O cenário da
gestão econômica deixado pela presidente afastada Dilma Rousseff (PT-RS) é
gravíssimo! Em síntese, ele é resultante da extrema facilidade em gastar, bem
como da absoluta dificuldade em conter a expansão da dívida pública durante os
seus anos de governo. Por isto, as principais consultorias e analistas de
mercado já projetam uma dívida bruta para 2018 em torno de 80% do Produto
Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país no período de um ano.
Tal cifra é
astronômica e vem custando ao Brasil o montante de quase R$ 2,0 bilhões POR
DIA, somente com o pagamento dos juros. Reside aí a principal razão da falta de
recursos financeiros para o custeio dos setores da saúde, da segurança pública,
da educação e da seguridade social, entre outros segmentos importantes da vida
nacional. Daí também não sobrar recursos no montante necessário à realização
das obras de infra-estrutura, que hoje são essenciais para aumentar a
competitividade da nossa economia e promover o desenvolvimento do país.
Considerando
a dimensão dos estragos herdados da gestão petista, a equipe econômica do
presidente em exercício Michel Temer (PMDB-SP), comandada pelo economista
Henrique Meireles, decidiu por limitar o crescimento das despesas do governo
aos mesmos níveis da infração anual.
Então, só em médio e em longo prazo a dívida pública terá uma tendência
de queda, pois agora ela encontra-se ancorada ao crescimento do PIB. Medidas
mais radicais neste momento aumentariam o tamanho da crise.
O presidente
em exercício Michel Temer, como também o ministro da Fazenda Henrique Meireles,
vêm anunciando pontualmente que concluído o processo de impeachment da
presidente afastada serão tomadas duras medidas de contenção de despesas, de
maneira a estancar um pouco mais a sangria que ora dilapida o esforço de
arrecadação do Tesouro Nacional. Fatalmente tais medidas ainda virão
acompanhadas de aumento de impostos, o que não é novidade, pois as crises no
Brasil sempre acabam nos bolsos dos contribuintes.
Se
estivéssemos em uma sociedade mais madura, com melhores níveis de educação e de
discernimento político, imperativamente já estaríamos nas ruas exigindo do
Congresso Nacional a imediata apreciação das “10 medidas contra a corrupção”,
conforme proposto pelo Ministério Público Federal, com a adesão de mais de 2,0
milhões de assinaturas. Exigiríamos também uma REFORMA POLÍTICA maiúscula, como
forma de começar a mudar o Brasil.
A cultura
política brasileira, voltada para o populismo de interesses imediatistas, sem
compromisso com a consolidação do futuro do país e de suas próximas gerações,
irremediavelmente tem jogado o Brasil no lixo. Não são poucas as mazelas que
nos empobrecem enquanto nação e nos envergonham diante do mundo. A corrupção, os elevados indicadores da
criminalidade, o descaso com o meio ambiente são algumas delas.
O Brasil
precisa de reformas estruturais profundas. Impossíveis? Não! Basta honestidade
e um pouco de perseverança e determinação. Basta pensar um pouco mais, com
grandeza, no bem comum. Nenhum país desenvolvido chegou ao topo do mundo por
acaso!
A política é
indispensável ao país e não deve ser vista como dita pelo ex-presidente Lula da
Silva em Petrolina (PE) esta semana: “Política é que nem uma boa cachaça, você
começa e não quer parar mais”; que “se tudo estiver bem, se der certo, porque
eu precisaria ser presidente outra vez”? Temos que substituir o oportunismo
pela competência, pois está claro demais que o ex-presidente está muito mais
para vigarista do que para estadista.
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