sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Fazendo o diabo e o que disse que não faria

Em março de 2013, durante reunião com prefeitos em João Pessoa (PB), a presidente Dilma Rousseff (PT-RS) pronunciou em alto e bom som, que podemos fazer o diabo quando é hora de eleição. E assim foi feito durante a campanha, quando não faltaram argumentos para desqualificar os adversários, mesmo que não ancorados em fatos e verdades. Também não faltaram reiteradas promessas de que nada mudaria para piorar a vida dos brasileiros. Pelo contrário, o que mudasse só seria para melhorar.

Então, como o diabo encontrava-se solto, a presidente Dilma Rousseff, sob a direção do marqueteiro político João Santana, alimentado por milhões e milhões de dólares, pintou para os brasileiros um Brasil que não existia: Um Brasil sem crise, crescendo às mil maravilhas. Os problemas eram sempre atributos dos adversários, chamados de pessimistas e outras qualificações para desacreditá-los diante da platéia eleitora. O circo estava formado, com o diabo junto.

Agora, vencida as eleições e ainda no primeiro mês depois da posse, comprova-se que a situação do país está muitíssimo pior do que a presidente pintava. Não é por outra razão, que ela se viu obrigada a dispensar seu ex-ministro da Fazenda e amigo, Guido Mantega (PT-SP), e se socorrer no ex-diretor do Bradesco, Joaquim Levy, para conduzir o equilíbrio fiscal clamado pelo mercado, com intuito de melhorar e restabelecer a credibilidade em nossa economia.

Interessante, é que durante a campanha presidencial a candidata-presidente não se cansou em demonizar o economista Armínio Franga, candidato ao Ministério da Fazenda de seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB-MG). Entretanto, na hora do socorro se vê obrigada a nomear um ministro ainda mais ortodoxo, sem qualquer lastro ideológico e político com o seu partido. E ainda sendo criticado.

E o que fez o ministro Joaquim Levy para redirecionar os rumos da economia? Não é justamente o que a presidente-candidata disse que não faria? Aumentou os juros e os impostos, mudou os direitos e benefícios adquiridos pelos trabalhadores e cortou o orçamento da educação. A gastança e a insipiência de gestão no primeiro mandato da presidente Dilma resultaram nisso!

Agora todos os brasileiros são chamados para pagar a conta. Infelizmente, até aqui não vimos nenhuma medida de contenção de gastos, que não fosse o corte no orçamento. O número de ministérios continua o mesmo (trinta e nove), nenhum cargo de comissão foi extinto e o loteamento do governo é feito no mesmo molde do mandato anterior.

O mesmo acontece com relação à roubalheira instituída pelo governo petista na Petrobrás. Em um momento em que o preço do petróleo diminui para menos da metade no mercado internacional, nós brasileiros temos o preço do combustível aumentado para pagar os rombos. Com relação à energia elétrica, foram 20% de desconto antes das eleições, com direito a pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. Agora serão 40% de aumento, para todos os consumidores. Uma enganação!

Com o aumento dos impostos - que oneram as famílias e as empresas -, da gasolina e da energia elétrica, fatalmente a inflação ficará ainda mais distante do centro da meta (4,5%). A Organização Internacional do Trabalho (OIT) já prevê que até o ano de 2017 estaremos fadados a conviver com o desemprego. A mesma OIT há anos atrás anunciara que o crescimento do Brasil, baseado na expansão do crédito, não seria sustentável. Só o governo petista não viu...


Com todos esses fatos, e os seus “consertos” com amargos remédios, somos ainda obrigados a ouvir que não houve apagão; que está tudo na mais perfeita ordem. Valha-nos DEUS, para que todos nós não sejamos ainda chamados de idiotas.

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