A teoria do golpe nada mais é do que uma estratégia
petista para encobrir os maus feitos do partido e de suas principais lideranças,
quando no governo. O objetivo é claro: difundir na sociedade uma perseguição
política, que não se sustenta nos fatos, para manter a unidade de seus
militantes e confundir a opinião pública, no intuito de ainda obter dividendos
políticos como vítima de um processo. Lamentavelmente, a teoria encontrou eco
nos admiradores de Karl Marx que militam nas universidades, em setores maniqueístas
da imprensa, nos movimentos sociais lulopetistas, e junto aos artistas e “intelectuais”
de esquerda, etc...
A organização de um golpe envolvendo Legislativo,
Executivo, Judiciário, Polícia Federal, ministério público, setores da imprensa
e o capital financeiro nacional e internacional, da forma dita pelo PT,
necessitaria de uma articulação muito abrangente. Mantê-lo em sigilo seria
dificílimo, quase impossível. Logo viria a tona com base em fatos; não em
ilações.
Particularizando o caso do impeachment da ex-presidente
Dilma Rousseff (PT-MG), como exemplo, o fato real é que as pedaladas fiscais aconteceram,
acarretando o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, passado o
tempo, o PT continua a negar insistentemente. No entanto, o então secretário do
Tesouro Nacional, Arno Augustin, cansou de ser alertado sobre isso. Não há,
portanto, sustentação para o “golpe”.
Outro fato é que a prisão do ex-presidente Lula da
Silva (PT-SP) foi amparada em um processo judicial coberto por provas
contundentes. Se houvesse a tal “perseguição do Juiz Sérgio Moro”, como prega o
PT, fatalmente a pena relativa ao tríplex na praia das Astúrias, no Guarujá – SP,
não teria sido ratificada, por unanimidade, e ainda aumentada pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Vários habeas corpus
com relação a esse mesmo processo também não seriam negados, tanto pelo Superior
Tribunal de Justiça (STJ), como pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
É incrível, mas qualquer autoridade que entre em
conflito com o que quer o PT, logo é tratada como desafeto, sem o mínimo de
piedade e pudor. O último da lista é o
Juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. O “pecado”
do Juiz Vallisney é ter aceitado a denúncia do Ministério Público Federal
tornando réu, mais uma vez, o ex-presidente Lula da Silva e a ex-presidente Dilma
Rousseff, bem como outros “cumpanheiros” petistas, por uma “miríade” de crimes
contra a administração pública nos 13 anos e meio de governo. Este processo é
um desdobramento da Lava-Jato e tem o nome de “QUADRILHÃO”.
E com MENSALÃO, PETROLÃO E QUADRILHÃO o PT não muda
o lado do disco, por absoluta falta de nobreza para assumir seus erros e de
grandeza de pedir desculpas à nação. É claro que para quem não tem esses
predicados é mais fácil dizer-se perseguido. Daí que agora diga ser “vítima de
uma campanha de terrorismo cultural... pela ocupação de territórios, corações e
mentes pela extrema direita” porque também não sabe aceitar a derrota nas
urnas.
Nesta semana o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) e a
senadora Gleisi Roffmann (PT-PR) ocuparam a tribuna da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal, respectivamente, para denunciar a existência de um “complô
de setores do Ministério Público e do Judiciário com o objetivo de matar o
ex-presidente Lula no cárcere onde ele cumpre pena”. Mais uma apelação ligada
ao golpe, com intuito de vitimar-se ante a opinião pública. O PT realmente não
tem limites.