O ministro
Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu mais um
discurso histórico durante a solenidade de posse da ministra Carmem Lúcia na
presidência da Suprema Corte, na última segunda-feira (12/09). Desta vez,
diante de vários políticos atolados com a Justiça, como é o caso dos
ex-presidentes José Sarney (PMDB-AC) e Lula da Silva (PT-SP); Renan Calheiros
(PMDB-AL), presidente do Senado Federal; Fernando Pimentel (PT-MG), governador
de Minas Gerais; Edson Lobão, ex-ministro das Minas e Energia, entre outros.
Usando da
peculiar sabedoria e exemplar conduta pública e jurídica, o ministro Celso de
Melo expressou o que milhões de brasileiros gostariam, ao denunciar um
“contexto de criminalidade organizada e de delinquência governamental”. Segundo
ele, por isto “impõe-se repelir qualquer tentativa de captura das instituições
de Estado por organizações criminosas para dominar os mecanismos de ação
governamental, em detrimento do interesse público”.
Ainda na
avaliação do ministro, tais práticas delituosas "enfraquecem as
instituições, corrompem os valores da democracia, da ética e da justiça e
comprometem a própria sustentabilidade do Estado Democrático e de Direito”. E
não há como contestar tais afirmativas, pela abrangência de fatos que comprovam
a infiltração e dominação desses perversos valores em nossa política nos
últimos anos.
Lá atrás,
durante o julgamento do MENSALÃO, nosso decano já anunciava que estávamos sendo
governados por uma poderosa “organização criminosa”. Naquela época, o
aparelhamento do Estado por apadrinhados ideológicos, em detrimento do mérito;
a política populista de dissimular os fatos para perpetuação no poder, sempre
avessa à imprensa livre, bem como a roubalheira institucionalizada, já davam
claros sinais desse impropério.
Por isto, os
organismos do Estado foram sendo enxovalhados como se atuassem contra o país,
tal como parte dessa política partidária pequena e mesquinha. Só o “nós”
detinha as virtudes; o “eles” todos os males. Assim, as ações do Ministério
Público, da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União (TCU), da Justiça
Maiúscula - tão bem representada pelo Juiz Sérgio Moro – da Receita Federal,
entre outros, foram sendo vilipendiadas. Consecutivamente, os interesses do PT
e de seus aliados tornaram-se maiores que os do Brasil.
Como a
dissimulação e a mentira jamais irão sobrepujar a verdade, é iminente que o
então “maestro da orquestra”, o ex-presidente Lula da Silva, em pouco tempo
será réu, por uma série de processos que ora tramitam na Justiça. Quiçá logo
lhe sobre a cadeia! A crise econômica, ética e política que hoje penalizam a
maioria dos brasileiros têm seus culpados, com nome e sobrenome.
Todavia,
nenhum deles até aqui demonstrou um único gesto de grandeza para assumir uma
mínima culpa, não obstante a clareza e abundância de fatos e provas. Ao
contrário, eles continuam a confrontar e até obstruir a justiça dizendo-se
perseguidos políticos, enquanto incendeiam e denigrem a imagem do país sem
qualquer pudor. E os outros é que são os golpistas!
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