A agência
Moody’s recentemente já havia rebaixado o Brasil, pela “deterioração
substancial” dos indicadores econômicos, sem, contudo, cortar o status de bom
pagador do país. Segundo o vice-presidente de comunicação da Moody’s, Eduardo
Barker, qualquer revisão antes de 12 meses só se dará caso ocorra o que chamou
de “evento brusco”. A outra grande empresa, a Fitch Ratings, sinalizou para
breve uma nova revisão, o que certamente implicará no rebaixamento dos atuais
dois degraus acima do nível especulativo.
Este cenário
agrava ainda mais as perspectivas futuras do Brasil, uma vez que tornam mais
difíceis e caros os financiamentos das nossas empresas e do próprio país, tanto
no mercado interno como no exterior. Para a Petrobras, particularmente, que
detém uma dívida bruta em torno de R 500 bilhões, após as altas recentes do
dólar, tal fato é uma verdadeira catástrofe, por comprometer os atuais níveis
de investimento e afetar diretamente a capacidade de recuperação da companhia.
Em uma
conjuntura de juros altos, inflação perto da casa dos dois dígitos, retração
das atividades econômicas – segundo pesquisa da Focus, divulgada na última
terça-feira, o mercado já projeta para 2015 uma recessão na casa de 2,44 % do
PIB – e da incapacidade do governo de enfrentar os graves problemas políticos e
econômicos, torna-se cada vez mais difícil a retomada do crescimento econômico.
Certamente estaremos fadados a uma nova década perdida.
A realidade
é que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), movidos pela
incompetência, arrogância e ambição desmedida, levaram o país para o fundo do
poço. Daí o aumento do desemprego, disseminado por todo território nacional, e
a falta de perspectivas devido à inibição para novos investimentos. Agora, são
justamente os que foram mais iludidos pelo populismo exacerbado os que mais
sofrem com o pagamento da conta!
Segundo o
ex-presidente do Banco Central (BC), economista Gustavo Loyola, em entrevista
concedida ao jornal “O Estado de São Paulo”, o Brasil perdeu o grau de
investimento por causa da irresponsabilidade da política econômica... Perdemos
aquilo que nós demoramos muitos anos para construir. Quando eu fui presidente
do BC, nos idos de 95 e 97, o país não era grau de investimento e todos nós
trabalhávamos naquela época para conseguir isso... Agora perdemos depois de uma
política totalmente desastrosa sob inspiração do Ex-ministro
Mantega (PT-SP).
Diante desse
quadro, de pouco adianta a presidente Dilma Rousseff realizar reunião de
emergência com seu ministério visando reverter o caos das contas públicas.
Falta-lhe credibilidade para isso! Ademais, seu ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, há tempo vem sendo fritado dentro do próprio governo, sem unidade e
comando, onde até o ministro das Comunicações dá entrevista sobre economia.
Pior problema, entretanto, é que os conchavos vão dando sobrevida a um governo
que pela incompetência já deveria ter acabado há muito tempo.
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