Segundo o Boletim Focus divulgado na
última semana pelo Banco Central do Brasil (BC), a projeção para o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB), em 2017, saltou de 0,98% para 1,0%. No início de
2017 a previsão era de um crescimento ainda mais tímido, na casa de 0,50%. Tais
dados são compilados de uma pesquisa semanal que reúne as previsões dos 100 principais
analistas financeiros do país, sobre vários indicadores econômicos que servem
como parâmetros para o governo e a orientação do mercado, como é o caso da
previsão da inflação, das taxas de juros, do PIB, etc...
Já para o ano corrente o Boletim Focus
projeta um crescimento na ordem de 2,68%, o que será muito bom para o País, uma
vez que consolida a retomada do crescimento econômico, viabilizando a criação
de novas oportunidades e empregos. Este é um processo que não é nada fácil em
termos macroeconômicos, haja vista que advém de um sistema totalmente
desarrumado, com enormes problemas e sem credibilidade, necessitando de nova
orientação. É inegável que o atual governo teve o mérito de reorganizar a
economia, mesmo fragilizado por suas mazelas políticas e inúmeros casos sob
suspeição.
A crise econômica que destroçou o
Brasil nos últimos anos começou a se assentar junto com a crise mundial de
2008, quando nos Estados Unidos estourou a bolha do Lehman Brotheres, uma forte
instituição financeira em atividade desde 1850. Para o presidente de então, o
sabe tudo de nome Lula da Silva, tratava-se apenas de uma “marolinha”. E a
marolinha chegou ao Brasil, em 2009, provocando uma modesta recessão na casa de
0,13%, mesmo com uma farta expansão do crédito aos consumidores e empresários
para aquecer a economia.
Já no ano de 2010 as torneiras do
Tesouro Nacional foram totalmente abertas, mesmo com vazamento da tubulação por
todos os lados. Era o ano da eleição presidencial e não poderiam faltar recursos
públicos para eleger a dita “gerentona competente”, de nome Dilma Rousseff
(PT-RS). Então, o dinheiro além da tubulação estragada, jorrou também pelo
ladrão do desperdício. O Brasil, então, cresceu a estrondosa cifra de 7,53%
naquele ano a expensas do endividamento público.
A bem da verdade, o crescimento do
Brasil naquele ano não havia sido maior do que o da China e da Índia, bem como
de outros países em desenvolvimento. Mas, para a trupe petista o Brasil era o
país “que mais crescia no mundo”. Tal notícia era espalhada por todos os cantos
do País, até mesmo por altofalantes em praça pública.
Contudo, o tsunami começaria a ganhar
corpo com a eleição da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2011. O próprio Lula da
Silva ao lado do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT-SP) anunciou após a
eleição da “gerentona”, que a política chamada por eles de “desenvolvimentista”
continuaria, mesmo sabendo que ela se encontrava ancorada na farta distribuição
de crédito. Daí que em 2014 o Brasil cresceria apenas 0,5%! Nos anos seguintes
o tsunami trouxe uma das crises mais agudas de nossa história, quando a
retração da economia chegou a -3,77%, em 2015, e -3,60%, em 2016. No rescaldo
da onda vieram 14 milhões de desempregados.
Portanto, a previsão de crescimento de
1% neste ano do PIB parte de uma base bastante negativa. Tal crescimento, desta
forma, é insuficiente para cobrir a forte desaceleração econômica promovida
pela política empreendida nos governos petistas. O grande problema é que o
populismo é tal qual um furacão que vai deixando os seus desastres por todos os
lugares onde passa.
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