Os advogados
do ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) tudo fizeram para que os processos
contra o “homem mais honesto do Brasil” não fossem parar na 13ª Vara da Justiça
Federal de Curitiba. De forma bem similar também agiu o ex-presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que lutou até onde pôde para manter os
benefícios do foro especial, no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. É
incrível, mas todo político denunciado na Operação Lava-Jato vem demonstrando
verdadeiro terror quando se fala em Curitiba.
A celeridade
e firmeza do Juiz Sérgio Moro e seus pares, tanto na condução dos processos
como em suas decisões, tem irritado até mesmo a elite dos advogados
criminalistas, habituados até então a usar de todos os artifícios imagináveis e
inimagináveis para protelar a condenação de seus clientes. Claro, tudo isto à
custa de honorários fabulosos, milionários. Além disso, as condenações têm sido
referendadas em quase totalidade na segunda instância, na 4ª Região da Justiça
Federal, em Porto Alegre.
O exímio trabalho
da Receita, da Justiça, do Ministério Público e da Polícia, no âmbito Federal,
entre outros órgãos, deve-se à meritocracia de seus agentes. Os concursos para
as carreiras de Estado são disputadíssimos, tanto como pela relevância dos
cargos como pela remuneração auferida. Outro ponto valoroso é que a maior parte
do efetivo desses órgãos tem exata ciência da importância institucional no
processo de consolidação do Estado Democrático de Direito. Muitos carregam
também a bandeira do idealismo, ao pensar no desenvolvimento do país em sua
integralidade.
Recentemente,
o ex-presidente Lula da Silva, em discurso para a militância petista, na sede
do PT, em São Paulo, disse que “político, por mais ladrão que seja, é melhor do
que concursado”. E ainda enxovalhou a Justiça e o Ministério Público, jurando
“inocência”. Ao final, como sempre, foi
muito aplaudido.
Várias
pesquisas de opinião, no entanto, têm demonstrado que os órgãos que o
ex-presidente ora desqualifica em seu discurso demagógico e populista, estão entre
os mais respeitados pela nação, em função de seus atos em benefício de toda
sociedade, conforme comprovam inúmeras pesquisas de opinião pública. Já a
classe política, que o ex-presidente defende, é a com maior descrédito, dada à
exposição de tantas mazelas.
Mesmo assim,
o ex-presidente Lula da Silva continua encantando o meio acadêmico,
principalmente os adeptos de pensamento marxista, que sonha em ver implantado
no Brasil uma ditadura aos moldes de Cuba e da Venezuela. Para esse grupo e
toda facção lulopetista o que importa é o convencimento das massas, para
ascensão ao poder. Neste aspecto, o ex-presidente é agente político perfeito. O
respeito às leis que regem o país e ao erário público são apenas balelas.
Daí o
incômodo com a pluralidade de opinião, com a liberdade de pensamento, com a
imprensa livre e independente das guilhotinas e da censura. Mas, por sorte,
continuamos em um país em pleno gozo da democracia, onde as instituições
funcionam em sua plenitude, mesmo com uns e outros defeitos. Portanto, é
imprescindível que tenhamos uma Justiça com altruísmo, livre das amarras dos
corruptos e demagogos, que não pensam além dos seus próprios interesses.
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