Em contagem
regressiva para desembarcar do poder, o PT e seus fiéis aliados dão obstinadas
demonstrações de que não têm qualquer apreço aos princípios democráticos e às
leis que ora conduzem o impeachment da “presidenta” Dilma Rousseff (PT-RS). Até
parece que todos os problemas do Brasil são políticos e que não existe uma
gravíssima crise econômica e também de valores, legada ao país a partir do
segundo mandato do ex-presidente Lula da Silva (PT-SP). Portanto, de
responsabilidade exclusiva dos governos petistas.
Por isto,
questões importantes como o desemprego, o endividamento crescente, o
encolhimento da economia, a deterioração dos serviços públicos e os problemas
de infraestrutura do país são tratadas como se não existissem. O que ganha
vulto é atrapalhar o mais que possível o futuro governo de Michel Temer
(PMDB-SP), em uma missiva destrutiva do quanto pior melhor, pela não
conformação de ver desmontado o projeto de poder socialista, aos moldes do
bolivarianismo que levou a Venezuela à ruína.
Daí o início
da realização de protestos de todos os tipos, com invasões de propriedades
produtivas e cerceamento do direito de ir e vir nas cidades e no interior do
Brasil. Esse é “o momento de embate democrático”, da forma pronunciada pelo
ex-presidente Lula da Silva, durante a abertura do seminário “Aliança
Progressista”, que reuniu vários partidos de esquerda de outros países, como se
baderna fosse democracia.
Aliás, o
ex-presidente não se cansa de falar de acordo com as circunstâncias, de modo a
pavimentar um caminho mais curto para as eleições de 2018. Nesse enredo, agora
é o Legislativo que compõe a “quadrilha que fez a agenda do caos no Brasil”.
Mas, até pouco tempo, a maioria dos políticos que foram favoráveis ao
impeachment eram parte da base aliada petista, inclusive o deputado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, para vergonha dos
brasileiros.
Enquanto o
dinheiro corria solto para comprar o apoio político, sustentado pela maior
roubalheira de todos os tempos, tudo parecia fluir normalmente, como se
estivéssemos no melhor dos mundos de um país maravilha. Como faltou dinheiro
depois tanta gastança e da roubalheira, cada qual passou a mostrar a verdadeira
face. Claro que também não contavam com a Operação Lava - Jato!
Nada mais
lastimável, todavia, que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da
Silva anunciarem ao mundo o transcurso de um “golpe”, o que só contribui para
manchar ainda mais a imagem do Brasil lá fora. Na realidade o impeachment da
“presidenta” vem cumprindo com todos os preceitos legais e democráticos, além
de contribuir para consolidar a nossa democracia, que não é a mesma
“democracia” da minoria petista. No grito!
No passado o
PT se postou contra a eleição do estadista Tancredo Neves; contra o Plano Real
que estabilizou a nossa economia; contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, que
em seu governo foi rasgada para alimentar a atual crise. Se na oposição sempre
faltou ao PT espírito público, no governo sobrou-lhe incompetência e
irresponsabilidade com a nação.
Está claro, portanto,
que o PT não pensa no Brasil, senão no poder e nas eleições de 2018. Contudo,
de nada adiantará a gritaria petista, pois está a cada dia mais exposto todo
seu fracasso, não obstante aos pacotes de bondade que venham a ser
anunciados.
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