Em março de 2013, durante reunião com prefeitos em João
Pessoa (PB), a presidente Dilma Rousseff (PT-RS) pronunciou em alto e bom som,
que podemos fazer o diabo quando é hora de eleição. E assim foi feito durante a
campanha, quando não faltaram argumentos para desqualificar os adversários,
mesmo que não ancorados em fatos e verdades. Também não faltaram reiteradas
promessas de que nada mudaria para piorar a vida dos brasileiros. Pelo
contrário, o que mudasse só seria para melhorar.
Então, como o diabo encontrava-se solto, a presidente Dilma
Rousseff, sob a direção do marqueteiro político João Santana, alimentado por
milhões e milhões de dólares, pintou para os brasileiros um Brasil que não
existia: Um Brasil sem crise, crescendo às mil maravilhas. Os problemas eram
sempre atributos dos adversários, chamados de pessimistas e outras
qualificações para desacreditá-los diante da platéia eleitora. O circo estava
formado, com o diabo junto.
Agora, vencida as eleições e ainda no primeiro mês depois da
posse, comprova-se que a situação do país está muitíssimo pior do que a
presidente pintava. Não é por outra razão, que ela se viu obrigada a dispensar
seu ex-ministro da Fazenda e amigo, Guido Mantega (PT-SP), e se socorrer no
ex-diretor do Bradesco, Joaquim Levy, para conduzir o equilíbrio fiscal clamado
pelo mercado, com intuito de melhorar e restabelecer a credibilidade em nossa
economia.
Interessante, é que durante a campanha presidencial a
candidata-presidente não se cansou em demonizar o economista Armínio Franga, candidato
ao Ministério da Fazenda de seu principal adversário, Aécio Neves (PSDB-MG).
Entretanto, na hora do socorro se vê obrigada a nomear um ministro ainda mais
ortodoxo, sem qualquer lastro ideológico e político com o seu partido. E ainda
sendo criticado.
E o que fez o ministro Joaquim Levy para redirecionar os
rumos da economia? Não é justamente o que a presidente-candidata disse que não
faria? Aumentou os juros e os impostos, mudou os direitos e benefícios
adquiridos pelos trabalhadores e cortou o orçamento da educação. A gastança e a
insipiência de gestão no primeiro mandato da presidente Dilma resultaram nisso!
Agora todos os brasileiros são chamados para pagar a conta.
Infelizmente, até aqui não vimos nenhuma medida de contenção de gastos, que não
fosse o corte no orçamento. O número de ministérios continua o mesmo (trinta e
nove), nenhum cargo de comissão foi extinto e o loteamento do governo é feito
no mesmo molde do mandato anterior.
O mesmo acontece com relação à roubalheira instituída pelo
governo petista na Petrobrás. Em um momento em que o preço do petróleo diminui
para menos da metade no mercado internacional, nós brasileiros temos o preço do
combustível aumentado para pagar os rombos. Com relação à energia elétrica,
foram 20% de desconto antes das eleições, com direito a pronunciamento em
cadeia nacional de rádio e televisão. Agora serão 40% de aumento, para todos os
consumidores. Uma enganação!
Com o aumento dos impostos - que oneram as famílias e as
empresas -, da gasolina e da energia elétrica, fatalmente a inflação ficará
ainda mais distante do centro da meta (4,5%). A Organização Internacional do
Trabalho (OIT) já prevê que até o ano de 2017 estaremos fadados a conviver com
o desemprego. A mesma OIT há anos atrás anunciara que o crescimento do Brasil,
baseado na expansão do crédito, não seria sustentável. Só o governo petista não
viu...
Com todos esses fatos, e os seus “consertos” com amargos
remédios, somos ainda obrigados a ouvir que não houve apagão; que está tudo na
mais perfeita ordem. Valha-nos DEUS, para que todos nós não sejamos ainda
chamados de idiotas.
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