O presidente Michel Temer (PMDB-SP) nunca foi
um campeão de votos, pela própria dificuldade que sempre teve em penetrar nas
classes mais populares. Sua indicação a vice-presidente da República compondo
chapa com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-RS), por duas vezes, nas eleições
de 2010 e 2014, deveu-se exclusivamente à liderança conquistada sobre PMDB na
Câmara dos Deputados, mesmo sem ser um líder carismático.
Ao contrário do discurso do “golpe” apregoado
pelo PT e pelos demais partidos alinhados com o projeto de poder lulopetista, o
presidente Temer foi conduzido à presidência da República pelas vias legais. A
Constituição brasileira é determinativa, quando atribui ao vice-presidente a
tarefa de substituir o presidente nos casos de seu impedimento legal. E a
ex-presidente Dilma Rousseff (PT-RS) foi deposta por descumprir a Lei de
Responsabilidade Fiscal – LRF.
A desobediência da LRF pela ex-presidente
petista levou o Brasil à pior crise econômica da história. É na tempestade
dessa crise, com pesada recessão e altos perdas para os trabalhadores, além da
enxurrada de escândalos de corrupção e uma forte crise política, que o
presidente Temer assumiu na integralidade a presidência. Era de se esperar,
portanto, os baixos indicadores de popularidade e de reprovação do governo,
como têm apontado as últimas pesquisas.
A oposição, no vácuo dessa impopularidade,
usa do contumaz oportunismo para transferir a culpa de todos os malfeitos e
mazelas dos governos passados ao atual presidente, como se ele fosse o gestor
da crise que levou o Brasil ao atual atoleiro. No entanto, a gestão da crise
tem nome e sobrenome: Lula da Silva (PT-SP) e Dilma Rousseff, embora não se
possa isentar Michel Temer e nenhum dos demais aliados que deram sustentação no
passado recente aos governos petistas.
Todavia, nada disso apaga o mérito do governo
Temer em mudar os rumos da economia, revertendo a tendência de caos que se
havia instalado no País. A inflação encontra-se agora abaixo do centro da meta
estipulada pelo Banco Central (4,5% ao ano), quando já se mostrava
descontrolada, na casa dos dois dígitos. Também a taxa básica de juros (SELIC)
baixou pela quinta vez seguida, ao patamar de 11.25%, com tendência de chegar
ao final do ano aos 8,5%.
Mediante aos acertos macroeconômicos, as
últimas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) apontam
que o Brasil já saiu da recessão técnica, que vinha paralisando a nossa
economia há mais de dois anos. O próprio ministro da economia anunciou que “há
dados bastante otimistas em relação ao primeiro trimestre”. E não há como
contestá-lo, pois os acertos da política econômica são bastante evidentes.
Infelizmente, no campo das reformas da
previdência social, trabalhista, política e tributária os avanços sempre
esbarraram na falta de comprometimento e na covardia da maioria do parlamento,
que insiste em manter privilégios, sobretudo no âmbito dos serviços públicos.
Desta forma, as ações imediatistas, sem compromisso com os interesses maiores
da nação, continuarão a inibir o nosso futuro, pela falta de alinhamento com os
planos iniciais do presidente Michel Temer.
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