A cada novo relatório
divulgado pelo Tesouro Nacional verifica-se que o cenário da economia
brasileira continua piorando. O principal motivo é o desleixo com a política
fiscal, pois o governo de Dilma Rousseff (PT-RS) persiste em seguir gastando muito
mais do que arrecada, produzindo sucessivos déficits primários. Não sobra
qualquer recurso para compor o que chamamos em economia de superávit primário,
para o pagamento dos juros da dívida pública.
Por isto, a
situação atual do Brasil pode ser comparada a uma avalanche de neve, que ao
descer da montanha vai carregando toda matéria que encontra pelo frente, pois,
em síntese, a cada mês o governo aumenta a dívida pública ao não conter as despesas
correntes e ainda acumula juros sobre juros. Por conseguinte, do mesmo modo que
as famílias quando têm as finanças descontroladas, o País vai perdendo sua
credibilidade, os juros vão ficando mais altos e os investidores se afastando.
Pelo último
relatório do Tesouro Nacional, consolidado até o mês de novembro de 2015, o
total da dívida interna acumulada pelo governo petista alcançou a cifra
astronômica de R$ 2,71 trilhões ao final do mês de novembro de 2015. Comparando-se
ao mês anterior (outubro) houve um aumento de 2,67% no somatório da dívida. Quando se considera a dívida bruta (a interna
mais a externa) o montante alcança R$ 3,8 trilhões, com previsão de fechar o
balanço de 2015 no patamar de 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Conformo
matéria recente publicada no “Correio Brasiliense”, a dívida bruta brasileira
poderá chegar a 88% do PIB ao final do governo de Dilma Rousseff, mantidas as
despesas correntes atuais. No início do primeiro mandato, em 2011, esse
montante correspondia a apenas 51,8% do PIB. É óbvio, portanto, que durante o
período em questão a dívida brasileira não parou de crescer, o que demonstra o absoluto
descaso do governo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como
comprometimento com o futuro.
Neste
aspecto, a realidade é sempre inconteste: quanto mais um país se endivida, mais
amargas serão as medidas para recolocar a economia no rumo. Por justiça, a
saída do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy deveu-se à resistência do governo
em realizar os acertos necessários. Não basta aumentar impostos para que o
contribuinte pague a conta, se o governo não tem determinação para enxugar os seus
gastos.
Na contramão,
por seu viés ideológico, a presidente Dilma Rousseff tem imensa dificuldade em
compreender que há limite para as empresas e as famílias suportem uma carga
tributária elevada; que os recursos do governo não são ilimitados; que nenhum
país tem equilíbrio financeiro gastando além do que arrecada; que não tem nada
haver responsabilidade fiscal com liberalismo econômico. Aliás, tais conceitos
são deveras tacanhos e atrasados.
Para piorar,
o ex-presidente Lula da Silva e o seu partido, o PT, preocupados com o desgaste
político e as futuras eleições, reiteram as críticas contra o ajuste fiscal, clamando
pela volta da gastança. Tal populismo já jogou o País na lama! Observa-se,
todavia, que por este motivo hoje os mais pobres pagam a conta com uma inflação
de dois dígitos, desemprego, juros altos, diminuição dos salários e
inadimplência. E o Brasil em lugar de avançar vai encolhendo no meio de uma
depressão econômica.
A aversão do
PT ao controle fiscal tem a mesma lógica que a roubalheira institucionalizada
para lesar o erário público: lá na frente será o calote da dívida pública. Mas,
a isso o mercado é implacável e não perdoa. Em suma, o PT quebrou o Brasil!
Nenhum comentário:
Postar um comentário