As últimas pesquisas têm demonstrado uma tendência de queda
da popularidade e na intenção de votos na presidente Dilma Rousseff. Dados
recentes já permitem avaliar que é quase nula a possibilidade da eleição ser
decidida em primeiro turno. Por isto, as principais lideranças petistas agora
admitem que a disputa será acirrada, com decisão em segundo turno. Até há bem
pouco tempo esta hipótese jamais seria aceitável.
Uma amostra das dificuldades que a presidente Dilma
encontrará pela frente foi dada na última terça-feira na convenção nacional do
PMDB. A maioria do partido (59%) aprovou a aliança de apoio à reeleição da
presidente, concedendo mais de 5 minutos por dia do tempo de propaganda, os
quais o PMDB teria direito. Os dissidentes, entretanto, somaram 275 votos
contrários (41%), quantidade muito maior do que os peemedebistas alinhados ao
governo estimavam.
O descontentamento dos dissidentes tem como pano de fundo a
estratégia de hegemonia do PT. Enquanto José Sarney, Renan Calheiros, Valdir
Raupp, Jader Barbalho, Romero Jucá e Lobão Filho - caciques do PMDB do Senado
Federal – encontram apoio do governo para manter o fisiologismo e usar a
máquina pública em proveito próprio, vários deputados lutam contra o PT em seus
estados e ora tentam garantir a própria sobrevivência política e do partido.
No Rio de Janeiro, onde nas últimas eleições Dilma Rousseff
ganhou por expressiva maioria de votos com o apoio peemedebistas, as principais
lideranças já anunciam abertamente o apoio a Aécio Neves (PSDB-MG) – o voto “Aezão”.
O mesmo acontece em outros estados como na Bahia, Ceará, Goiás e Paraíba. No
Rio Grande do Sul a adesão direciona-se ao candidato Eduardo Campos (PSB-PE).
Quanto maior a queda da presidente Dilma nas pesquisas, maior
a dissidência do PMDB e demais partidos que hoje compõem a aliança com o
governo petista. Infelizmente na política brasileira a ideologia fica sempre em
terceiro plano.
Daí a resposta do povo à arrogância e ao aparelhamento do
governo e das empresas públicas, que pode muito bem ser sintetizado no “balcão
de negócios” que deixou na vitrine a Petrobras. A resposta ao caos da saúde, à
educação sem qualidade, ao aumento da violência e a todos os malfeitos que há
anos vem desiludindo os brasileiros mais informados, mas agora também passa a refletir
na opinião pública.
A queda na popularidade da presidente Dilma também reflete o
desgaste de seu partido. A impressão que fica é a de que depois do escândalo do
MENSALÃO, em vez de melhorar, a “coisa” foi piorando... Recentemente foi o
envolvimento dos deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Luiz Vargas (ex-PT-PR
(afastado do partido para inglês ver) com o doleiro Alberto Youssef, preso pela
Polícia Federal.
Outro desgaste recente foi o flagrante do deputado Luiz Moura
(PT-SP) em reunião com a facção criminosa - Primeiro Comando da Capital (PCC) e
perueiros paulistas. Conforme observou reportagem recente da revista “Veja”, desde que o nome do deputado apareceu no noticiário, não houve mais queima de
ônibus em São Paulo.
Assim, cada vez que o PT se mostra, a presidente Dilma
Rousseff vai empacando. E a intenção de votos em nada depende da Copa do Mundo.
Copa é Copa! Voto é voto!
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