“Como nunca antes na história deste país” um
partido político, o PT, usou tanto da mídia para conseguir o apoio dos
eleitores como nesta eleição. O resultado do último pleito havia sido uma derrota
terrível, pela diminuição de votos nas grandes cidades e capitais. O PT pagou o
preço da corrupção na Petrobras e de muitos outros escândalos, que mostraram ao
Brasil a verdadeira face do partido e de seus principais caciques, incluindo o
ex-presidente Lula da Silva, atualmente preso em Curitiba. Contribuiu também, o
desastroso governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG).
Mas eis que o PT parece ressurgir das cinzas.
De supetão o candidato a presidente, Fernando Haddad (PT-SP), se consolida na
segunda posição, com largas possibilidades de chegar ao segundo turno e chance
fática de vencer. Soma-se a isso a possibilidade do PT formar uma grande bancada
e eleger vários senadores. Para o Senado Federal, Dilma Rousseff lidera com
folga em Minas Gerais; Eduardo Suplicy (PT-SP), em São Paulo; Jaques Wagner
(PT-BA), na Bahia. No Rio de Janeiro o senador Linderberg Farias lidera uma
eleição apertada. Mas o PT tem ainda muitas chances em outros estados.
Mas o que será que está acontecendo?
Primeiro, deve-se considerar que o PT tem seus eleitores cativos: De um lado os
ditos intelectuais, artistas, militantes, etc... De outro os eleitores do Bolsa
Família, uma verdadeira máquina de votos sem questionamentos. Entretanto,
diferente dos partidos de centro e de direita, o PT sabe gritar e penetrar na
mídia como nenhum outro partido. Daí que nos piores momentos sempre está pronto
para criar a própria versão para encobrir o fato, muitas vezes usando das mais
notórias mentiras (fake news). E conta ainda com a cumplicidade de importantes
setores da imprensa.
Por ocasião do impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff, por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o brado
forte do PT foi de que o parlamento dera um GOLPE. Logo depois, aos berros, com
ampla divulgação na imprensa, o PT começou a demonizar a todos como
“GOLPISTAS”. Não tardou, então, para que o presidente Michel Temer (MDB-SP),
até então aliado, fosse transformado em inimigo. Veio, assim, o FORA TEMER! Mas
não se pode esconder que o atual presidente por duas vezes compôs a chapa
majoritária do PT como candidato a vice-presidente da então candidata Dilma
Rousseff.
Recentemente, vimos o PT tripudiar de todas
as formas da Justiça, em razão de pretender inocentar aos gritos o
ex-presidente Lula da Silva. E assim, mesmo sabendo que o ex-presidente não
poderia ser candidato, por ficha suja, seu nome foi lançado para esbravejar na
mídia, como se ele fosse inocente depois de julgado e condenado em duas
instâncias, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. É que no âmago da
seita petista o “nós” está sempre acima das Leis, enquanto aos outros (o
“eles”) devem ser tratados a ferro e fogo, sem qualquer compostura. Triste
visão de democracia...
Esses são apenas alguns poucos exemplos das
infinitas incoerências que têm norteado aquele partido, o PT.
Lamentavelmente é que a oposição, em sua
tibieza por suas próprias mazelas, - da forma como bem se viu na Operação Lava
Jato - foi deixando que o PT ganhasse espaços no grito, independente dos
prejuízos causados ao Brasil. Também, as oligarquias do nordeste que se uniram aos
governos petistas em troca de cargos para saquear os cofres públicos. Hoje essas
mesmas oligarquias apóiam o candidato petista Fernando Haddad e a sua candidata
a vice-presidente da República, a comunista Manuela D’Avila (PCdoB-RS). Será
que o Brasil merece isso?