Não
seria surpresa se viesse à tona a notícia de que determinados ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) estão articulados com a defesa do ex-presidente
Lula da Silva PT-SP para livrá-lo da cadeia. Foi muito estranho o voto dos
ministros José Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes para retirar
do Juiz Sérgio Moro a jurisdição de partes da delação da empreiteira Odebrecht
sob o argumento de não ter relação com a corrupção da Petrobras. Esses mesmos
ministros já haviam se posicionado contrários em decisão anterior.
De
acordo com vários especialistas, tal decisão acabou por oferecer aos advogados
do ex-presidente - agora presidiário em Curitiba – novos argumentos para
defesa, entre eles que o Juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, não
poderia julgar o caso do tríplex do Guarujá por não estar diretamente ligado ao
esquema de corrupção que assaltou a Petrobras. Por essa ótica todo o processo
poderia vir a ser anulado por vício original, e tudo voltaria como era antes no
quartel de Abrantes.
Além
disso, a decisão da Segunda Turma da Suprema Corte também poderá abrir caminho
para a defesa no sentido de que os processos do sítio de Atibaia e da compra de
um terreno onde seria instalado o Instituto Lula, em São Paulo, sejam retirados
da jurisdição do Juiz Sérgio Moro, em Curitiba. E até mesmo a inelegibilidade
do ex-presidente Lula da Silva poderá vir a ser questionada com a reversão do
quadro atual, o que o tornaria elegível, segundo alguns juristas.
Não há
dúvida de que todo esforço do Ministério Público e da Polícia federal ficaria
comprometido, da mesma forma que a própria Operação Lava Jato. Este é o anseio,
aliás, das bancas milionárias de advogados criminalistas, dezenas e dezenas de
réus e políticos investigados, toda trupe petista e seus aliados, etc... etc...
Os que perderiam seriam o Brasil e todos os seus cidadãos decentes, que
trabalham com honestidade sem sonegar seus impostos e desejam um País melhor
para todos.
Nunca é
demais lembrar que pelo menos o ministro Dias Toffoli deveria se considerar
impedido de julgar qualquer processo que envolva a cúpula do PT, inclusive do
ex-presidente Lula da Silva. Além de advogado do partido, Toffoli também ocupou
o cargo de chefe da Advocacia-Geral da União durante o governo petista.
Fia-se,
entretanto, que a honestidade prevaleça, pois como dizem os promotores do
Ministério Público Federal de Curitiba todos os fatos dos processos das ações
penais contra o ex-presidente Lula da Silva estão vinculados a propinas da Petrobras.
Todos eles dispõem de “um amplo conjunto de provas, entre elas documentos,
perícias, testemunhas e depoimentos” constantes nos autos das investigações.
Ressaltam, ainda, que muitas das provas foram colhidas antes dos depoimentos da
Odebrecht.
Então,
que prevaleça a Justiça sobre a impunidade e as ações obscuras de criminosos que
não sabem pensar além do próprio bolso.
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