Hoje, dia 4 de julho, começam os
jogos das quartas de final da Copa do Mundo. Logo mais, às 17 horas, nossa
seleção comandada por Felipão enfrentará a dura Colômbia na Arena Castelão, em
Fortaleza. Até aqui a Colômbia vem fazendo a melhor campanha entre as 32
seleções que entraram na disputa da Copa. Tem cem por cento de aproveitamento e
o artilheiro da competição: James Rodriguez. Dá para sentir a pedreira e a
tensão que encontraremos pela frente.
Além do bom futebol, a Colômbia
tem dado um show de bola em seu modelo de gestão pública, desde o governo de
Álvaro Uribe (2002-2010). Neste ano o Produto Interno Bruto (PIB) colombiano
ultrapassará ao da Argentina, depois superar ao da Venezuela, o que elevará
nosso vizinho do norte à segunda economia entre os países da América do Sul, ou
à terceira da América Latina, só perdendo para Brasil e o México.
A população da Colômbia é de
quase 48 milhões de habitantes – 29ª do mundo, segunda da América do Sul e
terceira da América Latina (AL). Como o PIB, a população da Colômbia só é menor
do que a do Brasil e do México, na AL. A densidade populacional é de 42
habitantes por quilômetro quadrado, enquanto no Brasil é de 23,5 habitantes.
Nos últimos anos, a média do
crescimento do PIB colombiano é bem próxima de 5%. Para este ano a previsão é
de crescimento de 5,3%, enquanto no Brasil o mercado aponta para uma previsão
de apenas 1,3% (desde a proclamação da República, em 1889, o governo de Dilma
Rousseff só cresceu mais que os de Floriano Peixoto, durante a República Velha,
e de Collor de Mello).
O sucesso da Colômbia deve-se a
uma política econômica moderna e responsável, com disciplina monetária e
fiscal. Daí uma inflação controlada, inferior a 2,5% ao ano, baixas taxas de
juros pelo controle das dívidas interna e externa e dos gastos públicos. Isto
tem permitido atrair novos investimentos e modernizar a infraestrutura do país,
além de viabilizar a melhoria continuada de setores essenciais, tais como os da
saúde e da educação.
Os avanços da política econômica
em base estruturada (sem política heterodoxa e controle do câmbio), permitiram
também à Colômbia estabelecer acordos de livre comércio com o Chile, Canadá,
Estados Unidos e Peru, e conquistar novos mercados pela melhoria da
produtividade da produção agrícola e industrial.
Outro avanço importante foi a
redução da criminalidade. Em um período de apenas 10 anos a taxa de homicídios
foi reduzida a menos da metade, com enfrentamento ao narcotráfico e à
guerrilha, promovidos pela Forças Armadas Revolucionárias (FARC). Há 50 anos a
FARC luta para enfraquecer e tomar o governo, no mais duradouro conflito de
nosso continente. Mas, nos últimos anos essa rebelião da esquerda vem ficando
cada vez mais isolada.
Os principais parceiros do
Mercosul – Argentina, Brasil e Venezuela –, ao contrário da Colômbia, priorizam
a ineficiência do Estado com suas políticas econômicas heterodoxas e gestões
populistas. Por isto, esses países vão cultivando o déficit crescente, a
inflação ascendente e a estagnação do futuro, o que certamente comprometerá a
qualidade de vida das gerações futuras.
Então, só nos resta torcer para
que nossos irmãos colombianos continuem avançando em seus indicadores
econômicos e sociais, mas que no futebol hoje eles tropecem frente a nossa
Seleção Brasileira, para que possamos continuar rumo ao hexa.
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