Na semana em que a presidente Dilma Rousseff (PT-RS) sanciona
a Lei estipulando o “Dia Nacional do Milho”, mais uma vez os valores das ações
da Petrobras despencaram, com prejuízos enormes aos acionistas, pelo
“PETROLÃO”. Segundo a Lei, o “Dia Nacional do Milho, destinado a estimular e
orientar a cultura do milho, será comemorado anualmente, em todo território
nacional, na data de 24 de maio”. Uma data “realmente importantíssima”, para a
agricultura e o agricultor brasileiros.
Sobre os problemas da roubalheira que tomou conta da
Petrobrás, o “PETROLÃO”, mais uma vez o silêncio, agora durante a reunião
ministerial. O destaque ficou por conta da orientação aos ministros, para que
enfrentem “o desconhecimento e a desinformação, sempre e permanentemente”, porque,
segundo a presidente, “nós não podemos permitir que a falta de informação se
crie e se alastre”. E ainda, em tom incisivo, determinou a cada um dos
ministros: “Reajam aos boatos! Levem a posição do governo à opinião pública”.
Pelo tom da presidente, bem como pelo que se percebe nas
entrelinhas das entrevistas concedidas pelos governistas, algo similar ao que
“o MENSALÃO NÃO EXISTIU” encontra-se a caminho, para não responsabilizar o
governo, as empresas e os partidos envolvidos: o PT, PMDB e PP. Por isto,
também a defesa das empresas, quando ela diz que “nós devemos punir as pessoas
e não destruir as empresas. As empresas, ela são essenciais para o Brasil”.
Prevalecendo essa linha, a responsabilidade recairia apenas
sobre os doleiros que intermediaram as falcatruas, funcionários e ex-diretores
das empresas envolvidas - inclusive da Petrobras -, e os bagrinhos pequenos,
que recolhiam e entregavam o dinheiro para os partidos e os tubarões da
política. Daí a reação e o grito dos advogados das empreiteiras, ao afirmar em
suas defesas que essas empresas eram extorquidas, não livrando os políticos.
Não é também por outro motivo a reação do Ministério Público
Federal. Em entrevista concedida ao jornal “O Globo” o procurador Deltam
Dellagno, que integra a força-tarefa que investiga o caso, desdiz a presidente.
Segundo ele “as empreiteiras são protagonistas de um grande e danoso esquema
criminoso de sangria de recursos públicos”. E completa dizendo: “se as empresas
se organizam em cartéis para fraudar licitações e aumentar ilegalmente suas
margens de lucro, não faz sentido alegar que foram vítimas de achaques por seus
cúmplices”.
Pelo que se vê não faltaram argumentos na tentativa de
desacreditar a investigação e as autoridades envolvidas. Para o ex-ministro
Gilberto Carvalho (PT-SP), o esquema de corrupção da Petrobrás para abastecer o
PT e os outros partidos tem por finalidade “prejudicar a candidatura de Luiz
Inácio Lula da Silva à presidência em 2018”. Assim, tudo não passaria de uma
trama entre a oposição e a imprensa independente.
O que os partidos e políticos envolvidos defendem é que o
dinheiro arrecadado das empreiteiras resulta de doações normais de campanha, e
que nenhum deles sabia que se tratava de dinheiro sujo.
Enfim, teremos ainda muitos fatos pela frente, entre eles a
nomeação de novos ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), que poderão
aceitar ou não as teses dos políticos, por ocasião do julgamento. Como esses
ministros serão indicados pela presidente Dilma Rousseff, depois aprovados pelo
Senado Federal, faz-se necessário, mais que nunca, que a sociedade organizada
esteja atenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário