As malas e caixas
de dinheiro encontradas pela Polícia Federal no bunker do ex-ministro Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA) em Salvador, por mais estarrecedoras que aparentam, é
apenas uma ínfima amostra do assalto que vem dilapidando o Brasil. Não há muito
tempo outra mala havia sido flagrada ao sair apressada de uma pizzaria em São
Paulo (SP), pelas mãos do ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), homem de
confiança e ex-assessor do presidente Michel Temer (PMDB-SP).
Os fatos sugerem
que a Operação Lava Jato não estancou a roubalheira no País, embora atualmente
tenha ficado bem mais difícil pela própria atuação dos órgãos investigativos,
tal como Ministério Público e Polícia Federal, em consonância com as
atribuições da Constituição de 1988. Por isto, há reação a que o Estado
funcione, seja no Executivo, no Legislativo e no próprio Judiciário.
Historicamente as velhas oligarquias sempre abominaram mudanças, sem se
importar em condenar o Brasil ao atraso.
Imperativamente,
a mãe de todos os nossos problemas é a corrupção. O pai chama-se privilégios. Portanto, a crise econômica, política e moral
que ainda nos ronda nos dias de hoje é conseqüência direta das ilicitudes e
vantagens acumuladas, que podem ter amparos legais, mas não são em nada éticas.
Em conseqüência, falta-nos educação pública, enquanto sobram-nos insuportáveis
estatísticas de criminalidade, de violências.
Não obstante a
maior crise econômica de nossa vida republicana, dos milhões de desempregados,
da dívida publica trilhionária, da desorganização do Estado, entre tantos
outros problemas, o Brasil tem jeito! O que não tem concerto é a maioria dos nossos
políticos, que não olha a nação com grandeza. Está aí o remendo do que chamam
“reforma política”, que nada mais é que uma colcha de retalhos para viabilizar
a reeleição.
Tal fato
independe de partido, seja da extrema esquerda retrograda e golpista ou da
direita sem pudor e ególatra. Os discursos são sempre dissimulados, como “para
inglês ver”, como se todos os brasileiros fossem ignorantes. De um lado o
ex-presidente Lula da Silva (PT-SP) dizendo: Respeitei as leis como nenhum presidente respeitou. De outro, o
atual presidente Michel Temer mandando dizer que facínoras roubam do Brasil a verdade. Seria até cômico, se não
fosse trágico!
O País não tolera
mais o discurso da mesmice, sempre vazio e dissimulado. Políticas públicas para
melhorar a educação, a saúde, a distribuição de renda, a diminuição da miséria
e da pobreza, o desempenho da máquina pública, o cuidado com o meio-ambiente e
diminuir a criminalidade, entre outras, devem ser planejadas e realizadas como
política de Estado. Que os valores republicanos e democráticos sejam
preservados, para a manutenção do interesse público em nível elevado.
Sendo assim, com a proximidade das próximas
eleições, é hora de estarmos atentos ao populismo e ao discurso barato. O Brasil
não suporta mais a política do “nos” contra “eles”. Chega do mesmo filme dos
últimos anos! Necessitamos de governantes com capacidade de unir os brasileiros
através dos interesses comuns, que não são bandeira nem da direita nem da
esquerda, mas de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário