O tamanho da incompetência e da
corrupção que tomou conta do Brasil após a instalação dos governos petistas no
Palácio do Planalto pode ser bem sintetizado pelo que vem acontecendo na
Petrobras. A Companhia que chegou a figurar entre as dez maiores do mundo - o
orgulho dos brasileiros - agora ocupa a 416ª posição, segundo o ranking anual
da revista Forbes das 2.000 maiores empresas do mundo, divulgado nesta semana.
No ano de 2012 a Petrobras ocupava a
10ª posição. Em 2013 e 2014 passou, respectivamente, para a 20ª e 30ª, no mesmo
ranking da Forbes. O conjunto da obra começou a ser moldado em 2003, com a
ascensão do geólogo José Eduardo Dultra à presidência da Companhia - Um petista
histórico com passagem pelo Sindicato dos Mineradores do Estado do Sergipe e
pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Sob o comando de Dultra, a Petrobras
começou a ser aparelhada, da forma como agora se vê pelas delações premiadas da
Operação Lava-Jato.
Entretanto, foi pelas mãos de outro
petista histórico, José Sérgio Gabrielli, que a Petrobras sofreu o maior golpe de
sua história, desde a fundação pelo presidente Getúlio Vargas, em outubro de
1953. Gabrielli assumiu a presidência da Companhia em julho de 2005, durante o
primeiro mandato de Lula da Silva, permanecendo até fevereiro de 2012, no
governo de Dilma Rousseff.
Neste período, a Petrobras foi
transformada em um apêndice do projeto de perpetuação do lulopetismo no poder.
E com o pré-sal ressuscitou-se a velha política do monopólio estatal, com todo
estardalhaço possível para o apelo da mídia. Daí a exigência de que o mínimo de
30% dos investimentos na exploração do pré-sal fosse de competência da estatal;
um plano de negócios megalomaníaco com projetos bilionários de ampliação e
construção de novas refinarias; a imposição da nacionalização de um conteúdo
mínimo para a exploração do petróleo e do gás, entre outras medidas de cunho populista
e estatizante.
Nesta época, o ex-presidente Lula de
Silva e a então candidata Dilma Rousseff se mostravam ao mundo com as mãos
lavadas no petróleo, em meio à comitiva presidencial e convidados. Por que se
preocupar com o endividamento da Companhia, se ela podia continuar enchendo os
cofres do PT e partidos aliados, bem como os bolsos dos políticos, executivos e
empreiteiros corruptos? Essa não era a pérola da coroa para mostrar aos
desinformados o espetáculo de governo?
Com a vitória de Dilma Rousseff nas
eleições presidenciais de 2010 veio a pá de cal que faltava: o congelamento
nos preços dos derivados de petróleo, que marcaria a gestão da
ex-presidente Maria das Graças Foster, encerrada em fevereiro deste ano com prejuízos bilionários.
Assim, em um período relativamente
curto, o governo petista conseguiu tornar a Petrobras a empresa mais endividada
do planeta, com uma dívida bruta de R$ 351,0 bilhões, conforme balanço
recentemente apresentado. Comparando-se
este montante com ao da dívida acumulada em 2013, ele é maior em 31%. Por este motivo, o valor de mercado da
estatal despencou de US$ 86,8, no ano de 2013, para US$ 44,4 ao final de 2014. Um
prejuízo enorme para o país e os demais acionistas, que acreditaram na
Companhia.
O quadro atual da Petrobras é tão
grave, que segundo o atual presidente da estatal, Ademir Bendine, hoje as
alternativas estão reduzidas ao encolhimento do plano de negócio e a venda de
ativos, o que limita a realização de novos investimentos.
De modo similar, mas em maior escala,
o mesmo vem acontecendo como o Brasil. Por isto, a necessidade de medidas
impopulares que levam ao aumento dos juros e do desemprego. Mesmo assim, o
ex-presidente Lula da Silva e presidente Dilma Rousseff, e seus asseclas, não
aprenderam a abaixar a crista, sem prepotência.
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