Há cerca de
três anos o sociólogo e professor aposentado pela Universidade de São Paulo,
conhecido como Chico Oliveira, citou no programa “Roda Viva”, da TV Cultura,
que o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) “é muito mais esperto” do que se
supõe. Depois, quando indagado pela entrevistadora qual o sentido da palavra
“esperto”, conforme empregara, Chico Oliveira então explicou: “Lula não tem
caráter. Lula é um oportunista!”
O sociólogo
Chico Oliveira é um dos fundadores do PT, tal como o jurista Hélio Bicudo, que
recentemente no mesmo programa da TV Cultura disse impressionar-se muito com o
“enriquecimento ilícito” do ex-presidente. E, por suas próprias palavras: “Eu
conheci o Lula quando ele morava numa casa de 40 metros quadrados. Hoje é uma
das grandes fortunas do país, ele e seus filhos. O Lula se corrompeu e corrompe
a sociedade brasileira”.
Ambos
conviveram intimamente com o ex-presidente na vida partidária junto ao PT e na
militância política. São, portanto, duas autoridades sem suspeição para que
duvidemos do que dizem. Talvez, por também conhecer tão bem o ex-presidente, a
presidente Dilma Rousseff (PT-RS) tenha resistido tanto a ceder-lhe o comando
do governo, como agora. Hoje Lula da Silva tem amplos poderes para intervir na
vida política do país, inclusive de indicar ministros e articular a relação com
os ditos “aliados”, não excluindo o “baixo clero”.
É bom
lembrar que no início do primeiro mandato, em 2011, a presidente Dilma Rousseff
ensaiou uma “faxina” ética em seu ministério. Mas, depois, acabou por sucumbir
à vontade do criador, que se sentiu incomodado ao ver exposta a roubalheira
sistematizada em seu governo. Mesmo assim a presidente reteve o poder de manter
em seu entorno, pelo menos no Planalto, ministros da sua confiança, bem como de
direcionar ao seu jeito torto os rumos do país. Pelo menos uma coisa ficou
clara: a criatura e o criador sabiam de tudo!
O
ex-presidente, entretanto, continuou a julgar-se deliberadamente acima de tudo
e de todos. Com arrogância, sem qualquer apreço às instituições e ao sistema
Republicano e Democrático, mostrou-se sempre pronto a dar o bote, de olho em
2018. Por sua ótica, vale tudo pelo poder. Daí tantas contradições e a falta de
caráter e oportunismo, da maneira como bem disse o professor Chico Oliveira.
A tal
“agenda positiva” para o governo, que o ex-presidente Lula da Silva tanto diz
necessária, nada mais é que contrapor as mazelas de seu tempo de presidente e às críticas à
incompetência da criatura. O objetivo é claro: sobrepujar a Operação Lava-Jato
e encobrir o mar de lama e a crise que os governos petistas arrastaram o país –
uma herança que será verdadeiramente maldita! Mas, por contingência, o
populismo é tal qual a mentira, não dura para sempre!
Nesta semana
vários colunistas anunciaram que Lula da Silva ora se movimenta para tirar o
ministro da Fazenda Joaquim Levy, assim que terminar o ajuste da economia e os
aumentos de impostos. Com certeza Levy levará nas costas a culpa da crise.
Segundo reportagem da jornalista Vera Rosa, veiculada no jornal “O Estado de
São Paulo”, o ex-presidente já informou que o ministro Levy tem “prazo de
validade”.
Cabe, então,
indagar: quem são os golpistas? O que se viu na tentativa de calar o Tribunal
de Contas da União (TCU) para não julgar as chamadas pedaladas fiscais da
presidente Dilma Rousseff, relativas às contas de 2014, dá a resposta.
Felizmente, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o TCU,
que acatou por unanimidade o Relatório do ministro Augusto Nardes, não se
intimidaram.
Os fatos
demonstram, cruamente, que o que é bom para Lula da Silva é sempre bom para o
PT e as “ZELITES” que lhe dão apoio. Pode também ser muito bom para a
presidente Dilma Rousseff, que hoje preside o país tal qual a um verdadeiro
zumbi. Mas, imperativamente, o que é bom para o ex-presidente, assim como para
a esquerda atrasada e corrupta, que incondicionalmente o acompanha, nunca será
bom para o Brasil.
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