Começou
ontem em Salvador o 5º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).
Sabe-se que o ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) vem articulando entre as
várias correntes do partido, para que as críticas ao ajuste fiscal e ao
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sejam atenuadas. Em contrapartida, o
ex-presidente pretende uma “agenda de desenvolvimento que crie esperança ao
País”, em simbiose à “agenda positiva”, criada pelo governo na tentativa de
recuperar a imagem da presidente Dilma Rousseff (PT-RS).
O 5º
Congresso do PT acontece em um momento em que o partido vivencia a sua maior crise.
Escândalos e mais escândalos de corrupção, incompetência de gestão e ações
políticas dissimuladas e fisiológicas, com objetivo claro de nunca deixar o
poder fragmentar o partido. A gota d’água veio com as últimas eleições, quando
a então candidata Dilma Rousseff, no afã de desconstruir os adversários, pintou
o país às mil maravilhas. Depois de eleita veio a crise! E com crise a
necessidade de fazer tudo aquilo que a candidata disse que só os adversários fariam.
Esse tipo de
política dissimulada está tão enraizado no PT, que já não se pode esperar nada
diferente do Congresso de Salvador. Os fatos comprovam que é sempre mais fácil
difundir o que convém ao partido, tal como dossiês falsos e calúnias contra os
adversários, que defender o projeto político próprio, pela dissonância com a
sociedade.
Esta semana
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação
apurada para o último mês de maio. Pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(IPCA) a inflação foi de 0.74%. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de
8,47%, a pior marca desde o ano 2003 para o período. No acumulado do ano, ou
seja, de janeiro a maio, a inflação já está em 5,34%, que também é a pior marca
dos últimos 12 anos.
O aumento da
energia elétrica, que é uma das principais causas da inflação, já acumula uma
alta de quase 60%, na média de todo Brasil. Não obstante a realidade, até há
pouco tempo o governo petista propagava aos quatro cantos que não haveria
aumento de preço pela abundância de energia.
Neste
aspecto, não cabe nenhuma culpa pela atual crise ao ministro Levy, senão à
desastrosa política econômica empreendida pela equipe petista nos últimos oito
anos de governo. Em resumo, a crise de hoje começou no último período de
mandato do ex-presidente Lula da Silva, e se consolidou no primeiro período do
governo de Dilma Rousseff, quando os cofres públicos foram abertos à corrupção
e à gastança. Agora todos nós pagamos a conta!
O problema é
que o PT nunca teve grandeza para assumir qualquer um de seus erros. Durante o
MENSALÃO, por exemplo, os réus dos seus quadros foram a todo tempo tradados
como heróis, tal como se os fins justificassem os meios. Não nos esqueçamos de
que naquela ocasião o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se para os petistas
um tribunal de exceção, em flagrante desrespeito às instituições e aos princípios
Republicanos que regem nosso país.
De forma
similar, recentemente assistimos o PT defender de todas as formas seu
secretário de Finanças e Planejamento, João Vaccari Neto, envolvido até o
pescoço no escândalo do PETROLÃO, até ser preso pela Polícia Federal.
Então, até o
final do 5º Congresso do Partido dos Trabalhadores veremos apenas um pouco a
mais do mesmo, como um teatro em que ninguém tem culpa de nada, nem competência
para assumir as responsabilidades junto ao país. Afinal, não é muito mais fácil
dizer que não sabia de nada?
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