quinta-feira, 2 de abril de 2015

PT - A caminho da decadência

A pesquisa de avaliação divulgada na quarta-feira última pelo CNI/IBOPE veio confirmar a abrupta queda na aprovação do governo petista, da mesma forma como já havia detectado há alguns dias o Instituto Datafolha. Hoje, 64% da população, segundo o IBOPE, consideram o governo como ruim ou péssimo, enquanto somente 12% o aprovam, conceituando-o como ótimo ou bom. Este último percentual, coincidentemente, é bem próximo ao estimado do eleitorado cativo do PT.
Quando a pesquisa é relativa à avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT-RGS), considerando o seu modo de governar, somente 19% dos brasileiros aprovam, contra 55% em pesquisa anterior, realizada no último mês de dezembro. Uma expressiva queda também é detectada no percentual de confiança na presidente: Em dezembro 51% diziam confiar, enquanto agora somente 24%; os que não confiam aumentou de 24% para 74%.
Pode-se inferir através dos dados dessa pesquisa, que milhares de eleitores que elegeram a presidente Dilma Rousseff, inclusive nas regiões Norte e Nordeste, hoje já não aprovam o governo, como também a presidente Dilma Rousseff. “Como nunca antes na história deste país” vimos um resultado tão ruim para um governo em início de mandato.
Segundo a mesma pesquisa do IBOPE, fatores econômicos, tais como os aumentos nas taxas de juros e dos impostos, aparecem como as principais causas para essa reprovação, com 89% e 90%, respectivamente. Outros fatores apontados são o combate à inflação, com reprovação de 84%; os serviços de saúde, com 85%. Já quando se trata de aprovação, o maior percentual é o de combate à fome e à pobreza, que tem 33% de avaliação favorável.
Consecutivamente, as últimas pesquisas demonstram, de forma clara e inequívoca, as razões da queda na popularidade do governo e da presidente Dilma Rousseff. Entretanto, na contramão, a cúpula petista insiste em não observar essa realidade, preferindo tergiversar em suas ilações fantasiosas, sem consistência e embasamento nos fatos. Tais estratégias têm contribuído para enfraquecer ainda mais o partido, abrindo o caminho da autofagia e sem volta da decadência política.
Hoje, ninguém em sã consciência acredita nas argumentações maquiadas e difundidas para apagar as mazelas do partido. Por outro lado, a arrogância impede a manifestação de qualquer gesto de grandeza, ou mesmo um simples ato de pedir desculpas. Deste modo, o discurso da cúpula petista serve apenas para alimentar os quadros do partido, os fanáticos e alguns simpatizantes ainda devidamente desinformados.
O manifesto divulgado pelo PT, após o encontro de dirigentes estaduais em São Paulo esta semana, nos dá a dimensão da lacuna entre o discurso e a realidade. Falam que “querem fazer do PT bode expiatório da corrupção nacional”, mas silenciam sobre o escândalo da Petrobras. Falam que o partido é favorável à investigação das “falcatruas”, mas ao mesmo tempo se dizem inocentes, mesmo com tantas evidências.
Também não há qualquer constrangimento em defender suspeitos de corrupção, tal como tem feito com João Vaccari Neto (PT-SP), tesoureiro do partido, e outros suspeitos do MENSALÃO. Agem tal como o MENSALÃO e agora o PETROLÃO não tivessem existido.

Nesse mesmo encontro, o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) voltou a pedir aos “cumpanheiros” do PT que “levantassem a cabeça”, em defesa do partido e do governo da presidente Dilma Rousseff. No entanto, em vez de procurar culpados na “imprensa golpista”, por denunciar os malfeitos, ou nas “zelites”, repletas de partidários endinheirados com recursos públicos, o ex-presidente deveria mandar-lhes baixar a cabeça, pedindo-nos desculpas. Aí sim teríamos um gesto de estadista; um gesto de grandeza.

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