No primeiro turno começou com a desconstrução da candidatura
de Eduardo Campos (PSB-PE). Com a sua morte, no início da campanha, foi a vez
de Marina Silva (PSB-AC). Depois, já no
segundo turno, restou para Aécio Neves, que não se intimidou, contestar cada
uma das mentiras e dissimulações apresentadas. Mesmo assim, surtiu o efeito
desejado pelo marqueteiro do PT, João Santana, de desgastar a candidatura
tucana. Agora, no final da campanha, a candidata-presidente é apresentada como
a “boazinha”, depois de passá-la por vítima.
Foi assim que a campanha política destas eleições
transformou-se na de maior baixaria. Mas nenhuma novidade para quem acompanha o
dia a dia da nossa política. Este filme apenas se repete agora! Mas, na
realidade, a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT), aliada ao marqueteiro
João Santana, há tempo não tem demonstrado limites quando a questão é esconder
as sujeiras que tomou conta do Brasil nos últimos anos.
A impressão que fica às pessoas de bem e aos cidadãos
informados é a de que para eles o que vale é só a manutenção do poder, custe o
que custar. Não importa os meios utilizados, nem que seja colocar os ricos
contra os pobres, ou forjar uma luta de classes.
Como seria impossível citar todos os casos sórdidos dessa
campanha, ficamos no exemplo de um fato ocorrido no debate do último domingo,
na TV Record. Lá, a presidente-candidata Dilma Rousseff, com ironia e cinismo,
criticou o ex-governador de Minas Gerais (MG), afirmando que “é duro engolir
que vacina para cavalo seja contabilizada como gasto em saúde”. Mencionou
também o parecer do ex-conselheiro do Tribunal de Contas de MG, Dr. Sylo Costa,
para desacreditar o governo de Aécio Neves perante a opinião pública.
Na última quarta-feira, porém, o Dr. Sylo Costa esclareceu a
questão, em sua coluna no jornal mineiro “O Tempo”. Disse que a “vacina de
cavalo” referida por Dilma Rousseff se tratava de inoculação de veneno de
animais peçonhentos, para produção de soro usado em seres humanos, fabricado
pela Fundação Ezequiel Dias em parceria com o Ministério da Saúde.
Mencionou também, ao contrário do que disse a presidente
candidata, que aprovou as contas do governo de MG, sem restrição. Por fim,
afirmou que “foi esse pequeno erro material que dona Dilma citou como se fosse
assunto tão grave como os assaltos do seu governo na Petrobras e em quase tudo
que o governo federal mete o nariz... O Brasil vai ter que trabalhar uns 20
anos para pagar a conta desses governos do PT”.
Mais grave foi a acusação ao ex-presidente do PSDB Sérgio
Guerra (morto com câncer no último mês de março), de que teria recebido
dinheiro do “propinoduto” da Petrobras. Além de denegrir a imagem do morto, sem
direito de defesa, o caso foi desmentido pelo advogado de um dos réus.
Lembremos que o acusador, o doleiro Leonardo Meirelles, responde a inquérito
por desvio de recursos do Ministério da Saúde, no caso Laborgen, que envolve
ainda o ex-ministro Alexandre Padilha (PT-SP) e o ex-deputado petista André
Vargas (PR).
Por fim, o governo petista impede a divulgação de dados
desfavoráveis, tais como os relativos ao aumento do desmatamento da Amazônia, o
estudo do IPEA sobre a situação da pobreza e da miséria no país, o desempenho
dos alunos em português e matemática e também sobre a diminuição da arrecadação
tributária. O negócio é vender a eficiência do governo e o êxito inexistente da
gestão de nossa economia. Não será tudo isso um estelionato eleitoral? Que o
eleitor dê a resposta nas urnas...
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