Quando na
presidência da República, tanto o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) como a
presidente afastada Dilma Rousseff (PT-RS) não se cansavam de demonizar a
oposição, como também o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Nada
do que fora feito para modernizar e tornar o Estado mais eficiente podia sequer
ser mencionado, senão como “herança Maldita”. Era chegado o tempo de produzir
um Estado grande e forte, devidamente aparelhado e guiado pela ideologia petista.
Questões
como meritocracia, empreendedorismo e inovação foram tornando-se secundárias,
enquanto a máquina de governo e as empresas públicas e autarquias iam sendo
infladas. Tudo parecia funcionar muito bem no momento em que o Brasil
crescia embalado pela elevação dos preços das nossas commodities e na
abundância de recursos financeiros para uma política de crédito farto.
Privatização, nem pensar! O Estado daria conta de tudo! As críticas não
passavam de pueris ilações dos “agourentos”, dos “pregadores do caos”.
Assim,
somente no governo de Lula da Silva seriam criadas dez estatais, entre elas a
Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade (Etav), para impulsionar o
trem bala que deveria ligar Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro; a Águas de
Integração do Nordeste Setentrional (Agnes), para gestão das águas transpostas
do São Francisco; a Hemobras, que deveria suprir o Brasil de hemoderivados,
construída “estrategicamente” na terra natal do então ministro da Saúde, o
agora senador Humberto Costa (PT-PE).
Até mesmo
uma estatal para fabricação de chips, a Ceitec S.A. – Centro de Nacional de
Tecnologia Eletrônica Avançada, vinculada ao antigo Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação, localizada em Porto Alegre – RS, foi idealizada pelo
governo de Lula de Silva. Sua construção se deu pela lógica simplista de tornar o país autossuficiente de
semicondutores, cujo mercado é dominado pelos países desenvolvidos. A questão
do custo final sequer foi considerada.
Já durante o
primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff foram criadas mais 13 empresas.
Nesse período só a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH),
idealizada para gerir os hospitais públicos e universitários, consumiu mais de
R$ 1,2 bilhão do Tesouro Nacional sem que apresentasse resultado prático algum,
tal como a melhoria dos serviços prestados por aquelas unidades.
Conforme
matéria recentemente publicada pelo jornal “O Globo”, no período entre 2010 e
2014 foram realizadas 55.836 novas contratações para essas estatais. Neste
grupo destaca-se a Empresa Brasileira de Comunicações (EBC), gestora do canal
de televisão oficial do governo, também criada no governo de Lula da Silva, com
um aumento do efetivo de 180% - de 913 funcionários, em 2010, para 2.564, em
2014, todos com altos salários.
“Nunca na
história deste país” foram criadas tantas estatais em tão pouco tempo.
Atualmente são 135 empresas, o que gerou um prejuízo agregado na ordem de R$
60,0 bilhões no curso do ano passado. Só a EBC, uma empresa totalmente aparelhada com a máquina partidária petista, já consumiu mais de R$ 2,5 bilhões do Tesouro
Nacional, um dinheiro enorme para uma pífia audiência.
Mas, como
diz o jargão popular: “nada é tão ruim que não possa piorar”, principalmente
quanto se juntam impertinência ideológica, incompetência e corrupção
sistematizada. Fica aí a equação perfeita decifrada pela estadista britânica
Margareth Thatcher: “O socialismo dura até acabar o dinheiro”. Razão do nosso
pesadelo.