Diante da popularidade do então presidente Lula da Silva, principalmente após o segundo mandato, houve uma debandada de partidos e políticos da oposição para o governo. A popularidade de Lula da Silva funcionou como osmose, solvendo o fisiologismo desde a arcaica e conservadora direita à vislumbrada esquerda, todos ansiosos por morder uma fatia do poder, independente de idealismo ou da bandeira partidária.
O governo “lulopetista”, por sua vez, não teve qualquer dificuldade em absolver essa tropa fisiológica: criou novos cargos em secretarias, diretorias e ministérios, fazendo um verdadeiro balcão de negócios. A prioridade foi construir uma ampla maioria, com intuito de inibir a oposição, incômoda, conforme atuação durante a CPI do MENSALÃO do PT.
Com absoluta maioria durante a eleição da presidente Dilma Rousseff, Lula da Silva não mediu esforços para derrotar nas urnas seus adversários mais ferrenhos. Assim, não teve constrangimento para pedir votos em toda federação para seus aliados. Chegou mesmo, em alguns estados com eleitorado cativo, a dizer para que não votassem nesse ou naquele adversário, no mesmo tom de quando ainda não era governo. Fez o que pôde para calar a voz de seus desafetos.
O resultado das urnas foi uma oposição esfrangalhada - no Senado Federal e na Câmara dos Deputados o percentual de parlamentares da oposição não chega hoje aos 18%.
Como conseqüências deste processo, temos agora uma democracia empobrecida, carente de maiores valores: os partidos políticos parecem mais com aglomerado de gente sem ideologia; os projetos do governo – sempre enlatados em medidas provisórias - são aprovados sem discussões e questionamentos; o debate político deu lugar à troca de favores. E, no parlamento, blinda-se o desperdício e a corrupção, em detrimento da fiscalização e do bom uso dos recursos públicos.
Diante deste quadro, não se poderia esperar nada mais que a cadeia de escândalos que marcou o primeiro ano do governo de Dilma Rousseff, e que vem se prolonga ainda neste começo de ano - agora com os malfeitos dos ministérios da Integração e das Cidades, lotes políticos do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e do Partido Progressista (PP) no governo, entre outros...
É bom lembrar que todos os escândalos do governo Dilma Rousseff só vieram a público por divulgação da imprensa. A mesma imprensa que hoje é um pilar importante para a democracia e que o “lulopetismo” chama de “imprensa golpista” - jargão nos moldes de “herança maldita”, utilizado na feitura de seu marketing político.
A presidente Dilma Rousseff tomou posição sim, mas somente após esgotada toda credibilidade para que os denunciados permanecessem no cargo. Ministros incompetentes, que não seriam bons secretários em prefeituras de interior, tal como Orlando Silva (PCdoB) e Carlos Lupi (PDT), tiveram despedidas aclamadas, inclusive com os aplausos da presidente.
Entretanto, depois de tantos malfeitos, esses ministros deveriam ter saído de cabeça baixa, pelas portas dos fundos do Palácio do Planalto.
Agora na visita a Cuba, nesta semana, a presidente Dilma sai criticada por não abordar a questão dos direitos humanos. Não há dúvida de que ela deu um novo rumo na política externa desastrosa de seu antecessor. Porém, no fundo no fundo é visível que o DNA é o mesmo...
É vero Wagner, o DNA é o mesmo, felizmente, na minha opinião e infelizmente para muita gente que defende um país que vinha a 500 anos não com o mesmo DNA, mas com a mesma cara de pau.
ResponderExcluirTeremos uma luta ainda mais acirrada pela frente. Espero que a presidenta Dilma, da mesma forma que disse para o mundo que os EUA não têm nenhuma moral para falar em direitos humanos, diga (em alto e bom som) que todos os que falam contra a corrupção (no Brasil e no exterior) nada falaram quando o Brasil (sob o governo do Presidente Lula) propôs no G20 extinção ou, pelo menos, controle dos paraízos fiscais.
Quanto à "DESASTRADA POLÍTICA EXTERNA DO LULA", isso é só mais um conceito dos que sentem saudades da política externa subalterna comandada pelo chaceler que tirou os sapatos em Washington.