sexta-feira, 21 de junho de 2013

Fora os oportunista de ocasião!



A onda de mobilização popular que se espalhou pelo Brasil afora, tinha inicialmente como propósito o transporte público gratuito. A impressão digital dos organizadores, de acordo com as bandeiras tremuladas, era apenas da extrema esquerda, com destaque para o PSTU e PSOL, com o apoio da minguada representação comunista ainda não alinhada ao governo do PT.
O que esses partidos não esperavam é que a mobilização programada viesse a tomar a força que tomou com a adesão da massa, a ponto de suplantar e sufocar os objetivos de seus organizadores.
Em São Paulo, estava claro que a pretensão era a de enfraquecer o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Para eles pouco importava que no rastro de Alckmin pudesse vir o prefeito da capital, Fernando Haddad (PT).  
A realidade é que a mobilização tomou vulto e saiu do controle de seus patrocinadores.  Assim, tomou um caráter extremamente difuso, sem objetivos claros, definidos e lideranças. 
Vimos em Brasília muitas faixas contra a famigerada PEC nº 37, a chamada PEC da impunidade, que visa tirar poderes do Ministério Público, entre eles o de investigar a corrupção. Também vimos reivindicação para melhoria da segurança pública, da educação, da saúde, da mobilidade urbana, pelo fim da corrupção, entre outras... E por todos os outros estados a difusão está sendo a mesma.
Poder-se dizer, em resumo, que tudo isso é contra a política retrógrada e atrasada, que há séculos vem emperrando o Brasil. Mas, mesmo assim, é preocupante que toda essa mobilização termine em um vazio, por falta de objetividade e clareza, por melhores que sejam as intenções dos participantes.
Não perderemos tempo para falar dos baderneiros e vândalos, que além do nosso repúdio merecem os rigores da lei.
Essa falta de objetividade, além de enfraquecer a mobilização popular, poderá incrementar o descrédito da população com a política. Isto será péssimo para o país, pois só favorecerá aos maus políticos, que são os reais responsáveis pela situação a qual chegamos.
Outro ponto extremamente preocupante é que a esquerda governista venha a tirar proveito político do movimento popular que ora se realiza, pois anteriormente era ela que patrocinava as manifestações de rua. Aliás, ela já demonstrou essa intenção - um oportunismo imoral, que fere qualquer lucidez. Hoje a UNE, a CUT, o PC do B, entre outras entidades e partidos afins estão vendidos.
Também foi oportunismo da presidente Dilma Rousseff dizer na terça-feira, durante discurso para o lançamento do marco regulatório da mineração, que o “Brasil hoje acordou mais forte”, ao elogiar as manifestações realizadas na segunda-feira.
As manifestações que hoje tomam conta das ruas são também contra o governo petista, com seus 39 ministérios, os MENSALÕES, o elevado endividamento público, a corrupção desenfreada, os gastos exorbitantes com a copa do mundo. Enfim, contra o cinismo e a mentira de todos os políticos que hoje governam o país. Neste grupo se exclui o PT.
Fato repugnante é que nesta hora a presidente ao invés de se dirigir à nação, se junte ao ex-presidente Lula da Silva e a Rui Falcão, presidente do PT, para se orientar pelo marqueteiro petista, João Santana, com o nítido propósito de tirar proveito da manifestação popular. Isto não é nada bom! Faz lembrar Josef Goebbels, mestre da propaganda nazista.

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