No ano da comemoração do centenário do nosso maior poeta, Newton Braga, ontem foi comemorado no “Salão de Cristal” do Belas Artes os cinco anos da Revista “Cachoeiro Cult”.
Esta data é muitíssimo importante, em se tratando de uma revista que se propõe a difundir a cultura, bem como a valorizar os talentos da nossa terra, pelo espaço para a divulgação dos seus trabalhos. Poucas, ou melhor, pouquíssimas cidades, mesmo maiores que Cachoeiro de Itapemirim, têm a felicidade de poder editar uma revista assim, com fins tão nobres.
Vale a determinação de seus idealizadores. Fazer cultura no Brasil nunca foi tarefa fácil, ainda mais quando se trata de uma publicação de divulgação cultural, com conteúdo essencialmente literário. A determinação para chegar até aqui certamente é enorme!
Muitos podem até dizer que isto é uma loucura, porque é muito trabalho, com pouquíssimo apoio. Um público reduzido que valoriza e que se dispõe a comprar a revista. Mas a realidade é que já se vão cinco anos. Isto é uma vitória enorme!
Outras iniciativas, iguais ou similares, por certo não conseguiram sobreviver tanto tempo. “Cachoeiro Cult”, no entanto, completa esta idade de forma consistente; bastante madura. Acho que ela já nasceu precoce, adulta. Na verdade, é pela determinação de seus idealizadores, que ela nunca chegou a ser criança.
Tem aí uma simbiose grande maturada pelos sentimentos da vida. Sem amarras e censuras, mas com liberdade plena de criação. Muito pura. Natural. Talvez pela preocupação de não deixar que situações menores venham a interferir e mudar o foco, tal como o interesse econômico. “Cachoeiro Cult” tem um quê diferente. Por tudo isto, diria que suas páginas pulsam e que a revista tem coração.
A memória me traz à lembrança excelentes entrevistas. E com pessoas do nosso meio. De contos, de crônicas e de poesias, que não morreram trancados na gaveta. Daí a mostra de novos mundos, repletos de conteúdo deveras humano. “Cahoeiro Cult” tem um colorido especial no seu preto e branco. Como ela é singela e rica, com tanta realidade e imaginação!
Para chegar até aqui deve ter sido duro. Mas uma labuta gratificante, movida por ideal. Poucos, por isto, compreenderão o que deve ser a satisfação de ver a revista circulando nas ruas. É como ver uma obra de arte acabada, a cada edição. Talvez seja esta a forma mais nobre de remuneração. Não há valor que pague!
Então, nestes cinco anos de “Cachoeiro Cult” parabenizo Marcelo Grillo, Diretor-Geral, e os demais membros do Conselho Editorial: Cláudia Sabadini, Evandro Moreira e Fernando Gomes. Também a todos os demais colaboradores, assinantes e leitores da revista.
Por fim, devo dizer que este mesmo Conselho Editorial teve a coragem de convidar este escrevedor de texto para participar da revista, como colaborador. Digo também, que para não decepcioná-los, como retribuição tive a coragem de aceitar. Já colaborei, com ensaios, em três números. Sinto-me muito feliz e orgulhoso por isto.
Assim, tenho certeza que Newton Braga, com os cinco anos da “Cachoeiro Cult” encerra com honra a comemoração de seus 100 anos de nascimento em sua terra natal: Cachoeiro de Itapemirim.
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