Nas últimas
eleições parlamentares, o Partido dos Trabalhadores (PT) viu ruir 19 cadeiras
no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, a bancada que tinha 88
deputados foi reduzida para 70; no Senado Federal diminuiu de 13 para 12
senadores. Não obstante minguar no tamanho, o PT agora assiste ao esfacelamento
da base aliada, o que tem ajudado a fomentar a crise política ora instalada,
sem precedentes nos 12 anos de governo petista, tamanha a gravidade.
Concomitante
à crise política, a avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT-RGS) também vem
se deteriorando. Segundo pesquisa realizada esta semana pelo Instituto Datafolha,
os que consideram o governo ruim ou péssimo saltaram para 62% da população. A
mesma pesquisa ainda mostra que a popularidade da presidente caiu em todas as
faixas de renda e em todas as regiões do país, inclusive no Norte e Nordeste,
onde ela sempre obteve os melhores indicadores de aprovação.
Desde as
vésperas do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, um
presidente da República no Brasil não tinha avaliação tão ruim. Isto ocorre logo
depois dos dois primeiros meses de um novo mandato, quando, por teoria, a
presidente deveria estar usufruindo do capital político da vitória conquistada
nas urnas.
Entretanto,
nenhum desses fatos tem sido suficiente para diminuir a arrogância petista. Ao
invés de colocar a cabeça ao travesseiro e refletir as razões que levaram o
partido e o governo à tamanha rejeição, seus principais líderes, em reunião
realizada na última quarta-feira, decidiram “ir para ofensiva”. Ou seja,
partirão mais uma vez para o ataque, da forma como sempre fizeram quando se
sentiram acuados.
O presidente
da legenda, Rui Falcão (PT-SP), vê como saída o uso da internet, conforme nas
últimas eleições, quando a militância do partido e os chamados “blogs sujos” -
sustentados por informações do partido e dinheiro do governo – atacaram por
todos os flancos os oponentes. Por isto, José Guimarães (PT-CE), líder do
governo na Câmara dos Deputados, contemplou essa iniciativa dizendo: “não
podemos ficar emparedados pelo PSDB, precisamos radicalizar, ir para a
ofensiva”.
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o PSDB são os eternos fantasmas do PT,
que na arrogância não enxerga o esgotamento e cansaço dessa estratégia medíocre.
Então, mais
uma vez a cúpula petista vira as costas para os seus próprios erros, sem
procurar as razões mais plausíveis que levaram o governo e o partido a
escorregarem ladeira abaixo. A realidade é que a prepotência parece ter se consolidado.
Aliás, esta se tornou a marca do PT de fazer política, a marca do PT de
governar. Não é por outro motivo que o partido sempre quer impor as suas
“verdades”, mesmo que a realidade e a transparência dos fatos os contradigam.
A atual
crise política, entretanto, tem seus fundamentos na própria crise econômica –
nascida, amamentada, criada e tornada adulta pelos governos do ex-presidente
Lula da Silva (PT-SP) e da “presidenta” Dilma Rousseff. Esta realidade sempre é
colocada para debaixo do tapete, onde não entra a luz do sol.
Outra
questão é que a população brasileira não aceita o projeto socialista de poder
do PT. O financiamento público de campanha, o voto em lista e o controle
“social” da mídia (censura) guardam em seu bojo uma estratégia socializante
para perpetuação no poder.
Não bastassem
os escândalos passados de corrupção, agora também o brasileiro se vê diante do
PETROLÃO. E todas as evidências levam a crer que não há doação legal de
campanha, senão uma corrupção sistêmica, para enriquecer “cumpanheiros” e levar
dinheiro para sustentar a bandeira do partido.
O silêncio
de Renato Duque na Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados
mostrou-nos que um “cumpanheiro” não entrega outro “cumpanheiro” e que tudo é
válido pelas “causas” do partido. Mas, nosso povo acordado não aceitará a imposição
de nenhuma bandeira vermelha. As cores da nossa bandeira sempre serão o verde, o
amarelo, o azul e o branco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário