Os que acompanham os acontecimentos políticos do Brasil nos
últimos anos, certamente não acharão nada de novo no que tem dito Paulo Roberto
Costa, ex-diretor da Petrobras, à Polícia Federal (PF), a título de delação
premiada. Os nomes dos políticos e partidos envolvidos são os mesmo de
malfeitos e escândalos anteriores, já largamente difundidos pela imprensa, como
é o caso da corrupção que tomou conta da Petrobras.
O uso da máquina pública (de governo e das empresas estatais)
em troca de apoio político é um fato sempre recorrente em nosso país. Nada
parece ter mudado depois de exposto e julgado o MENSALÃO do PT. Lógico que essa
prática favorece o enriquecimento ilícito, feito sem qualquer pudor e à revelia
das Leis. Daí a falta de comprometimento desses maus políticos e seus afilhados
com o próprio país, que deveriam ter o orgulho em servir.
Os recursos públicos oriundos da arrecadação de impostos e
taxas, sejam eles materiais ou financeiros, constituem um patrimônio que é
exclusivamente do povo. O político, bem como qualquer outro servidor público -
seja do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário - tem a obrigação de
utilizá-los da melhor forma possível, com maior zelo.
Por isto, não faz qualquer sentido a presidente Dilma
Rousseff dizer que o escândalo da Petrobras não compromete a credibilidade de
seu governo. Compromete sim! E Muito! Primeiro porque é a presidente quem
indica os diretores da empresa, de maioria estatal. Segundo, porque ela mesma
foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras, durante a maior parte
do governo de seu antecessor. E foi durante esse período que ocorreram os
maiores escândalos, inclusive a compra da Refinaria de Pasadena nos Estados
Unidos.
No entanto, ao invés de assumir suas responsabilidades, a
presidente-candidata Dilma Rousseff parte para atacar o governo de Fernando
Henrique Cardoso (FHC). Um ato risível, mas costumeiro do PT e seus líderes,
que se fiam na desinformação do povo. De lá prá cá, já se foram doze anos!
Dizer que “naquela época as denúncias não eram investigadas”
nada mais é que pura ilação, para desviar a atenção do povo de tantos
escândalos. Quem tem memória sabe muito bem que a autonomia da PF começou
justamente no governo de FHC.
O que não se via naquela época com tanta freqüência eram as
farsas, as dissimulações, bem como tantos casos recorrentes de corrupção. É
lógico que a corrupção sempre existiu no Brasil, porém nunca em uma escala tão
grande, tão sem limites.
Recentemente vimos a farsa da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) do Senado Federal, criada para apurar irregularidades na compra
de Refinaria de Pasadena. A falta de vergonha chegou a tal ponto, que não houve
escrúpulo dos governistas em combinarem e ensaiarem as perguntas e respostas. E
lá estava o Palácio do Planalto na figura do assessor direto da
candidata-presidente, Ricardo Berzoine, Secretário das Relações Institucionais
da Presidência da República.
Outro DNA do governo, também mencionado pelo delator Paulo
Roberto Costa, é o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Roseto,
ex-presidente da Petrobras Biocombustível. Vale lembrar que Roseto recentemente
se afastou do governo para assumir uma das coordenadorias da campanha da
presidente-candidata Dilma Rousseff.
Usando de todos os meios, imagináveis e não imagináveis, para
a manutenção do poder, a presidente e seu partido fogem sempre pela tangente,
quando o tema é corrupção e malfeito. É muito mais fácil se fiar na
desinformação do povo e dizer “que nada sai” a um gesto de grandeza.
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