Recentemente, em entrevista concedida aos jornalistas
Fernando Rodrigues e Armindo Pereira Filho (Folha-Uol), o empresário Jorge
Gerdau, coordenador da Câmara de Políticas de Gestão e Planejamento da
Presidência da República, classificou como “BURRICE” a criação de mais uma
secretaria (da Micro e Pequena Empresa), com status de ministério, pelo governo
de Dilma Rousseff.
Jorge Gerdau tem plena autoridade para opinar dessa forma.
Além de grande empreendedor, também é um dos mais experientes, lúcidos e respeitáveis
empresários brasileiros. Sabe interpretar a realidade e distinguir com clareza
os obstáculos que inibem nosso desenvolvimento. Por isto, Gerdau diz ainda, com
absoluta propriedade, que bastaria ao governo “meia dúzia” de ministérios.
Mas, na realidade, Gerdau tem plena convicção que a criação
do 39º ministério por Dilma Rousseff objetiva apenas mais cargos, para acomodar
novos aliados políticos, haja visto que a Secretaria da Micro e Pequena Empresa
nasceu com destino certo: o Partido Social Democrático (PSD), de Gilberto
Kassab; o titular da pasta será o empresário e político Guilherme Afif Domingos
(PSD-SP).
Então, não se trata de “BURRICE” no sentido usual do termo,
mas de oportunismo político. São mais 68 cargos em comissão e mais empregos
para os apadrinhados, incluindo o ministro, o secretário-executivo e os
comissionados que lotarão mais duas secretarias, conforme consta na Lei
aprovada pelo Congresso Nacional.
Na realidade, o PSD de Kassab só foi criado para abrigar
antigos oposicionistas ao governo petista, que se encontravam deslocados na
oposição, pela avidez que têm ao fisiologismo. Daí a satisfação de Lula de
Silva (o articulista) e sua sucessora, por receber a todos com abraços e braços
abertos, porque a prioridade não é o Brasil, mas a manutenção do poder, se
possível sem oposição, conforme nas ditaduras.
E nesse círculo vicioso, sem qualquer grandeza, “a partir dos
governos petistas, especialmente depois da crise de 2005, a criação de
ministérios disparou: saltou das 21 pastas do último ano do governo Fernando
Henrique Cardoso para 34 no primeiro mandato de Lula, 37 no segundo e agora 39
com Dilma”, conforme mencionou Merval Pereira em sua coluna, no último dia 4,
em “O Globo”.
Por essa criação desenfreada de ministério, para abrigar tantos
“cumpanheiros” fisiológicos, que transitam desde a extrema esquerda das
cavernas à ultradireita conservadora, o governo brasileiro tem hoje mais de 20
mil cargos em comissão. Um absurdo! Um verdadeiro absurdo.
Não é ao acaso que o Brasil continua perdendo oportunidades.
Em 2011 e 2012 amargamos um “pibinho”, entre os piores crescimentos do PIB dos
países da América Latina. No último ano só crescemos mais um pouco que a
Argentina.
Em vez de priorizarmos o investimento produtivo - em
educação, saúde, infra-estrutura, etc... -, para um crescimento sustentável,
priorizamos a ineficiência do Estado - inchado pelo empreguismo desenfreado,
desqualificado e oportunista. Um modelo de Estado que compromete nosso futuro.
Deixe aqui também a sua opinião sobre a questão levantada.
ResponderExcluirSergio Garschagen: O pais investe miseros 2 pct do PIB em infraestrutura, quando o minimo deveria ser 5% ( mais, quando a infra está muito defasada, o que é o nosso caso )todos os anos. Nossas estradas esburacadas e perigosas aumentam os fretes em 30% e um navio parado em nossos portos consomem US$ 10 por dia em despesas. Nossos portos sao os mais caros do mundo, os tributos os mais altos e o custo Brasil inviabiliza o comércio nacional com o mundo, que movimenta apenas 1% da carga mundial.
ExcluirMEU GRANDE AMIGO WAGNER O QUE ESPERAR DESSE GOVERNO- ESSA É A MANEIRA DO PT GOVERNAR - NOMEANDOS BURROS E VENDENDO ILUSÕES.
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