” da
TV Cultura, na última segunda-feira, ao dizer: “Não acredito na isenção do
Supremo Tribunal Federal... O que estão tentando fazer com o juiz Sérgio Moro é
um disparate jurídico e moral... É um absurdo tirar da mão de quem está fazendo
e dar para quem não vai fazer”. Em poucas palavras o jurista sintetizou o que
pensa a maioria dos brasileiros.
O mesmo
disparate ao qual se referiu Hélio Bicudo vem acontecendo com a “reforma”
ministerial em curso, que a bem da verdade de reforma não tem nada. A intenção
de mudar a estrutura da Controladoria-Geral da União (CGU), distribuindo suas
funções entre a Casa-Civil e o Ministério da Justiça, sob o argumento de
reduzir o número de ministério, na realidade tem por função inibir a apuração
de malfeitos, já que a CGU é o órgão responsável por combater a corrupção no
âmbito do Executivo.
A CGU foi
criada em abril de 2001, no governo de Fernando Henrique Cardoso, com a
intenção de proteger o patrimônio público, através do combate às fraudes e à
corrupção, com a denominação de Corregedoria-Geral da União (CGU). No início do
primeiro mandato de Lula da Silva (PT-SP) - a raposa populista – trocou-se o
nome de corregedoria para controladoria, mas o órgão permaneceu com as mesmas
funções. Não obstante a nomeação de ministros
afinados com o PT, o corpo técnico sempre foi um calo para a cúpula e o governo
petista.
É por essa
lógica que o governo Dilma Rousseff (PT-RS) também promove a dita “reforma”
ministerial, que tem por único objetivo evitar o impeachment. O que se observa
é o toma lá dá cá da velha política de loteamento do governo, para atenuar a
fome do fisiologismo, que impede qualquer mudança séria em benefício do Brasil,
em prol dos seus interesses. Na frente vão os insaciáveis PT e PMDB; no rastro
das migalhas, os outros partidos ditos aliados...
Até o
ex-presidente Lula da Silva - atolado até o pescoço, tamanha corrupção e
malfeitos em seu período de “governo” – não tem o mínimo constrangimento em
mostrar a cara, como se fosse o salvador de sua criatura, totalmente perdida e
sem rumo. Mas, analisando friamente, o que não faltam são os oportunistas para
roer o osso!
Enquanto
isso a dívida pública e o desemprego vão aumentando; a credibilidade e a
confiança no país caminham a passos largos para o fundo do poço, afugentando os
investidores; a inflação sem controle vai corroendo os salários dos
trabalhadores; o “Brasil afunda no crescimento negativo”, conforme dito pelo
Banco Mundial, em sua maior recessão, depois da República Velha. Joga-se no
lixo os mais nobres valores...
Assim, aos
poucos, o Brasil vai se apequenando, ao seguir uma trajetória que faz lembrar a
Argentina, sem luz no fim do túnel. O que falta é seguir a cartilha apontada
pela Fundação Perseu Abramo, do PT, esta semana: demite-se o ministro Joaquim
Levy e aplique-se, de novo, a política econômica que levou o Brasil para o
buraco. Ou seja, deixem o país a esmo na escuridão, tal como aconteceu com a
Venezuela.
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