É absolutamente desalentador, e
triste, observar a indiferença desses parlamentares, em maioria, diante do
atual quadro econômico e financeiro do Brasil. E não estão sendo poucos os
apelos da atual equipe econômica diante das dificuldades. No ano passado, por exemplo,
o endividamento do País em plano interno e externo alcançou a expressiva cifra
de R$ 3,55 trilhões, o que corresponde a um aumento real de 14,3% com relação
ano de 2016, conforme dados da Secretaria do Tesouro Nacional.
Desta forma, em apenas um ano a
dívida pública brasileira aumentou em R$ 447,15 bilhões, o que é um valor
enorme considerando os gastos com juros e as necessidades das áreas básicas,
tais como saúde, educação e segurança pública, bem como o estado precário em
que se encontra a nossa infraestrutura.
Daí que pelos relatórios do
Fundo Monetário Internacional (FMI), caso o Brasil não assuma a
responsabilidade em tomar as medidas corretivas para reverter o atual quadro do
déficit, tal como as reformas da previdência e fiscal, a dívida pública
brasileira poderá chegar a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final do
próximo ano, podendo atingir a 100% até 2023. Um quadro profundamente adverso
para a economia de um país emergente, como o Brasil.
A título de comparação com
outros países da América do Sul, a dívida bruta do Chile é inferior a 25% do
PIB, enquanto a da Argentina e da Colômbia situa-se em torno de 50%. A dívida
média dos países da região é 61%. Sabe-se, entretanto, que é o Brasil o que
mais impulsiona essa média para cima, pelo tamanho do PIB.
Segundo o FMI, se o Brasil não
fomentar o equilíbrio fiscal fatalmente voltará a entrar em um novo ciclo de
recessão, aos moldes do herdado dos governos petistas, que gerou quase 14
milhões de desempregados. As conseqüências, então, serão piores ainda...
Uma forte evidência é que a
retomada do desenvolvimento, tão apregoada pelo governo de Michel Temer
(MDB-SP), vem perdendo força, da forma como demonstram não só as estimativas
dos especialistas do setor financeiro, mas também os dados oficiais do próprio governo.
Nesta semana, por exemplo, o Banco Central (BC) divulgou que o Índice de
Atividade Econômica caiu 0,13% no primeiro trimestre, quando comparado com o
último trimestre do ano passado.
E os políticos parecem que não
se dão conta disso, já que estão muito mais preocupados com suas “benesses” e
com as políticas de resultados imediatos. Daí que estão, em maioria, muito mais
para oportunistas, que para representantes responsáveis que pensam no futuro de
seu povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário