sexta-feira, 13 de junho de 2014

O PT vai se mostrando e a presidente empacando

As últimas pesquisas têm demonstrado uma tendência de queda da popularidade e na intenção de votos na presidente Dilma Rousseff. Dados recentes já permitem avaliar que é quase nula a possibilidade da eleição ser decidida em primeiro turno. Por isto, as principais lideranças petistas agora admitem que a disputa será acirrada, com decisão em segundo turno. Até há bem pouco tempo esta hipótese jamais seria aceitável.

Uma amostra das dificuldades que a presidente Dilma encontrará pela frente foi dada na última terça-feira na convenção nacional do PMDB. A maioria do partido (59%) aprovou a aliança de apoio à reeleição da presidente, concedendo mais de 5 minutos por dia do tempo de propaganda, os quais o PMDB teria direito. Os dissidentes, entretanto, somaram 275 votos contrários (41%), quantidade muito maior do que os peemedebistas alinhados ao governo estimavam.

O descontentamento dos dissidentes tem como pano de fundo a estratégia de hegemonia do PT. Enquanto José Sarney, Renan Calheiros, Valdir Raupp, Jader Barbalho, Romero Jucá e Lobão Filho - caciques do PMDB do Senado Federal – encontram apoio do governo para manter o fisiologismo e usar a máquina pública em proveito próprio, vários deputados lutam contra o PT em seus estados e ora tentam garantir a própria sobrevivência política e do partido.

No Rio de Janeiro, onde nas últimas eleições Dilma Rousseff ganhou por expressiva maioria de votos com o apoio peemedebistas, as principais lideranças já anunciam abertamente o apoio a Aécio Neves (PSDB-MG) – o voto “Aezão”. O mesmo acontece em outros estados como na Bahia, Ceará, Goiás e Paraíba. No Rio Grande do Sul a adesão direciona-se ao candidato Eduardo Campos (PSB-PE).

Quanto maior a queda da presidente Dilma nas pesquisas, maior a dissidência do PMDB e demais partidos que hoje compõem a aliança com o governo petista. Infelizmente na política brasileira a ideologia fica sempre em terceiro plano.

Daí a resposta do povo à arrogância e ao aparelhamento do governo e das empresas públicas, que pode muito bem ser sintetizado no “balcão de negócios” que deixou na vitrine a Petrobras. A resposta ao caos da saúde, à educação sem qualidade, ao aumento da violência e a todos os malfeitos que há anos vem desiludindo os brasileiros mais informados, mas agora também passa a refletir na opinião pública.

A queda na popularidade da presidente Dilma também reflete o desgaste de seu partido. A impressão que fica é a de que depois do escândalo do MENSALÃO, em vez de melhorar, a “coisa” foi piorando... Recentemente foi o envolvimento dos deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e Luiz Vargas (ex-PT-PR (afastado do partido para inglês ver) com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.

Outro desgaste recente foi o flagrante do deputado Luiz Moura (PT-SP) em reunião com a facção criminosa - Primeiro Comando da Capital (PCC) e perueiros paulistas. Conforme observou reportagem recente da revista “Veja”, desde que o nome do deputado apareceu no noticiário, não houve mais queima de ônibus em São Paulo.  


Assim, cada vez que o PT se mostra, a presidente Dilma Rousseff vai empacando. E a intenção de votos em nada depende da Copa do Mundo. Copa é Copa! Voto é voto!

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