sexta-feira, 4 de julho de 2014

Bem e com credibilidade a Colômbia dá um show bola e segue avançando

Hoje, dia 4 de julho, começam os jogos das quartas de final da Copa do Mundo. Logo mais, às 17 horas, nossa seleção comandada por Felipão enfrentará a dura Colômbia na Arena Castelão, em Fortaleza. Até aqui a Colômbia vem fazendo a melhor campanha entre as 32 seleções que entraram na disputa da Copa. Tem cem por cento de aproveitamento e o artilheiro da competição: James Rodriguez. Dá para sentir a pedreira e a tensão que encontraremos pela frente.

Além do bom futebol, a Colômbia tem dado um show de bola em seu modelo de gestão pública, desde o governo de Álvaro Uribe (2002-2010). Neste ano o Produto Interno Bruto (PIB) colombiano ultrapassará ao da Argentina, depois superar ao da Venezuela, o que elevará nosso vizinho do norte à segunda economia entre os países da América do Sul, ou à terceira da América Latina, só perdendo para Brasil e o México.

A população da Colômbia é de quase 48 milhões de habitantes – 29ª do mundo, segunda da América do Sul e terceira da América Latina (AL). Como o PIB, a população da Colômbia só é menor do que a do Brasil e do México, na AL. A densidade populacional é de 42 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto no Brasil é de 23,5 habitantes.

Nos últimos anos, a média do crescimento do PIB colombiano é bem próxima de 5%. Para este ano a previsão é de crescimento de 5,3%, enquanto no Brasil o mercado aponta para uma previsão de apenas 1,3% (desde a proclamação da República, em 1889, o governo de Dilma Rousseff só cresceu mais que os de Floriano Peixoto, durante a República Velha, e de Collor de Mello).

O sucesso da Colômbia deve-se a uma política econômica moderna e responsável, com disciplina monetária e fiscal. Daí uma inflação controlada, inferior a 2,5% ao ano, baixas taxas de juros pelo controle das dívidas interna e externa e dos gastos públicos. Isto tem permitido atrair novos investimentos e modernizar a infraestrutura do país, além de viabilizar a melhoria continuada de setores essenciais, tais como os da saúde e da educação.

Os avanços da política econômica em base estruturada (sem política heterodoxa e controle do câmbio), permitiram também à Colômbia estabelecer acordos de livre comércio com o Chile, Canadá, Estados Unidos e Peru, e conquistar novos mercados pela melhoria da produtividade da produção agrícola e industrial.

Outro avanço importante foi a redução da criminalidade. Em um período de apenas 10 anos a taxa de homicídios foi reduzida a menos da metade, com enfrentamento ao narcotráfico e à guerrilha, promovidos pela Forças Armadas Revolucionárias (FARC). Há 50 anos a FARC luta para enfraquecer e tomar o governo, no mais duradouro conflito de nosso continente. Mas, nos últimos anos essa rebelião da esquerda vem ficando cada vez mais isolada.

Os principais parceiros do Mercosul – Argentina, Brasil e Venezuela –, ao contrário da Colômbia, priorizam a ineficiência do Estado com suas políticas econômicas heterodoxas e gestões populistas. Por isto, esses países vão cultivando o déficit crescente, a inflação ascendente e a estagnação do futuro, o que certamente comprometerá a qualidade de vida das gerações futuras.


Então, só nos resta torcer para que nossos irmãos colombianos continuem avançando em seus indicadores econômicos e sociais, mas que no futebol hoje eles tropecem frente a nossa Seleção Brasileira, para que possamos continuar rumo ao hexa.

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