A última grande crise econômica vivida anteriormente pelo Brasil aconteceu em 2002, quando as pesquisas eleitorais apontaram a vitória de Lula da Silva (PT-SP) nas eleições. A possibilidade de ascensão do PT ao poder deixou o mercado desatinado, pelo medo de mudanças mais radicais, como a quebra de contratos e o calote no pagamento das dívidas. Os efeitos foram prontamente sentidos, com a desvalorização do real e a elevação das taxas de juros e do dólar a patamares estratosféricos, pela fuga de capitais.
Aquela crise
custou ao Brasil muitos bilhões de dólares, que podem ser mensurados através de
dados da própria Fundação Perceu Abramo, que é uma organização PT. Segundo a
Perceu Abramo, a dívida bruta do Brasil saltou de 53,1% do Produto Interno
Bruto (PIB) ao final do exercício de 2001, para 59,9% ao final de 2002 - um aumento
perto de 7% do PIB. A crise só foi estancada após o então candidato Lula da
Silva firmar a famosa “carta aos brasileiros”, quando prometeu o “respeito aos
contratos e obrigações do País”.
Em 2003, após
assumir o poder, Lula da Silva não tardou em lastimar-se por receber o que
denominou de “herança maldita”. Esta fala oportunista enganou muita gente! O
ex-presidente, no entanto, não sentiu nenhum constrangimento em nomear uma equipe
econômica egressa do ninho tucano, exceto o ministro da Fazenda, o médico
Antonio Palocci (PT-SP). Não tardou para que a inflação fosse controlada e a
economia voltasse a crescer como em céu de brigadeiro, beneficiada pelo
crescimento do mundo.
A crise
atual, entretanto, é muito mais abrangente e não tem precedente nas últimas
décadas, pelo menos desde a Revolução de 1930. Para agravá-la é ainda
alimentada por gravíssimos problemas de ordem moral e política. Neste aspecto,
ela começa com o aparelhamento do Estado e o assalto aos cofres públicos para
financiar o projeto de poder do PT, ainda durante o primeiro mandato de Lula da
Silva, do modo como demonstrou o escândalo do MENSALÃO.
A corrupção,
todavia, não se restringiu ao MENSALÃO. Também não se esgotou no PETROLÃO, pois
bem antes ela tornou-se sistêmica, como regra para assaltar o Estado,
promovendo uma relação promíscua entre os entes públicos e privados, em
benefícios do PT e partidos aliados, como de seus operadores.
Muitos bilhões
de recursos foram jogados nos ralos. Em aditivos e mais aditivos para obras
inacabadas, que a cada dia ficam mais caras; em empréstimos do BNDES a países e
empresas alinhadas, com juros subsidiados pelo povo brasileiro; na política
externa desastrada, movida por ideologia, que inclusive permitiu a expropriação
da Petrobras na Bolívia; na distribuição de recursos públicos a instituições
privadas e ONGs; no aumento do custeio da máquina pública e criação de milhares
de cargos efetivos e comissionados, etc.
O Estado
caro e aparelhado por um governo corrupto, incompetente e gastador não poderia
terminar de outro jeito.
Por todos
esses motivos as grandes empresas de consultoria já projetam para o final deste
ano uma dívida bruta de 70% do PIB, a maior entre todos os países emergentes. (Observa-se
que atualmente ninguém fala mais em dívida líquida, haja vista a perda de
credibilidade pelas pedaladas fiscais). Este montante custará ao Brasil mais de
R$ 450 bilhões por ano somente com o pagamento de juros, o que é perto do
triplo dos orçamentos anuais da educação e da saúde juntos.
A crise é
gravíssima e exige medidas imediatas, que não fiquem restritas a aumentos de
impostos, pois enquanto a presidente Dilma Rousseff não for destituída, em
favor de uma nova ordem política e econômica, o Brasil estará sangrando.
Bilhões de recursos continuarão sendo jogados no lixo, pela incompetência e
falta de credibilidade do governo petista, comprometendo gerações futuras. A
saída é um governo de união nacional, que exclua a incompetência de agora. E
não faltam razões para o impeachment.