Não se
pode perder de vista que o presidente Michel Temer (PMDB-SP) só assumiu a
presidência da República por ser o substituto legal da ex-presidente Dilma
Rousseff (PT-RS), depois de seu afastamento em decorrência de descumprir a Lei
de Responsabilidade Fiscal e levar o Brasil ao atual atoleiro. Antes, ambos
marcharam juntos como irmãos siameses em duas eleições presidenciais
consecutivas, com a aquiescência do ex-presidente Lula da Silva (PT-SP),
obviamente por conchavos políticos. Não por uma causa que se possa apontar como
projeto para o País; uma causa nobre.
É de
pleno conhecimento dos bastidores políticos em Brasília, que o presidente Michel
Temer nunca foi nenhum santo; que quando presidente da Câmara dos Deputados
sempre usou o poder em benefício próprio e de seus apaniguados. A filmagem da
mala de dinheiro carregada apressadamente pelo o ex-deputado Rocha Loures
(PMDB), homem dito de “plena confiança” pelo próprio presidente, é apenas uma
ínfima amostra da roubalheira que há tempo vem dilapidando o Brasil e condenando
milhões de pessoas à pobreza.
Desqualificar
apenas o presidente Michel Temer, atribuindo-o a exclusividade pela maior crise
ética, econômica e política da história do Brasil República é menosprezar a inteligência
de todos. Em nossa história não há qualquer precedente de organizações
criminosas montadas para dominar o Estado brasileiro, da forma como aconteceu o
MENSALÃO. Este fato, no entanto, não foi capaz de inibir as quadrilhas
organizadas aliadas dos governos de então. Daí a Lava Jato, que para nossa
vergonha, é o maior escândalo de corrupção no mundo.
Felizmente,
mesmo às vezes andando por linhas tortas, a Justiça tem cumprido com bastante
celeridade as suas funções. Já não podemos dizer que em nosso País só pobre vai
para a cadeia. A condenação do ex-presidente Lula da Silva a uma pena de nove
anos e seis meses de prisão, bem como de tantos outros políticos, empresários,
doleiros e burocratas por envolvimento em esquemas de corrupção, é a prova viva
do vigor do Estado de direito e da Democracia.
Qualquer
pessoa que infringir a lei tem o direito amplo de defesa. Julgado culpado tem o
dever de acertar as contas com a Justiça!
Criar
factóides para inocentar o ex-presidente Lula da Silva, menosprezando e
denegrindo a Justiça, com objetivo tácito de ganhar no grito, não é uma forma
maiúscula de fazer política. Desde há muito tempo não há no Brasil “justiça de
exceção”, como também não há provas de que a Justiça tenha a intenção de
“destruir o PT” ou “caçar a candidatura de Lula”, como vem anunciando a cúpula
petista e seus seguidores.
O PT e os
demais partidos a ele alinhados, assim como todos que ora cercam o presidente
Michel Temer, ao deixarem de reconhecer seus erros se apequenam. A situação
fica ainda pior quando se tenta transferir a própria culpa para outros. Não se
apaga a realidade. Ela sempre é feita de fatos, que invariavelmente deixam seus
rastros de provas.
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