Por mais que
o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) se esforce para se descolar do desastroso
governo da presidente Dilma Rousseff (PT-RS), tendo em vista a eleição
presidencial de 2018, a tarefa não será fácil. A imagem de ambos se encontra
hoje profundamente desgastada, como resultado de uma sucessão de erros que foi
se somando, desde que PT se instalou no Palácio do Planalto. Não bastasse o
projeto de manutenção da hegemonia, como forma de perpetuação no poder.
A realidade
é que o desastre começou a ser pavimentado no governo de Lula da Silva, que com
absoluta soberba não soube aproveitar o crescimento do mundo, quando o preço das
nossas commodities atingiu o ápice, impulsionado pelo mercado da China. Nesse
período, em vez de fortalecer a poupança interna e promover o investimento
produtivo, tal como mandam as cartilhas elementares de economia, o governo
petista priorizou o inchaço da máquina pública e o consumo interno, realizando a
política mais populista que se tem notícia desde a instalação da República.
Para piorar
a situação, o populismo alicerçado na grandeza do Estado deu brechas para que
verdadeiras quadrilhas fossem instaladas no seio do governo e das empresas
públicas. Ao mesmo tempo, cerceou-se a iniciativa privada de aplicar recursos
na melhoria da infraestrura do país, demonizando-se o capital. Concomitantemente,
erramos ainda ao transferir vultosas somas de recursos públicos subsidiadas pelos
brasileiros para investimentos em outros países, com intuito exclusivo de
alimentar uma política externa ideológica atrasada, não mais concebível no
século XXI.
O resultado
foi que acabamos gastando muito mais do que podíamos gastar e agora o governo
mostra-nos as contas, convidando-nos, impositivamente, aos pagamentos.
Muito bem expôs
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em pronunciamento realizado em
programa nacional veiculado esta semana pelo seu partido, o PSDB, ao dizer: “Dessa
vez o desarranjo foi longe demais. A crise atinge o bolso das pessoas. Não só a
Petrobras foi roubada. O país foi iludido com o sonho de grandeza, enquanto a
roubalheira corria solta. O que já se sabe sobre o “Petrolão” é grave o
suficiente para que a sociedade condene todos aqueles que promoveram tamanho
escândalo”.
Realmente o
“desarranjo” se deu de forma generalizada. Não podemos resumi-lo apenas à desorganização
política e econômica ou à corrupção sistêmica instalada. Tão grave quanto isto
é o arcabouço criado pelo marketing político para esconder a real situação do
país, o que também acontece desde que Lula da Silva assumiu a presidência da
República, em 2003.
No entanto, repetindo
o adágio popular, “ninguém engana para sempre”. A realidade é que o Brasil
quebrou. A causa é única: a
incompetência das gestões petistas, tanto do ex-presidente Lula da Silva, como
da atual presidente, Dilma Rousseff. Daí a razão para que atualmente nem mesmo
os membros de partido do governo se entendam, conforme exposto nas últimas
votações da Câmara de Deputados e do Senado Federal.
Sobra,
então, no meio da crise, uma presidente fraca, desgastada por problemas
econômicos e políticos profundos, além, é claro, por mil contos do vigário. É
que no fundo o DNA do criador é o mesmo da criatura. E este é o resultado da
escolha democrática. Certamente um erro, mas um preço que ora pagamos pela
democracia.
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