O engenheiro Emílio Odebrecht, em sua delação
premiada à Operação Lava Jato, resumiu com poucas palavras o que se passava nos
bastidores do poder em Brasília, ao dizer ao ex-presidente Lula da Silva
(PT-SP), quando ainda na presidência da República, que: “o seu pessoal está com
a goela muita aberta”. Isto resume bem a roubalheira sistematizada nos governos
petistas, tanto para o enriquecimento ilícito de alguns figurões, como para a
manutenção do projeto de poder lulopetista.
É claro que a roubalheira no Brasil não
começou ontem. Tampouco se pode dizer que ela é exclusiva do PT. Mas, pode-se
concluir da quebra do sigilo da Odebrecht, que a voracidade dos políticos para
subtrair dinheiro público tomou proporção nunca antes observada em nossa
história. Daí vários historiadores e cientistas políticos, quando
particularizam o PETROLÃO, avaliarem que este é o maior caso de corrupção da
história da humanidade.
Dos inquéritos abertos pelo ministro Edson
Fachin, relativos às delações dos executivos da Odebrecht, serão investigadas
98 pessoas com fórum privilegiado, entre elas oito ministros de Estado, 24
senadores, 42 deputados federais, três governadores, um ministro do Tribunal de
Contas da União (TCU) e um prefeito. São 16 partidos políticos envolvidos. O PT
é o que tem o maior número de indiciados, com 20, seguido pelo PMDB, com 18, e
o PSDB, com 13.
Na lista do ministro Edson Fachin consta,
ainda, cinco ex-presidentes da República: José Sarney (PMDB-MA), Fernando
Collor de Mello (PTC-AL), Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), Luiz Inácio Lula
da Silva (PT-SP) e Dilma Vana Rousseff (PT-RS). O presidente Michel Temer só
não foi incluído por estar no exercício da presidência. Todos eles serão
investigados na primeira instância, junto a outras duas centenas de indiciados,
por não possuírem fórum privilegiado.
Outros figurões de grande destaque da cúpula
dos governos de Lula da Silva, que se diz o homem “mais honesto do Brasil”, e
de Dilma Roussef, entre outros dirigentes da Câmara dos Deputados já estão na
cadeia, como é o caso de José Dirceu (PT-SP), Antônio Palocci (PT-SP), Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), etc... etc...
Os depoimentos dos delatores da Odebrecht são
tão contundentes que fica difícil aos políticos negarem, sempre munidos com
imensa desfaçatez e cinismo, a teia de corrupção que norteou até aqui as
campanhas políticas e o enriquecimento ilícito no uso dos serviços que deveriam
ser públicos. Tal negação parece até zombaria!
Tudo que hoje é mostrado à nação não poderá
ocorrer em vão, haja vista a necessidade de um País mais organizado e com
melhores práticas políticas, de modo a evitar tanto infortúnio, como nos tempos
atuais de crise. Resta saber. Quem fará as reformas política, eleitoral e
partidária, que são indispensáveis para reordenar o Brasil?
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