O socialismo
bolivariano implantado na Venezuela com a ascensão ao poder do então
tenente-coronel Hugo Chávez, em 1999, e continuado após a sua morte, em 2013,
pelo sindicalista e atual presidente Nicolás Maduro, chegou ao fundo do poço.
Mesmo com uma das maiores reserva de petróleo do mundo, a Venezuela faliu! Hoje
faltam aos venezuelanos produtos essenciais de higiene pessoal, alimentos
básicos, remédios, materiais hospitalares. Falta tudo! O país já não produz
quase nada e está sem crédito para importar o que é necessário.
Contudo, não há
qualquer carência para a burguesia do Estado que vive em torno de Maduro. O governo se sustenta do apoio dessa burguesia, das milícias armadas (ainda mais radicais que o MTST, MST e outras ONG’s extremistas do Brasil) e de um forte aparato
militar das forças armadas regulares, ditas “bolivarianas”, que vêm aniquilando
as reações populares. Desde o último abril já foram contabilizadas quase 130
mortes em protestos, enquanto milhares de manifestantes foram feitos presos
políticos. Em suma, o regime venezuelano vai impondo à maioria da população,
pela força, uma ditadura comunista.
A liberdade de
expressão já foi totalmente tolhida. Muitas estações de rádios, canais de
televisão, jornais e revistas tiveram suas concessões cassadas. Até mesmo a
Internet é cotidianamente censurada. Só os meios favoráveis ao regime e os sob
o domínio do Estado têm o aval do governo. A ótica da notícia é invariavelmente
determinada pelo ideário do que chamam “socialismo do século XXI”.
Mas, segundo o
secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o diplomata
uruguaio Luiz Almagro, “os índices de mortalidade infantil e de fome na
Venezuela supera até mesmo os da Síria, país que vive uma guerra civil desde
2011”. Nenhuma notícia nestes moldes pode ser divulgada! Nem mesmo os
indicadores da inflação, que atualmente chega a patamares de três dígitos, e
que para a imprensa oficial resume-se a “boicote do imperialismo americano”.
A Constituinte
imposta por Nicolás Maduro e os flagrantes desrespeitos aos direitos humanos têm
suscitado o repúdio dos mais fortes organismos internacionais, tais como a
Organização das Nações Unidas (ONU), a OEA, a União Européia, o Vaticano, o Mercosul,
entre outros. Nesta semana, reuniram-se no Peru 17 chanceleres dos países mais
importantes das Américas, entre eles o Brasil. Por unanimidade foi emitida
declaração condenando a ruptura da ordem democrática na Venezuela e decidido
“não reconhecer a assembléia nacional constituinte imposta por Maduro, por seu
caráter ilegítimo”.
No Brasil, em
movimento inverso, o PT, PCdoB, PC, PSTU, PSol, entre outras legendas de
orientação marxista, continuam a apoiar e elogiar o regime chavista. Todavia,
se tais agremiações centralizassem as suas vozes no combate à corrupção, às
mordomias e aos privilégios que dilaceram o Estado brasileiro,
e em favor da melhoria da educação, da saúde e da segurança pública,
seguramente poderíamos lograr um País bem melhor para todos. Não existe luta de
classes para quem pensa com grandeza e espírito humano e democrático.
Em tempo: A Comissão da Reforma Política da Câmara dos Deputados aprovou
R$ 3,6 bilhões para o financiamento das campanhas políticas, enquanto o governo
pensa em aumentar impostos. Precisamos de mais inimigos?
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