No último encontro nacional do Partido dos Trabalhadores
(PT), realizado em Fortaleza no final do mês passado, o presidente da legenda,
Rui Falcão, disse que “foi durante os governos de Lula e Dilma que se
estabeleceram como política de Estado as principais políticas de combate à
Corrupção”. Para o delírio da galera presente, exclusivamente petista, também
mencionou que o PT tem “o compromisso histórico de combater implacavelmente a
corrupção”.
A tática petista é a de dissimular os fatos, para que os
“cumpanheiros” os propaguem e os menos informados acreditem nas versões do
partido. Daí, sempre são repetitivos em suas ilações. Assim fez Falcão em
Fortaleza ao dizer que “hoje a corrupção aparece mais, ao contrário do passado,
é porque ela, pela primeira vez na história do país, está sendo
sistematicamente combatida”. Entretanto, para os que apreciam a boa informação,
a mentira - por mais que seja repetida - nunca se transformará em verdade.
É verdade inquestionável que a Polícia Federal (PF), o
Ministério Público (MP), as instituições da Justiça e de controle do governo
são órgãos do Estado brasileiro, independentes da presidência da República e do
partido político de ocasião no poder. Outra verdade, por mérito, é que a PF foi
aparelhada no governo de Fernando Henrique Cardoso. Não devemos esquecer-nos da
apreensão de R$ 1,34 milhão de dólares, em 1º de abril de 2002, na empresa
Lunus Participações, da ex-governadora Roseane Sarney e seu ex-marido Jorge
Murad Junior.
Outra verdade é que o PT se aliou ao que há de mais
retrógrado e pior na política brasileira para governar o país. Estão aí, como
testemunhas, José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, Paulo Maluf, Alfredo
Nascimento, Valdir Raupp, entre tantos outros. Além do mais, tem o próprio
quadro do partido, que na maioria de santo não tem nada!
Portanto, ao contrário do que diz Rui Falcão, o PT não tem
demonstrado compromisso em combater de fato a corrupção. Pelo contrário, não
faltam exemplos da intenção de sempre escondê-la. Foi assim no MENSALÃO, quando
propagaram a versão de que “o MENSALÃO não existiu”, como em cada um dos
escândalos que surgiu em seus governos, quando sempre trabalhou para jogar a
sujeira para debaixo do tapete.
Se o PT fosse exemplo, expulsaria de seus quadros os
corruptos, e não os defenderia, a começar pelo secretário de Finanças e
Planejamento do partido, o Sr. João Vaccari Netto, atolado de lama até o pescoço no
recente escândalo do PETROLÃO. Este último escândalo de corrupção transformou o
MENSALÃO, até então o maior da história republicana do Brasil, em café pequeno.
Entretanto, Vaccari Neto é também ovacionado no partido,
mesmo com ficha suja, por réu no caso Bancoop (Cooperativa Habitacional dos
Bancários de São Paulo), onde responde por formação de quadrilha, estelionato e
tentativa de estelionato, falsidade ideológica e crime de lavagem de dinheiro.
Segundo o promotor de Justiça de São Paulo, José Carlos
Blant, “mais que uma empresa particular, a Bancoop é uma organização criminosa
que visa dinheiro e poder à custa de muitas famílias que acreditaram num
projeto habitacional e tiveram seus bens efetivamente dilapidados ao longo dos
anos, inclusive para financiamento de campanhas eleitorais do PT”.
“Quando a Bancoop quebrou, em 2006, deixou mais de 3500
famílias na rua da amargura”, e “o rombo de 100 milhões de reais no caixa”,
conforme reportagem veiculada no último número da revista “Veja”. Em um dos
poucos prédios concluídos está um apartamento tríplex do ex-presidente e
“bancário” Lula da Silva, no Guarujá (SP), entregue pela construtora OAS, cujos
diretores se tornaram réus do PETROLÃO, pela participação na operação “Lava
Jato”.
Certamente que a corrupção no Brasil não começou agora. No
entanto, é inquestionável que na era petista ela foi sofisticada e
indiscutivelmente ampliada.
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