Não se pode
esperar do governo de Michel Temer (PMDB-SP) muito além do que um mandato
tampão, mas com ações efetivas que possam minimizar os estragos realizados pela
gestão petista de Dilma Rousseff (PT-RS), principalmente na área econômica. Daí
nominar o governo atual como "de salvação nacional", com âncora em uma equipe
econômica bastante homogênea e competente. Por natural, migraram para a
oposição o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus satélites, que se juntam à
esquerda mais radical nessa tarefa.
A
Constituição brasileira reservou ao vice-presidente a competência de substituir
o presidente da República nos casos de impedimentos legais. Não há dúvida de
que há elementos de sobra que comprovam que a presidente afastada deixou de
cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04 de
maio de 2000), bem como maquiou dados através do que se chamou
“contabilidade criativa”. Não se trata de “golpe”, portanto, o afastamento da
presidente e seu iminente impeachment, conforme propagado pela trupe petista.
O discurso
de “golpe”, portanto, nada mais é que mais uma tentativa de ofuscar os estragos
da incompetência e da corrupção nos governos petistas. Em segundo plano vem a
intenção de macular e enfraquecer o presidente em exercício, Michel Temer, o que
demonstra que o PT está muito mais preocupado com o seu próprio futuro político
do que com a situação legada aos brasileiros. Não por outro motivo o silêncio
diante de questões relevantes, tais com o encolhimento da economia, o
desemprego, a perda do poder de compra dos assalariados, entre tantos outros
problemas.
Uma síntese
dessa falta de comprometimento com o país pôde ser auferida, de forma patente,
em recente entrevista da presidente afastada à jornalista Marlene Bergamo,
publicada no jornal “Folha de São Paulo”. Depois de defender a volta da CPMF,
quando perguntada pela jornalista em que errou, a presidente simplesmente
resumiu, dizendo o seguinte: " Ah, sei lá! Como é que eu vou falar da situação
depois?" O problema é que a presidente afastada atua tal qual o seu partido, o
PT, sem o mínimo gesto de grandeza para admitir qualquer erro.
É nessa
mesma falta de grandeza que o PT ainda dissimula os fatos como forma de
confundir a opinião pública ou nivelar a todos aos seus próprios malfeitos. Assim,
agora dizem que o governo em exercício tem o propósito de “interromper o
combate à corrupção” e “esfacelar” a Operação Lava-Jato, como se o MENSALÃO, o
PETROLÃO, a Operação ZELOTES e tantos outros casos de corrupção e malfeitos
fossem obras do além, sem qualquer relação com os governos petistas.
Não bastasse
a desagregação proposta nos planos interno e externo, a Executiva nacional do
PT ainda programa uma série de manifestações para incendiar o país, de modo a
disseminar a idéia de “golpe” e vitimar o partido no processo de impeachment,
além de bombardear as ações do governo em exercício de Michel Temer. Isto é o
que se pode chamar de verdadeiro golpe na democracia - do “quanto pior, melhor”
- que só tem a serventia de agradar aos militantes partidários e acelerar o
esfacelamento da nossa economia.
A realidade
é que o Brasil não comporta mais tantos políticos ruins, independente dos
partidos políticos. E o governo de Michel Temer será um governo de transição
com esses mesmos políticos. Mas nada pior do que o Partido dos Trabalhadores e
seus satélites, pois com esses políticos o país não precisa de inimigos.
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